SNFF11 atrai R$ 106 milhões em emissão e define patamar de dividendos
O lucro contábil do fundo imobiliário SNFF11 em fevereiro foi de R$ 2,1 mi, com distribuição por cota de R$ 0,72.


O SNFF11, fundo imobiliário da Suno Asset que atua como fundo de fundos (FOF), manteve sua distribuição de R$ 0,72 por cota em março, referente ao desempenho de fevereiro. O valor representa um rendimento de 1,03% no mês, considerando a cota de fechamento de R$ 69,46 em 28 de fevereiro. Assim, a gestão reafirmou que, com base no fluxo de caixa, ganho de capital potencial e reservas acumuladas, a distribuição deve se manter nesse patamar ao longo do primeiro semestre de 2025.

Outro marco relevante no mês foi a conclusão da terceira emissão de cotas do fundo, anunciada em 24 de fevereiro. O SNFF11 captou R$ 106,7 milhões. Os recibos de emissão foram convertidos em cotas em 18 de março e passaram a ser negociados no dia seguinte.
A gestão afirmou que as aquisições realizadas com os recursos de captação têm alto potencial de geração de valor no médio e longo prazo. “No entanto, o aumento no número de cotas impacta temporariamente os indicadores por cota, devido ao intervalo entre a integralização das novas cotas e a entrada das receitas dos ativos adquiridos”, afirmou a gestora em relatório.
Por sua vez, no mercado secundário, o SNFF11 teve queda de 3,94% na cota durante fevereiro. Dada a distribuição dos dividendos, o retorno total foi de -3,07% no mês. Ainda assim, o fundo acumula um alfa de 7,54% sobre o IFIX desde sua criação, em maio de 2021, equivalente a 183% do desempenho do índice no período.
Mesmo abaixo do índice do mês, o fundo segue em campo positivo em 2025 e acumula ganho de 0,20% sobre o valor de fechamento de 2024. Em março, o SNFF11 já acumula alta acima de 4%.
Fundo imobiliário SNFF11 segue descontado e com potencial de valorização
A cota patrimonial fechou fevereiro a R$ 79,08, enquanto a cota potencial estimada — com base no valor contábil dos ativos — era de R$ 100,41. De acordo com a gestora, isso representa um desconto implícito de 30,82% e um potencial de valorização de 44,56% frente ao preço de mercado de R$ 69,46.
O lucro contábil do fundo em fevereiro foi de R$ 2,1 milhões, com resultado distribuível de R$ 0,54 por cota e distribuição final mantida em R$ 0,72.
A reserva acumulada chegou a R$ 0,62 por cota. A maior parte da receita veio de rendimentos de FIIs investidos (R$ 2,1 milhões), com contribuições menores de CRIs (R$ 33 mil em giro do Supreme Garden), ações (R$ 12 mil) e renda fixa (R$ 99 mil).
Novas aquisições e expectativa de ganhos com SNLG11
Durante fevereiro, o SNFF11 aumentou sua exposição em ativos já presentes na carteira, como SNLG11, BLMG11, RELG11, BTHF11 e ITRI11. Também obteve novas posições nos fundos FATN11 e EMET11.
Um dos destaques foi o investimento adicional em SNLG11, adquirido a valores inferiores ao montante de amortização de cotas do GGRC11, com a conversão prevista de 3 cotas do GGRC11 para cada cota do SNLG11.
A expectativa da gestão é de ganho de capital assim que as cotas do GGRC11 forem entregues, além de impacto temporário na receita recorrente do fundo, já que ainda não há fluxo de caixa gerado pela posição. No entanto, o desconto de prazos não afetará a distribuição de rendimentos, segundo o relatório do fundo imobiliário.