O que é preciso para criar um Fundo de Investimento?

O que é preciso para criar um Fundo de Investimento?

No mercado de investimentos, saber como criar um fundo de investimento e colocá-lo em prática, pode ser uma boa alternativa de negócio.

Apesar de não ser muito simples, o retorno pode ser bem atrativo. Por isso, saber como criar um fundo de investimento é um grande diferencial no mercado de capitais.

O caminho para criar um fundo de investimento é basicamente procurar as entidades reguladoras do mercado e atender todos os requisitos exigidos por tais órgãos, de modo que, assim, os padrões legais sejam preenchidos de maneira satisfatória para a legalidade do fundo.

No entanto, neste artigo, vamos apenas mostrar os passos necessários, pois é um trabalho detalhado e requer bastante conhecimento.

O que são Fundos de Investimento?

Primeiramente, os Fundos de Investimento nada mais são do que um mecanismo que reúne o dinheiro de várias pessoas, sejam elas pessoas físicas ou jurídicas, visando obter ganhos financeiros a partir da aplicação em títulos e valores mobiliários.

Similar aos fundos imobiliários, que por obséquio também podem ser considerados fundos de investimento, os investidores desses fundos também são chamados cotistas. Além disso, a estrutura de cotas permite que todos os cotistas tenham a mesma rentabilidade final, já que o preço de uma cota é igual para todos.

Como criar um fundo de investimento?

Um fundo de investimento tem como base um grupo de pessoas que unem os seus recursos financeiros a fim de obter lucros através da gestão de um profissional qualificado.

Esse gestor tem a função de analisar o mercado financeiro, escolher os melhores investimentos de acordo com o perfil do fundo para assim montar uma carteira.

Agora, veja quais são os seis passos para montar um fundo:

  1. O gestor deve receber o título de aprovação pela CVM (Comissão de Valores Imobiliários)
  2. Abrir uma empresa com CNPJ e razão social de administração de recursos
  3. Pedir autorização para a CVM para a empresa administrar recursos
  4. Entrar com o pedido na Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais) para aderir ao código de melhores práticas de mercado
  5. Procurar um administrador e custodiante para o fundo
  6. Captar ou aportar o capital inicial

É interessante destacar que todo este processo pode demorar algo em torno de 6 meses a 2 anos.

Adicionalmente, pode ser possível abrir fundos com PL (Patrimônio Líquido) menor – entre R$ 500 mil e R$ 5 milhões.

Porém, existem muitas despesas e caso o fundo não se desenvolva, será provavelmente fechado por falta de fôlego.

Assim, quanto menor o PL, maior o impacto dos custos na rentabilidade do fundo.

Como criar um clube de investimento?

Essa é a maneira pela qual muitas pessoas estão descobrindo os segredos do mercado de ações.

Afinal, desde que surgiram no Brasil, os clubes de investimento não param de aumentar.

Enquanto em um fundo de ações o investidor apenas se limita a fazer aportes de dinheiro sem se preocupar com a gestão. Num clube, o cotista pode participar ativamente da política de investimentos, decidindo quanto e em qual ação irá investir.

E se engana quem pensa que montar um clube de investimento é um bicho-de-sete-cabeças.

Pelo contrário, veja como é:

1° Passo

O primeiro passo é reunir um grupo de no mínimo 3 pessoas ou no máximo 50 participantes. O ideal é que tenham interesses em comum, como um grupo de colegas de trabalho que queiram guardar dinheiro para a aposentadoria. Com um objetivo assim, fica mais fácil chegar a um consenso na hora de decidir que tipo de papel comprar.

2° Passo

Após, é preciso procurar uma administradora, que poderá ser uma corretora, uma distribuidora de títulos ou um banco. O administrador cuida da parte burocrática do investimento, como manter o cadastro dos participantes, receber e conciliar os aportes de dinheiro ou custodiar os ativos. Quando o grupo decidir em que papel investir, será a administradora que irá concretizar o negócio.

3° Passo

Feita a escolha, a próxima etapa será a preparação do estatuto social, que é o conjunto de normas que deverão ser seguidas para o funcionamento do clube. Nele constarão, por exemplo, a quantidade e o valor de cada cota do clube, a taxa de administração, a política de investimentos e a composição da carteira do clube.

Vale lembrar que, pela lei, nenhum participante pode deter mais de 40% das cotas e o clube deve, obrigatoriamente, investir pelo menos 67% do seu patrimônio em ações.

Se tudo estiver certo com o estatuto, o clube poderá ser registrado na B3 e na Receita Federal e, a partir daí, começar a operar.

Como Criar um Fundo Exclusivo?

Inicialmente, fundos exclusivos consiste em fundos estruturados por apenas um investidor. Essa forma de ativo possui as demais características iguais as dos fundos de investimento comuns, mas destinam-se a apenas um único cotista.

Através desse tipo de fundo, o único investidor personaliza seu fundo de acordo com suas necessidades e preferências. Dessa forma, o sócio exclusivo é o responsável em decidir todas as políticas de investimento, alocação de recursos e direcioná-los a seus objetivos.

Mesmo com sua exclusividade, para montar um fundo é necessário registro na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e na ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Essas reguladoras são responsáveis pela fiscalização rigorosa dos fundos imobiliários.

Depois da aprovação por tais órgãos, o fundo exclusivo funciona como um fundo de investimento tradicional, podendo ser classificado como aberto ou fechado:

Uma pergunta comum é “quem pode participar de um fundo exclusivo?” Como trata-se de um fundo com um único cotista, esse fundo é restrito a poucos investidores, dados seus altos custos de montagem e manutenção.

Vale a pena investir em fundos imobiliários?

Os fundos imobiliários são uma excelente oportunidade para diversificar seus investimentos e ainda obter bons rendimentos.

Por isso, evite entrar em um fundo sem entender do que se trata e de como está o panorama da economia no momento. É fundamental conhecer todas as opções, observar a relação risco x retorno e também o prazo de perspectiva de ter o seu rendimento quando falamos de fundos imobiliários.

Além disso, é válido entender os setores dos fundos imobiliários e pesquisar lista de fiis por segmento para conhecer e analisar as melhores opções.

Por fim, o rendimento dos FIIs pode vir de diversas formas, assim como também temos diversos tipos de fundos imobiliários que podem compor uma carteira de investimentos diversificada nesse setor.

 

Por ter somente um investidor responsável por cumprir com todos esses custos e ainda ter conhecimento sobre como gerir o fundo, recomenda-se que os fundos exclusivos sejam voltados para investidores qualificados e com capital de no mínimo R$ 10 milhões.

Em conclusão, saber como criar um fundo de investimento pode ser um diferencial muito interessante, mas é preciso muito conhecimento e responsabilidade para desempenhar essa função.

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foto: Rafael Campagnaro
Rafael Campagnaro

Engenheiro mecânico por formação, estuda e investe no mercado de capitais desde 2016. Entusiasta do Value Investing, trabalha com produção de conteúdo informativo e educacional para o mercado financeiro desde que iniciou no universo das finanças. Acredita que o mercado de capitais é uma das alavancas que contribuem para o desenvolvimento da humanidade.

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