BCFF11 e BTHF11 preparam último passo para concluir fusão: o leilão de frações

Antigos investidores do BCFF11 ainda terão direito ao valor referente ao fracionamento das cotas, antes da liquidação do FII.

BCFF11 e BTHF11 preparam último passo para concluir fusão: o leilão de frações
Cotistas do BCFF11 ainda receberão compensação por frações - Foto: Pixabay

A gestão do BCFF11 está prestes a concluir a liquidação e a fusão do fundo com o BTHF11, que realiza nesta sexta-feira (27) o pagamento dos dividendos referentes aos resultados do mês de novembro, em R$ 0,097 por cota. Falta agora apenas o leilão das cotas fracionadas, que deve ocorrer nos próximos dias.

Nas últimas semanas, o BTG Pactual, que faz a administração e a gestão dos dois fundos, por meio de empresas diferentes do grupo, realizou a entrega das cotas do BTHF11, na proporção de 0,8 cota por cada cota do BCFF11 que os investidores possuíam em outubro, quando o fundo, um dos FOFs mais antigos do mercado brasileiro, deixou de ser negociado no mercado secundário.

Assim, se o investidor detinha 1.000 cotas do BCFF11, ele recebeu 800 cotas do BTHF11 mais um valor de R$ 0,561018396 por cota, com possível desconto de imposto de renda na fonte de acordo com o custo médio de aquisição. Acontece que, diante do número exato de cotas dos dois fundos, a proporção não ficou exatamente em 0,8, mas em um número fracionado com 15 casas decimais: 0,800048735669734.

Como o mercado de FIIs não atua com cotas fracionadas e o investidor não pode ser prejudicado com a perda de seu patrimônio, essas frações foram reagrupadas e vendidas em leilão, com data ainda não informada. Após essa transação, o cotista receberá proporcionalmente sua parte, em dinheiro.

BCFF11 e BTHF11: entenda a fusão entre os dois fundos

O BTG Pactual, responsável pela administração e gestão dos dois fundos, optou pela fusão como forma de modernizar a atuação do fundo imobiliário BCFF11, limitada pelo regulamento. O texto foi criado em 2010, quando o fundo foi listado e a indústria de FIIs ainda engatinhava no Brasil.

O BTHF11 funcionava como um fundo cetipado, negociado no mercado de balcão. Após aprovação dos cotistas dos fundos, ele foi listado na B3, o que aconteceu no último dia 18, reunindo o patrimônio líquido dos dois fundos, equivalente a R$ 2.109 bilhões, e passa a responder pela atuação do BTG no segmento multiestratégia, ou “hedge fund”.

Considerado como uma espécie de versão 2.0 dos FOFs, os FIIs multiestratégia têm mandato para operar com qualquer segmento de ativos ligados ao mercado imobiliário, desde ativos financeiros, como CRIs, cotas de outros FIIs e ações de empresas do setor, até a propriedade de imóveis reais, de forma direta ou indireta, via sociedades de propósito específicos (SPEs).

O BTHF11 anunciou, ainda, ter estendido o prazo de votação dos cotistas em assembleia geral extraordinária (AGE) que vai definir como o fundo votará em outra AGE, convocada pelo HTMX11, fundo que atua na propriedade de unidades hoteleiras. O prazo para votação dos antigos investidores do BCFF11 vai até 17 de janeiro.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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