GGRC11, ALZR11 e BRCO11 estão destaques do Bom Dia FIIs (27/8)
GGRC11 anunciou revisão em proposta enviada ao VTLT11; ALZR11 e BRCO11 divulgaram relatórios gerenciais detalhados.


Os fundos imobiliários GGRC11, ALZR11 e BRCO11 estão entre os destaques desta quarta-feira (27), dia seguinte a mais uma sessão positiva para o mercado de fundos imobiliários.

O IFIX fechou em sua quarta alta consecutiva no pregão desta terça-feira (26), aos 3.440,31 pontos, avanço de 0,23% em relação à véspera e resultado máximo registrado no mês. É também a maior cotação desde 25 de julho, quando o fechamento foi em 3.445,11 pontos.
O dia foi de operação em patamar positivo desde os primeiros minutos, com aceleração à tarde e fechamento no resultado máximo do dia. Pela primeira vez em agosto o índice de FIIs acumula resultado positivo, de 0,11%, em relação ao fechamento de julho.
O resultado veio num dia em que o mercado de juros fechou em alta, com reação negativa à deflação de 0,14% registrada no IPCA-15 anunciado pelo IBGE, resultado pior do que a média das projeções. Lá fora, as discussões sobre a demissão de Lisa Cook, diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), também pressionaram as taxas de juros.
Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:
BRCO11 divulga lucro 85,56% maior; indenizações influenciaram resultado
Em julho, o fundo imobiliário BRCO11 registrou R$ 18,415 milhões de resultado, avanço de 85,56% em relação ao mês anterior, quando havia obtido R$ 9,924 milhões. Esse crescimento foi sustentado por uma receita total de R$ 20,27 milhões, enquanto as despesas do BRCO11 ficaram em R$ 1,855 milhão.
Entre os fatores que impulsionaram o resultado está o recebimento de indenizações por rescisões antecipadas. A WestRock, no imóvel Bresco Itupeva, e a MRO, no Bresco Embu, desembolsaram juntas R$ 3,4 milhões, o que trouxe um reforço para a receita imobiliária do mês.
Além disso, a distribuição aos cotistas foi de R$ 0,87 por cota, somando R$ 13,837 milhões no mês. Esse patamar representa um dividend yield anualizado de 9,5%, calculado sobre o preço de fechamento das cotas em julho. Do lucro caixa obtido, 75,1% foi direcionado ao pagamento de dividendos do BRCO11 aos investidores.
ALZR11 registra lucro de R$ 12 milhões e projeta dividendos do 2º semestre
O fundo imobiliário ALZR11 apresentou em julho um resultado de R$ 12,242 milhões, ligeiramente abaixo do registrado no mês anterior, quando atingiu R$ 12,511 milhões. A receita bruta totalizou R$ 13,37 milhões, enquanto as despesas foram de R$ 1,128 milhão. Os rendimentos de R$ 0,0826 por cota, referentes a julho, foram distribuídos aos investidores na última segunda-feira (25).
Após a distribuição, o ALZR11 mantém uma reserva de lucros de R$ 0,043 por cota, demonstrando uma política de preservação de caixa que visa garantir futuras distribuições e cumprir compromissos de longo prazo. Ao final de julho, o fundo possuía R$ 260 milhões em caixa e valores mobiliários, equivalente a 20% do seu patrimônio líquido. Parte do aumento no caixa ocorreu por meio de recebimentos de parcelas de vendas de ativos.
A gestão do ALZR11 passou a divulgar um guidance semestral de dividendos. Para o segundo semestre de 2025, a expectativa é de distribuições mensais entre R$ 0,080 e R$ 0,082 por cota, considerando receitas recorrentes, como aluguéis e rendimentos de aplicações financeiras, já descontadas todas as despesas.
VGIP11: lucro de fundo imobiliário cai 37%, mas dividendos superam IPCA
Os resultados de julho de 2025 do fundo imobiliário VGIP11 apresentaram queda de 37% em relação ao mês anterior. O fundo registrou um lucro de R$ 8,985 milhões, ante R$ 14,348 milhões apurados em junho. A queda se deveu à redução do IPCA em maio, na comparação com meses anteriores, já que os investimentos do FII são concentrados em títulos remunerados pela inflação oficial do Brasil.
Por suas vez, o fundo mantém R$ 0,29 por cota em ganhos acumulados, que serão transferidos aos cotistas assim que forem convertidos em resultado caixa. As receitas totais do VGIP11 em julho atingiram R$ 9,926 milhões. Nos últimos 12 meses, a distribuição acumulada alcançou R$ 11,73 por cota, refletindo um retorno líquido de IPCA + 8,3% ao ano.
O resultado mais fraco impactou na distribuição de dividendos do VGIP11 aos investidores, que ficou em R$ 8,958 milhões, ou R$ 0,76 por cota. Esses dividendos representam uma rentabilidade líquida anualizada de IPCA + 6,8%, baseada no valor patrimonial por cota de junho.
GGRC11 revisa proposta para compra de ativo locado à Renault, mas tem concorrência
O fundo imobiliário GGRC11 revisou sua proposta de compra para um imóvel logístico locado à Renault, em Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba (PR). A proposta atualizada para o valor de R$ 214 milhões, com base no valor patrimonial do ativo, de propriedade de outro FII, o VTLT11.
Além disso, a Zagros Capital informou que o GGRC11 abriu mão da retenção de até R$ 20 milhões que estava prevista na proposta inicial, com o objetivo de financiar obras necessárias para o funcionamento do imóvel ocupado pela montadora. O pagamento será realizado por meio de compensação de créditos no âmbito da 10ª emissão de cotas do fundo.
O GGRC11, porém, agora tem concorrência no interesse de adquirir o imóvel. A gestora Tellus também ofereceu uma oferta pelo ativo, no valor de R$ 186,8 milhões, com pagamento em dinheiro, parcelado, com prazo de 12 meses. O VTLT11 convocou uma assembleia geral extraordinária na qual os cotistas deverão escolher uma das propostas de venda ou optar pela recusa de ambas.
O imóvel é um centro de distribuição com 66.946 m² de área bruta locável (ABL) em um terreno de 249.000 metros quadrados. Ele conta com 68 docas e 110 vagas para caminhões, é certificado LEED e encontra-se locado por contrato atípico até dezembro de 2026 ao valor de R$ 34 o metro quadrado, com 100% de ocupação pela montadora.