Fundo imobiliário CACR11 explica volatilidade e registra alta no lucro
Fundo imobiliário CACR11 registra alta nos resultados em agosto de 2025 e explica detalhes sobre seus ativos e estratégias de gestão.!


O fundo imobiliário CACR11 fechou agosto de 2025 apresentando um resultado superior ao mês anterior, atingindo um valor de R$ 7,203 milhões em regime de caixa. Este resultado representa um crescimento de 5,32% em relação aos R$ 6,839 milhões registrados em julho. O regime de caixa considera as receitas recebidas durante o período, refletindo a liquidez operacional do fundo.

Os dados foram divulgados no relatório gerencial de agosto, elaborado pela gestora Cartesia. Em sua análise, a empresa explicou a oscilação recente nos preços das cotas, que chegaram a uma queda de quase 30%, passando de R$ 82,01 em agosto para a mínima de R$ 62,30 registrada em 9 de setembro. A gestão destacou que os ativos considerados de risco pelo mercado influenciaram essa volatilidade e causaram um “ataque especulativo” às cotas do fundo.
Esses ativos estão os CRIs Santo André, Viva e Savoie, que estão vinculados a projetos de alto padrão no litoral baiano. A empresa negou que os projetos estejam sendo embargados por falta de garantias e de adequação à legislação ambiental, alegando que todos contam com “vasta área de preservação”. Ainda segundo a Cartesia, esses CRIs possuem cláusulas de garantia cruzada, permitindo que o resultado dos empreendimentos seja utilizado para amortizar antecipadamente os outros títulos.
Fundo imobiliário CACR11: desempenho em agosto
No desempenho financeiro, o CACR11 registrou receitas de R$ 7,66 milhões, descontadas despesas de aproximadamente R$ 457 mil. Assim, foi possível distribuir R$ 6,529 milhões em proventos aos cotistas. Em 8 de setembro, o fundo pagou R$ 1,35 por cota em dividendos, o que representa 141,40% do CDI mensal e 166,36% do CDI pro-forma, considerando o gross-up de Imposto de Renda (IR). Este rendimento equivale a um dividend yield de 19,72% ao longo de 12 meses, sem reinvestimento.
A maior parte desses rendimentos advém do pagamento de juros e da correção monetária dos CRIs, que é reajustada com base na variação positiva do IPCA, índice oficial de inflação. O valor acumulado de correção monetária nos CRIs, até agosto, era de R$ 4,13 milhões (R$ 0,85 por cota), e a gestão atua de forma ativa no mercado secundário para liberar esse valor, proporcionando maior previsibilidade de rendimentos.
Durante o mês, ocorreram amortizações relevantes de CRIs, como Costa Mallorca (R$ 4,855 milhões de principal), Monte Cristo (R$ 401,4 mil), Alto Lindóia (R$ 71,4 mil), entre outros. Além disso, a venda de 28 mil papéis do CRI Santo André gerou um ganho de R$ 1,24 milhão em spread e juros, contribuindo para a rentabilidade do fundo imobiliário CACR11 no período.