Dividendos e fundos de infraestrutura estão entre destaques do Bom Dia FIIs (14/5)

Anúncios de dividendos por FIIs e Fiagros e um levantamento dos fundos de infraestrutura mais rentáveis estão entre os destaques do dia.

Dividendos e fundos de infraestrutura estão entre destaques do Bom Dia FIIs (14/5)
Anúncios de dividendos por FIIs e Fiagros estão entre os destaques do dia - Foto: Pixabay

Os anúncios de dividendos realizados por FIIs e Fiagros e um levantamento dos fundos de infraestrutura mais rentáveis estão entre os destaques do mercado de fundos imobiliários nesta quarta-feira (14).

O IFIX se recuperou nesta terça-feira (13) do mau começo de semana e fechou em alta de 0,15%, em 3.411,75 pontos, fechamento mais alto do mês de maio. Ao contrário do dia anterior, o índice de FIIs operou o dia todo em patamar positivo, com fechamento perto da máxima.

O dia foi bastante positivo para o mercado de renda variável, com máxima histórica para o Ibovespa, perto de 139 mil pontos. O mercado de juros mostrou estabilidade nas taxas de prazo mais curto e operou em alta nas taxas mais longas, como fruto de uma percepção de que a Selic chegou a seu nível máximo no atual cenário contracionista, ao mesmo tempo em que o aperto monetário tende a permanecer por um longo período.

Analistas mantêm a projeção de movimentação forte até o fim da semana devido à distribuição de dividendos por mais de 200 fundos imobiliários e Fiagros ao longo de toda a semana.

Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:

SNAG11 e SNFZ11, Fiagros da Suno Asset, mantêm patamar de dividendos

Os Fiagros SNAG11 e SNFZ11, sob gestão da Suno Asset, anunciaram a distribuição de dividendos referentes aos resultados de abril, mantendo os valores pagos no mês passado. 

O SNAG11, com foco em crédito para o agronegócio, distribuirá R$ 0,11 por cota, valor que se mantém estável pelo quinto mês seguido. O dividend yield atingiu 1,14% em relação ao preço de fechamento de R$ 9,66 registrado no fim de abril. Nos últimos 12 meses, o fundo acumula um total de R$ 1,25 distribuídos por cota.

O SNFZ11, com foco em valorização patrimonial, vai pagar R$ 0,065 por cota pelo segundo mês consecutivo. Com fechamento em R$ 9,72 em 30 de abril, a distribuição tem um dividend yield mensal de 0,67%.

Como a Data Com será apenas na quinta-feira (15), os investidores dos dois Fiagros receberão os proventos de acordo com o número de cotas detidas ao fim desse dia. O pagamento será em 23 de maio.

CPTS11 aumenta dividendos mais uma vez; VGIP11 eleva distribuição em mais de 50%

O fundo imobiliário CPTS11 vai pagar R$ 0,085 por cota, o maior valor de distribuição de proventos em quase dois anos. A alta foi de 3,66% em relação ao mês passado, quando a distribuição do FII da Capitania havia sido de R$ 0,082 por cota. O rendimento será de 1,11%, considerando o fechamento das cotas em 30 de abril a R$ 7,63.

O VGIP11, FII de recebíveis da Valora com foco em títulos atrelados ao IPCA e outros índices de inflação, elevou o pagamento em 56,94% , de R$ 0,72 para R$ 1,13 por cota. O dividend yield é de 1,37%, considerando o fechamento de abril, em R$ 83,85. 

O VGIR11, fundo da mesma gestora focado em recebíveis remunerados pelo CDI, manteve o patamar de R$ 0,12 por cota, com dividend yield de 1,28%, de acordo com o preço de R$ 9,39.

A Valora também subiu o pagamento do Fiagro VGIA11, de R$ 0,115 para R$ 0,12 por cota, com retorno mensal de 1,36%, considerando a cotação de R$ 8,80 no último dia do mês passado. O pagamento será em 20 de maio, de acordo com a posição dos investidores nesta terça-feira (13).

KNSC11 amplia lucro em 15,74% e paga maiores dividendos em quase 3 anos

O fundo imobiliário KNSC11 apresentou um resultado líquido de R$ 25 milhões em abril, valor que supera em 15,74% o registrado no mês anterior (R$ 21,6 milhões).

Esse crescimento refletiu diretamente na distribuição de dividendos do KNSC11, que alcançou R$ 22,2 milhões, o equivalente a R$ 0,11 por cota. O valor representa o maior rendimento mensal do fundo desde junho de 2022 (maior em quase 3 anos).

Considerando uma cota média de aquisição de R$ 9,19, o rendimento mensal do KNSC11 chega a 1,2%, o que equivale a 113% da taxa DI do período. Quando aplicado o “gross-up” para fins de comparação tributária (15% de IR), o retorno corresponde a 133% do CDI.

No portfólio, os CRIs atrelados à inflação continuam a ter papel relevante nos resultados do fundo sob gestão da Kinea. Os rendimentos de abril refletem o IPCA dos meses de fevereiro e março, que foram de 1,31% e 0,56%, respectivamente. 

Veja os fundos de infraestrutura com rendimentos acima do CDI em 15 meses

Apenas três fundos de infraestrutura conseguiram bater o CDI no período entre 15 de janeiro de 2024 e 2 de maio de 2025. São eles o AZIN11, um FIP-IE sob gestão da AZ Quest, responsável pelo levantamento, e os FI-Infra CDII11, da Sparta, e SNID11, da Suno Asset, todos com retorno total superior ao índice de referência, que ficou em 14,96% no período.

O AZIN11 lidera o ranking com 20,32% de retorno, puxado pela valorização da cota patrimonial. Segundo a gestão, o resultado reflete o aumento da exposição da carteira a ativos indexados ao CDI. O fundo já acumula, desde seu início, um retorno equivalente a 199% do indicador, e 205% considerando apenas os números de abril.

Os Fundos de Investimento em Infraestrutura (FI-Infra) são uma opção de renda variável que visa incentivar o investimento privado no desenvolvimento da infraestrutura no Brasil. Eles atuam na aquisição de debêntures incentivadas, que são títulos de dívida emitidos por empresas para financiar projetos de infraestrutura.

Os Fundos de Investimento em Participações em Infraestrutura (FIP-IE) têm ainda a possibilidade de investir em ações de empresas que atuam nesse mercado, como empreiteiras e concessionárias de rodovias ou do setor elétrico. Nos dois casos, tanto os dividendos quanto a venda com lucro das cotas são isentos de tributação.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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