Dividendos, SNEL11 e RZAT11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (6/9)
Distribuição de dividendos anunciados na semana passada é um dos destaques do dia; SNEL11 explica tese de investimentos em energia.
Os fundos imobiliários SNEL11 e RZAT11 estão entre os destaques do mercado nesta sexta-feira (6), dia marcado também pelo pagamento de dividendos por uma série de FIIs que fizeram o anúncio dos valores na semana passada.
O IFIX fechou nesta quinta-feira (5) em em 3.382,37 pontos, recuo de 0,09% em relação ao fechamento de quarta-feira (4). O resultado acumulado na semana e no mês é negativo em 0,33%. No ano, o índice registra 2,14% de valorização,
O índice de FIIs repetiu durante o dia o cenário do início da semana: abriu em alta e atingiu a máxima rapidamente, desta vez em 3.388,44 pontos, mas depois caiu para o patamar negativo ao longo da tarde, chegando ao piso de 3.380,84 pontos perto do fechamento, para um avanço leve nos minutos finais.
Embora o Ibovespa tenha mantido a tendência de alta, e dados recentes da economia dos EUA projetem para o início do ciclo de queda dos juros no país daqui a duas semanas, o mercado de FIIs parece estar sendo mais impactado, neste começo de setembro, pelas pressões altistas sobre o Copom que cresceram nos últimos dias e foram puxadas, nesta semana, com o anúncio do PIB do segundo semestre de 2024, acima das projeções do mercado.
Embora a tendência de consenso ainda seja de que a Selic será mantida em 10,5% na reunião do próximo dia 18, vêm crescendo as pressões para a retomada de um movimento de alta, a fim de manter a inflação mais perto da meta de 3% ao ano. A possibilidade é vista como negativa para os fundos imobiliários de tijolo, embora possa beneficiar os FIIs de papel, especialmente aqueles que priorizam a aquisição de títulos com remuneração atrelada ao CDI.
Confira as principais notícias do mercado:
SNEL11 mostra retorno atrativo com tese de investimento inovadora
Incluído nesta semana como parte do IFIX até o fim do ano, o fundo imobiliário SNEL11 vem se destacando no mercado por sua abordagem inovadora, que combina o segmento de geração distribuída de energia com a estrutura de um fundo imobiliário.
Guido Andrade, da equipe da Suno Asset responsável pela gestão do SNEL11, explica que o fundo surgiu com a proposta de integrar a geração distribuída de energia à lógica dos fundos imobiliários. “A gente teve uma luta muito grande para colocar uma estrutura, trazer um fundo que atende o segmento de energia numa roupagem de fundo imobiliário, fazendo locação dos empreendimentos e desenvolvimento deles”, afirmou.
Rafael Menezes, também analista do time de gestão, explica que a geração distribuída, por si só, já possui a característica de criar ativos para locação. “A gente praticamente inaugurou esse segmento de fazer um fundo imobiliário de desenvolvimento focado em energia, investindo no Equity. Então, a gente vem conseguindo capturar um retorno muito atrativo por conta disso”, pontuou.
Os dois deram mais detalhes sobre o SNEL11 em conversa com Tiago Reis, fundador do Grupo Suno, na qual discutiram as particularidades dessa tese de investimento, os ativos já desenvolvidos e os desafios da atuação.
RZAT11 anuncia nova oferta para captar cerca de R$ 300 milhões
O fundo imobiliário RZAT11 anunciou a realização de sua 8ª emissão de cotas, cuja oferta é destinada apenas a investidores qualificados, com valor unitário de R$ 100,00, considerado o preço patrimonial da cota, de R$ 98,03, e os custos de subscrição, de R$ 1,97.
Inicialmente, o valor da oferta pode chegar perto dos R$ 300 milhões. mas esse valor pode ser acrescido em 25% caso haja demanda por lote adicional de cotas, elevando a captação para perto de R$ 375 milhões.
A data de corte para exercício do direito de preferência será em 9 de setembro de 2024, e o período para exercer esse direito começa no dia 11. O fundo tem hoje um patrimônio líquido de R$ 372,6 milhões, que pode dobrar de tamanho em caso de sucesso da oferta.
XP e EQI Research apresentam mudanças pontuais em carteiras recomendadas
A XP Investimentos e a EQI Research atualizaram suas carteiras recomendadas de FIIs para o mês de setembro, ambas com mudanças apenas pontuais, sem exclusão ou inclusão de ativos, apenas com mudanças no peso das alocações dentro dos respectivos portfólios.
A carteira da XP apresenta 15 sugestões de fundos imobiliários que os analistas consideram de “caráter mais defensivo”. Com o objetivo de manter o carrego e o posicionamento em FIIs de tijolo, a empresa diminuiu sua posição no LVBI11 (-2,0%), enquanto aumentou nos fundos BTLG11 (+1,0%) e CPTS11 (+1,0%).
Em agosto, a carteira recomendada de FIIs da XP apresentou uma performance de 0,53%. O dividend yield (DY) médio mensal registrado foi de 0,86%, que corresponde a 10,3% ao ano.
No caso da EQI Research, também foram realizados pequenos ajustes na composição, com foco para os FIIs de papel de baixo a médio risco e nos FIIs de tijolo com indicadores de performance operacional crescentes. Os três fundos imobiliários com as maiores posições são KNSC11, BTLG11 e LVBI11, que juntos ocupam cerca de um terço da carteira.
Dividendos são atração na sexta: mais de 20 fundos fazem pagamento
O quinto dia útil do mês é a data de distribuição de dividendos referentes aos resultados do mês de agosto para mais de 20 fundos imobiliários (FIIs), Fiagros e FI-infra, de acordo com dados do Funds Explorer.
Para fazer jus à distribuição de proventos desta sexta-feira (6) era preciso ter a posse de cotas dos respectivos fundos ao fim do pregão da sexta passada, dia 30 de agosto, data em que as gestoras anunciaram os valores dos dividendos.
Dentre os FIIs que se destacam pelos altos rendimentos está o Hotel Maxinvest (HTMX11), com R$ 2,13 por cota. O GARE11, gerido pela Guardian Gestora, vai pagar R$ 0,087, o equivalente a um dividend yield de 0,95%. O VGHF11 distribuirá rendimento de 1% no mês, com o valor unitário de R$ 0,09.
Entre os Fiagros. o destaque vai para o RURA11, com dividend yield de 1%. Já os fundos de infraestrutura, os FI-Infra, o KDIF11 pagará R$ 1,10 em dividendos, enquanto o BODB11, da Bocaina Capital, distribuirá R$ 0,09 por cota, um yield de 0,98%.