MXRF11, XPML11, PULV11 e RPRI11 são destaques do Bom Dia FIIs (1/9)

MXRF11, PULV11 e RPRI11 anunciaram dividendos; XPML11 anunciou negociação avaliada em mais de R$ 1,6 bilhão.

MXRF11, XPML11, PULV11 e RPRI11 são destaques do Bom Dia FIIs (1/9)
Veja os destaques do mercado - Foto: iStock

Os fundos imobiliários MXRF11, XPML11, SNEL11, PULV11 e RPRI11 estão entre os destaques desta segunda-feira (1). O mercado de fundos imobiliários começa setembro em embalo positivo: depois de sete altas consecutivas nos últimos pregões de agosto, o IFIX, principal índice do setor, acumulou alta de 1,16% no mês e reverteu a tendência de queda apresentada em julho e durante a primeira quinzena do mês passado.

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Só na última sexta-feira (29), o IFIX registrou valorização de 0,70%, com fechamento em 3.476,36 pontos, praticamente na máxima do dia, e acumula 11,55% de alta desde o início do ano. A movimentação no último dia do mês foi puxada pela Data Com de mais de 150 FIIs, que anunciaram valores de dividendos e fecharam a listagem de beneficiários desses rendimentos, a partir da posição dos investidores ao fim do pregão.

A tendência positiva da segunda quinzena de agosto, no entanto, não mudou o fato de que a grande maioria dos FIIs seguem descontados em relação ao valor patrimonial: dos 115 componentes da nova carteira teórica do IFIX, que começa a valer hoje (1), nada menos que 108 terminaram a sessão da última sexta-feira com P/VP abaixo de 1, ou seja, com preço de mercado menor do que o valor patrimonial por cota.

Embora o P/VP não possa ser considerado o único item de avaliação para a escolha de um FII, é inegável que o cenário incentiva os investidores a buscar ativos atraentes, que, mesmo com preços baixos, possam oferecer dividendos estáveis e ganho de capital no médio e longo prazo, a partir da aquisição com desconto.

SNEL11 sobe para máxima ajustada após anúncio de conexão de usina

O fundo imobiliário SNEL11, gerenciado pela Suno Asset, atingiu sua cotação máxima ajustada por dividendos no dia 29 de agosto, negociada a R$ 8,61. A valorização de 1,65% em relação ao fechamento anterior, de R$ 8,47, marca o maior valor de mercado para o fundo desde 29 de maio, quando o preço era de R$ 8,64.

Essa alta ocorre no dia seguinte ao anúncio da conexão da usina fotovoltaica São Bento Abade, localizada em Minas Gerais, à rede elétrica da Cemig, concessionária responsável pela distribuição no estado. A conexão da usina permite ao SNEL11 alugar o imóvel para empresas que atuam no mercado de geração distribuída de energia, o que pode ampliar sua receita imobiliária.

Mesmo com o potencial de crescimento, os efeitos na receita ainda não são imediatos, devido à complexidade e às características do mercado de energia, que incluem um possível atraso de alguns meses entre as locações e os recebimentos de recursos. A usina tem capacidade instalada de 7,00 MWp (5,00 MW de energia AC) e as obras foram concluídas em dezembro de 2024.

XPML11 encaminha solução de liquidez com venda bilionária de 9 shoppings

O fundo imobiliário XPML11 assinou um memorando de entendimentos para a venda de participação em nove shoppings de seu portfólio. O valor da transação foi estimado em R$ 1,6 bilhão, e a compra será feita pela Riza Real Estate, que vai estruturar um novo FII para cuidar dos empreendimentos.

Segundo o XPML11, o comprador fará o pagamento de aproximadamente 68% à vista, o que equivale a cerca de R$ 1,1 bilhão, e 32% em até 5 anos. A XP Asset, gestora do fundo, estima que a venda será capaz de gerar uma liquidez de cerca de R$ 1 bilhão, além de um ganho de capital de R$ 278 milhões, que representa uma potencial distribuição de dividendos bruta de, aproximadamente, R$ 4,90 por cota.

Além disso, assim que confirmada, a venda trará uma solução para o principal problema de curto prazo do fundo, que é quitar aquisições feitas a prazo que têm vencimento em dezembro. Os pagamentos devem somar cerca de R$ 780 milhões, e, pela previsão de caixa anunciada nos últimos relatórios gerenciais, o XPML11 precisava captar cerca de R$ 350 milhões para cumprir as obrigações.

Dividendos do PULV11 e RPRI11: pagamentos superam yield de 1%

Os fundos imobiliários PULV11 e RPRI11, ambos sob gestão da RBR Asset, anunciaram a distribuição de dividendos referentes aos resultados de agosto, com pagamentos previstos para os dias 12 e 11 de setembro, respectivamente. O PULV11 pagará R$ 0,095 por cota, com dividend yield de 1,09%. Já o RPRI11 distribuirá R$ 0,95 por cota, o provento corresponde a um DY de 1,14%.

O fundo imobiliário PULV11 girou sua carteira em junho com foco no redesenho da estratégia de alocação. O principal destaque do mês foi o desinvestimento de R$ 2,5 milhões no CRI Pulverizado MK CDI, ativo que remunerava CDI + 4,50% ao ano. Parte dos recursos foi realocada em operações já existentes, com aporte de R$ 2,1 milhões.

Por sua vez, no mesmo período, o RPRI11 ampliou sua carteira com um novo investimento de R$ 15 milhões no CRI Windsock, voltado ao desenvolvimento de galpões logísticos “last mile” no aeroporto de Fortaleza. Trata-se de um projeto com localização estratégica no centro urbano, onde a oferta de imóveis do tipo é limitada e a vacância é baixa.

MXRF11 mantém estabilidade em pagamento de dividendos para setembro

O fundo imobiliário MXRF11 anunciou a distribuição de R$ 0,10 por cota para setembro, valor que se mantém inalterado pelo quinto mês consecutivo. Os dividendos serão pagos no dia 12 deste mês, considerando a data de corte em 29 de agosto. Os proventos têm como base o resultado de agosto, ainda não divulgado pela gestão.

Com a cotação de R$ 9,62 ao final de agosto, o dividend yield mensal do fundo imobiliário MXRF11 foi de 1,04%. No acumulado dos últimos 12 meses, os dividendos somam R$ 1,14 por cota, enquanto a média mensal dos últimos dois anos foi de R$ 0,0995. Em junho, último resultado divulgado, o fundo registrou lucro de R$ 44,97 milhões, número levemente acima dos R$ 44,6 milhões obtidos em maio.

No mesmo período, a receita alcançou R$ 48,09 milhões, frente a despesas de R$ 3,12 milhões. A distribuição de dividendos do MXRF11 foi de R$ 43,73 milhões, correspondente ao valor pago de R$ 0,10 por cota. Esse montante representou um retorno equivalente a 101,33% do CDI líquido, ou 118,77% ao se aplicar a alíquota de 15% de imposto.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado em Jornalismo pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com 25 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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