XPML11, VRTM11, RBRR11 e SNME11 estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (27/10)
Os fundos imobiliários XPML11, VRTM11, RBRR11 e SNME11 estão entre os destaques desta segunda-feira (27), na abertura da última semana de outubro. O mercado espera que os dados otimistas de inflação possam puxar resultados positivos para o IFIX, que segue com resultado negativo acumulado para o mês.

Na sexta-feira (24), o IFIX voltou a subir, puxado pelas distribuições de dividendos que injetaram mais de R$ 100 milhões no mercado. O índice fechou em 3.578,66 pontos, alta de 0,30% em relação à véspera.
Com o resultado, o índice de FIIs fechou a semana em alta de 0,03% em relação ao resultado da sexta-feira anterior, dia 17, e 0,30% abaixo do recorde de 3.589,44 pontos, registrado em 30 de setembro.
Além dos dividendos, contribuíram para o otimismo de analistas e investidores os dados da inflação prévia de outubro, o IPCA-15, que ficou em 0,18%, abaixo da média das projeções, de 0,25%. Se confirmados, os números podem confirmar as expectativas de início do processo de queda da Selic a partir de março do ano que vem, o que seria visto como positivo para o mercado de FIIs.
Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:
SNME11 triplica lucro e paga dividendos de 1,54% ao mês
O fundo imobiliário SNME11 registrou um lucro de R$ 2,714 milhões em setembro, valor três vezes superior ao obtido em agosto, quando o FII multiestratégia da Suno Asset havia reportado um lucro de R$ 900,7 mil. O fundo distribuiu dividendos de R$ 0,15 por cota na última sexta-feira (24), referentes ao resultado de setembro, mantendo ainda R$ 0,2485 por cota em reserva acumulada para distribuições futuras.
O valor dos dividendos do SNME11 representou um retorno mensal de 1,54% sobre o valor da cota de mercado em 15 de outubro. A maior parte do resultado mensal veio da carteira de fundos imobiliários, que gerou aproximadamente R$ 2,9 milhões entre rendimentos e ganhos de capital. Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) somaram contribuição de R$ 352 mil, enquanto a estratégia em ações adicionou R$ 6 mil, provenientes de dividendos recebidos.
Durante o mês de setembro, o SNME11 encerrou integralmente sua posição no fundo BLMG11, obtendo uma Taxa Interna de Retorno (TIR) de 109,10% ao ano e um ganho distribuível equivalente a R$ 0,29 por cota. A posição havia sido iniciada em setembro de 2024, com a tese de investimento pautada em ativos subavaliados frente ao valor justo.
VRTM11 entrega dividendos de 125% do CDI com lucro acima de R$ 3,6 milhões
O fundo imobiliário VRTM11 registrou em setembro um resultado líquido de R$ 3,68 milhões, mantendo o foco na alocação estratégica entre imóveis, fundos imobiliários (FIIs) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). A Fator, gestora do FII, destacou a ampliação da exposição em operações estruturadas e a movimentação ativa do portfólio, com novas aquisições e desinvestimentos pontuais.
Em setembro, o VRTM11 distribuiu R$ 0,09 por cota, mantendo reserva de R$ 0,022 por cota para reforçar o fluxo de dividendos. O dividend yield mensal foi de 1,29%, com base na cotação de R$ 6,96, o equivalente a 125% do CDI bruto. No mês, o fundo vendeu R$ 6 milhões do CRI Terrassa e realizou a compra de R$ 8,7 milhões do CRI Gafisa II – Oscar Freire, remunerado a IPCA + 11% ao ano.
Na carteira de imóveis, o VRTM11 assinou a aquisição de oito unidades na planta do Habitat Casa Laguna, em Goiás, com investimento total de R$ 5,8 milhões. Além disso, o fundo liberou R$ 10,9 milhões em recursos destinados a empreendimentos ainda em obras, como parte do cronograma de repasses previstos. O mês também foi marcado por recompras de unidades em projetos já concluídos, totalizando aproximadamente R$ 1,56 milhão.
RBRR11 vai ficar maior? Gestão explica incorporação do PULV11 pelo FII
A RBR Asset deu início ao processo de consolidação entre os fundos RBRR11 (RBR Rendimento High Grade) e PULV11 (RBR Crédito Pulverizado), em uma operação que visa otimizar a estrutura, ampliar o patrimônio líquido e manter o perfil de risco controlado.
Com a consolidação, os cotistas do PULV11 receberão cotas do RBRR11, em proporção equivalente à participação ao fim do pregão de 15 de outubro, quando o PULV11 deixou de ser negociado na B3. O período de manifestação de custo médio de aquisição das cotas se estende até 14 de novembro.
A venda dos ativos do PULV11 ao RBRR11 está marcada para 4 de novembro, e a entrega das novas cotas do fundo incorporador deve ocorrer em 25 de novembro, encerrando o processo dois dias depois, com o pagamento final em dinheiro.
Após a fusão, o fundo consolidado contará com um patrimônio líquido próximo de R$ 1,5 bilhão, o que deve elevar o volume médio de negociações e reduzir o spread entre compra e venda das cotas do RBRR11 no mercado secundário.
XPML11 encerra 13ª oferta de cotas e anuncia captação de R$ 207 milhões
O fundo imobiliário XPML11 informou o encerramento de sua 13ª emissão de cotas. A operação contou com a subscrição e integralização de 1.839.068 novas cotas, correspondendo a uma captação total de R$ 207.097.447,48, sem considerar a taxa de distribuição primária de 0,67% sobre o preço de emissão.
O valor unitário da cota do XPML11 foi de R$ 112,61, e não houve exercício da opção de lote adicional. O montante mínimo da oferta foi atingido, e a quantidade de cotas inicialmente divulgada, de 1.843.546 unidades, teve uma leve redução, de 4.478 cotas..
A emissão tinha como meta fortalecer o portfólio do XPML11 por meio da aquisição, expansão e aprimoramento de ativos, além de ajustes em sua estrutura de capital, marcada pela necessidade de cumprimento de obrigações de curto prazo, com pagamento em dezembro, estimadas em cerca de R$ 350 milhões. A gestão também informou que deve concluir nos próximos dias uma venda de ativos a um fundo da Riza, em valor estimado de R$ 1,5 bilhão.