IFIX interrompe série positiva e tem 3ª maior queda do ano às vésperas do Copom


O IFIX, principal índice do mercado de fundos imobiliários, interrompeu nesta segunda-feira (5) a trajetória de 15 altas consecutivas e sofreu sua terceira maior queda do ano, de 0,81%, com fechamento em 3.391,75 pontos.

É o resultado mais baixo desde o fechamento de 25 de abril e quebra uma sequência positiva que vinha desde 8 de abril. No período, o índice de FIIs se recuperou do mau começo no mês e acumulou alta de 5,43%, fechando abril com resultado positivo de 3,01%.
O principal fator de queda do mercado de FIIs, para analistas, foi o aumento da aversão global ao risco, que se refletiu em queda do Ibovespa e das bolsas norte-americanas, além de alta no dólar e nas taxas de juros futuros. Também contribuiu a expectativa para a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), que começa nesta terça-feira (6) e deve anunciar na quarta-feira (7) uma nova elevação da Selic.
Analistas se dividem entre as possibilidades de alta de meio ponto na taxa básica de juros da economia brasileira, para 14,75% ao ano, ou de 0,75 p.p., para 15%. Nesta segunda, o relatório Focus, do Banco Central, apontou uma queda na projeção da maioria dos analistas de mercado, de 15% para 14,75% no fim do ano.
Embora especialistas tenham apontado que o mercado de fundos imobiliários já precificou a nova alta da Selic, o IFIX acabou prejudicado por fortes movimentações de curto prazo, envolvendo alguns dos principais fundos da carteira.
IFIX – resumo do dia 05/05/2025
- Fechamento: 3.391,75 pontos (-0,81%)
- Mínima: 3.391,52 (-0,82%)
- Máxima: 3.422,71 (+0,10%)
- Acumulado da semana: -0,81%
- Acumulado do mês: -0,61%
- Acumulado do ano: +8,84%
CPTS11 tem movimentação acima da média e nova queda
O CPTS11 voltou a registrar queda, de 1,46%, com fechamento em R$ 7,45, no primeiro pregão após anunciar uma nova oferta de emissão de cotas. A intenção é captar R$ 254.964.949,11, com preço unitário de R$ 8,75. Nos dois pregões do mês, no entanto, o fundo acumula queda de 2,35%, depois de subir quase 6% em abril.
O FII sob gestão da Capitania registrou forte movimentação, com mais de 2,7 milhões de cotas negociadas durante o dia, o maior do mercado, e liquidez de R$ 20,3 milhões. O volume ficou mais que o dobro acima das médias diárias de abril do CPTS11, de respectivamente 1,2 milhão de cotas e R$ 8,6 milhões.
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
O MXRF11, outro FII entre os mais populares do mercado, fechou em queda de 0,32%, a R$ 9,26. Num dia de forte queda, o mercado ainda teve algumas altas relevantes, como o MANA11, que subiu 1,14%, negociado a R$ 8,90, e o JSRE11, que avançou 1,13%, cotado a R$ 64,19.
O pregão desta segunda foi o primeiro com a nova composição da carteira teórica do IFIX, que é renovada a cada quatro meses pela B3. Entre os indicadores para que um FII seja selecionado estão valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição da carteira, com 117 fundos imobiliários, valerá até o fim de agosto.