MXRF11, VRTA11 e TGAR11 estão entre os destaques no Bom Dia FIIs (2/6)
MXRF11, VRTA11, MANA11 e TGAR11 estão entre os mais de 180 fundos imobiliários que anunciaram dividendos na última sexta-feira (30).


O anúncio de dividendos pelos fundos imobiliários MXRF11, VRTA11 e TGAR11 estão entre os destaques desta segunda-feira (2), dia de abertura de negociações no mercado no mês de junho.

Puxado pelos anúncios de proventos e pela Data Com de mais de 180 FIIs na sexta-feira (30), último dia útil de maio, o IFIX anotou sua terceira máxima histórica consecutiva, com fechamento em 3.461,93 pontos. A alta acumulada no mês ficou em 1,44%, a quarta seguida. No ano, o índice de FIIs acumula valorização de 11,09%.
Para o mês de junho, o principal item que pode afetar o mercado de FIIs é a quarta reunião do ano do Copom, nos dias 17 e 18. A tendência é que a Selic seja mantida em 14,75% ao ano, mas especialistas e investidores estarão de olho também no comunicado, que deve ditar as tendências do Banco Central para os próximos meses.
Localmente, agentes seguirão de olho nas discussões fiscais, puxadas nos últimos dias pelo Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), cujo aumento anunciado pelo governo pode ser modificado ou totalmente revertido pelo Congresso. Lá fora, as disputas sobre tarifas comerciais, foco principal do governo de Donald Trump nos EUA, devem dominar os debates, podendo causar impacto global inclusive sobre mercados não ligados diretamente ao tema, como os FIIs.
Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:
SNAG11 projeta retorno superior ao CDI com inadimplência zero
O Fiagro SNAG11 manteve em maio a distribuição mensal de R$ 0,11 por cota, referente ao resultado de abril, em linha com os meses anteriores e que representa um dividend yield anualizado de 14,5%. O yield da carteira é ainda maior: 17,77%.
Segundo João Vitor Franzin, analista da Suno Asset, o fundo vem acumulando lucro – cerca de R$ 0,06 por cota em abril – como reserva para eventuais oscilações futuras. Além disso, o fundo segue com inadimplência zero, ou seja, todos os devedores seguem honrando os compromissos, o que reforça a solidez da carteira.
Comparado a investimentos tradicionais como CDBs que pagam 100% do CDI e sofrem incidência de imposto de renda, o SNAG11 teve performance expressiva: em abril, entregou 32% a mais de retorno líquido, considerando a menor alíquota do IR (15%).
Outro ponto de destaque foi a análise dos segmentos de café e leite, que juntos representam 20,5% do patrimônio do fundo. Chuvas acima da média no primeiro trimestre de 2025 favoreceram o desenvolvimento das lavouras de café arábica, principal cultivo financiado pelo fundo. Com isso, a expectativa é de uma recuperação da produção.
TGAR11 mantém dividendos em R$ 1 por cota, com retorno de 1,11%
O fundo imobiliário TGAR11 confirmou a distribuição de dividendos de R$ 1,00 por cota, com pagamento agendado para o dia 13 de junho de 2025. Terão direito aos proventos os cotistas com posição em 30 de maio.
Considerando o preço de fechamento da cota no fim de maio de R$ 89,99, o fundo apresenta um dividend yield mensal de aproximadamente 1,11%. A remuneração segue a linha dos últimos meses e reforça a consistência do TGAR11, cujos rendimentos são isentos de imposto de renda.
A TG Core Asset, gestora do TGAR11, mantém a projeção de que os dividendos devem ficar entre R$ 0,90 e R$ 1,10 por cota durante todo o primeiro semestre de 2025. Segundo o relatório, esse intervalo considera a rentabilidade esperada das diferentes classes de ativos, além da estratégia de rotação e diversificação da carteira.
Dividendos do MANA11, de R$ 0,11 por cota, têm rentabilidade superior ao CDI
O fundo imobiliário MANA11 comunicou ao mercado a distribuição de R$ 0,11 em dividendos por cota referente ao mês de maio. O pagamento será efetuado em 23 de junho, com data-base em 30 de maio.
Considerando o valor de fechamento da cota na sexta-feira (30), de R$ 8,88, o fundo apresenta um dividend yield mensal de aproximadamente 1,23%. Diante da estabilidade macroeconômica e das projeções para a inflação e a Selic, a Manatí Capital, gestora do MANA11, manteve o guidance de dividendos entre R$ 0,10 e R$ 0,12 por cota para o segundo trimestre de 2025.
Desde o início do fundo, a cota patrimonial ajustada pelos dividendos distribuídos acumula valorização de 37,58%, enquanto a cota de mercado apresenta alta de 26%. Ambos os retornos superam o IFIX, que avançou 22,07% no mesmo período, e o CDI líquido de IR, com variação de 33,66%.
VRTA11, VRTM11 e OUJP11 anunciam dividendos com yield acima de 1%
Os fundos imobiliários VRTA11, VRTM11 e OUJP11 divulgaram dividendos referentes ao mês de maio, todos com dividend yield mensal acima de 1%. As datas-base foram fixadas em 30 de maio e os pagamentos serão realizados em 13 de junho.
O VRTA11, que atua no segmento de recebíveis imobiliários, informou o pagamento de R$ 0,85 por cota, o que representa um dividend yield de 1,05% com base na cotação de fechamento do mês de maio. No mesmo mercado, o OUJP11 pagará R$ 1,15 por cota, o equivalente a um dividend yield de 1,41%.
O VRTM11 anunciou a distribuição de R$ 0,09 por cota, alcançando um yield mensal de 1,26%. O FII multiestratégia, que têm mandato mais amplo de atuação, vem aumentando sua exposição a CRIs nos últimos meses, devido ao cenário macroeconômico.
MXRF11 mantém dividendos em R$ 0,10 por cota, com yield mensal de 1,04%
Os cotistas do fundo imobiliário MXRF11 posicionados no FII até o encerramento do pregão de sexta-feira (30) terão direito a receber novos dividendos em junho. A distribuição terá o valor de R$ 0,10 por cota, e o pagamento está agendado para ocorrer no dia 13 de junho.
Com o preço de fechamento de R$ 9,59, o valor anunciado pelo MXRF11 equivale a um dividend yield mensal de 1,04%. O valor está levemente acima da média de distribuição dos últimos 12 meses, de R$ 0,095.
Com gestão da XP Asset, o MXRF11 tem a maior base de cotistas do mercado brasileiro de FIIs, com 1,290 milhão de investidores. Seu patrimônio líquido ultrapassa os R$ 4 bilhões, sendo que nenhuma operação individual concentra mais de 3,3% do total. Uma assembleia geral extraordinária (AGE) convocada na semana passada pode aprovar uma oferta de cotas para captar mais R$ 1 bilhão.
A maior parte dos investimentos do MXRF11, aproximadamente 80%, está alocada em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). São 88 operações, muitas delas originadas internamente pela própria XP, o que permite ao fundo uma gestão mais próxima e melhores condições de spread.