Dividendos, SNID11 e CPLG11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (28/2)
Anúncios de dividendos e negociações na Data Com devem movimentar o último pregão de fevereiro; veja outros destaques.
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
O anúncio de dividendos por mais de 150 fundos imobiliários e uma dezena de Fiagros é o principal destaque desta sexta-feira (28), encerramento do mês de fevereiro, que deve fechar com o primeiro resultado positivo mensal do IFIX desde agosto do ano passado.
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O índice de FIIs fechou nesta quinta-feira em 3.115,51 pontos, alta de 0,30% em relação ao resultado da véspera, quando havia caído 0,38%. O pregão operou em alta durante todo o dia e fechou perto da cotação máxima. O acumulado do mês ficou em 3,14%.
Um resultado positivo pode fazer o IFIX passar o Carnaval com o resultado do ano também acumulado “no azul”: por ora, o índice está 0,02% abaixo do valor de fechamento em 30 de dezembro, de 3.116,28 pontos.
Além do anúncio, o último dia do mês é marcado por ser a Data Com desses FIIs e Fiagros, que usam a posição dos investidores ao fim do pregão para definir os recebedores dos dividendos, que devem ser pagos a partir da segunda semana de março. Depois desta sexta-feira, o mercado só reabre na quarta-feira (5), a partir das 12h.
Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:
SNID11 eleva dividendos e entrega rentabilidade acima do CDI
O SNID11, fundo de investimentos em infraestrutura (FI-Infra) da Suno Asset, anunciou um aumento na distribuição de dividendos para fevereiro, elevando os rendimentos para R$ 0,11 por cota, o que representa uma distribuição anualizada de 14,7%.
O novo patamar reflete a estratégia de carrego do fundo, que busca capturar os impactos da alta da Selic, atualmente em 13,25% ao ano, e de um cenário de crédito mais desafiador no mercado.
Ao longo de 2024, o SNID11 teve uma performance patrimonial expressiva de 14,4%, superando os principais benchmarks, como CDI (10,9%), IDA-DI (12,5%) e IPCA+yield IMAB (11,5%). Segundo a gestora, o desempenho foi impulsionado pela alocação estratégica do fundo, que aumentou a diversificação da carteira ao longo do ano e utilizou derivativos para atrelar parte do portfólio ao CDI.
Além disso, a segunda emissão de cotas, realizada durante o ano passado, captou R$ 37 milhões, permitindo ao fundo reduzir o prazo médio dos ativos (duration) e ampliar o número de emissores, fortalecendo a estrutura do portfólio.
CPLG11 realiza 4ª emissão de cotas, com intenção de captar R$ 130 milhões
O fundo imobiliário CPLG11, que atua no segmento de galpões logísticos, anunciou a realização de sua 4ª oferta de emissão de cotas, com a intenção de captar R$ 130 milhões a partir da emissão de cerca de 12,2 milhões de novas cotas.
O preço unitário da oferta foi estabelecido em R$ 10,58, acima do atual valor patrimonial por cota do FII, de R$ 10,06 por cota, mas abaixo do valor de mercado no fechamento do pregão da última quarta-feira (26), de R$ 11,20. Isso pode tornar a oferta mais atrativa para os investidores, diante da chance de adquirir cotas abaixo do atual valor de mercado.
A fase de direitos de preferência para os atuais cotistas do CPLG11 pode ser exercida de 5 a 18 de março, na proporção de 0,3577596824, a partir da posição dos investidores ao fim do pregão da próxima quinta-feira (27). Isso significa, na prática, que o investidor poderá solicitar a integralização de uma nova cota a cada três que detiver, aproximadamente.
A oferta precisa da captação de pelo menos R$ 1 milhão para ser validada. Caso consiga alcançar a captação total projetada, deve ampliar em cerca de 35% o atual patrimônio líquido do fundo, de R$ 345,4 milhões.
HOFC11 negocia venda de edifício em SP por R$ 84 milhões
O fundo imobiliário HOFC11 recebeu uma proposta de venda do Edifício Rachid Saliba, situado na região da Avenida Paulista, em São Paulo, pelo valor de R$ 84,180 milhões. A proposta foi feita por outro FII, cujo nome e gestora não foram informados, e que precisará realizar uma oferta pública de cotas para concluir a negociação.
O HOFC11 informou que receberá R$ 26,5 milhões em 48 parcelas mensais de R$ 552.083,33, corrigidas pelo IPCA, com o primeiro pagamento sendo realizado no ato do fechamento da negociação.
O restante, equivalente a R$ 57,680 milhões, será quitado em cotas do fundo imobiliário comprador, emitidas em oferta pública, e que deverão equivaler a 45% do patrimônio do FII, com uma estrutura dividida em duas subclasses.
O FII comprador será responsável por arcar com todos os custos relacionados a uma série de investimentos em retrofit do imóvel que serão feitos pelo fundo comprador, que terão a finalidade de atualizar o imóvel em relação aos padrões de mercado de lajes corporativas.
SARE11 recebe R$ 12,5 milhões de comprador e conclui venda de galpão
O fundo imobiliário SARE11 concluiu a venda de um galpão logístico em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, pelo valor nominal de R$ 62 milhões. O FII, que tem administração e gestão de empresas do grupo Santander, recebeu a quantia de R$ 12,5 milhões, referente à primeira parcela da negociação.
O FII já havia embolsado R$ 500 mil na assinatura do compromisso de compra e venda, em dezembro, quando o negócio foi anunciado. Após o cumprimento de uma série de condições, a transação foi concluída e o restante do pagamento será feito em 13 parcelas, com vencimento final em 25 de março de 2026.
O preço de venda equivale a R$ 3.283,00 por metro quadrado, representando um “cap rate” estimado, sobre o aluguel vigente, de 8,5%. O preço está entre o valor do laudo de avaliação de 2023, de R$ 60,1 milhões, e a avaliação concluída em novembro do ano passado, que elevou o valor para R$ 62,8 milhões.
O SARE11 está entre os FIIs que anunciam nesta sexta-feira (28) os dividendos para pagamento em março. A última distribuição foi de R$ 0,023 por cota.