XPML11, RBRY11, NUIF11 e RECR11 estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (10/12)
Os fundos imobiliários XPML11, RBRY11 e RECR11 e o FI-Infra NUIF11 estão entre os destaques desta quarta-feira (10), dia em que o mercado vai operar mais uma vez à espera dos anúncios de juros nos Estados Unidos e no Brasil.

Nos EUA, a tendência é de um novo corte de 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 3,5% e 3,75% ao ano, e analistas esperam um direcionamento mais concreto do Fed sobre as próximas decisões. O cenário ainda se mostra marcado por incertezas e atrasos sobre dados, devido ao shutdown vivido pelo governo por 45 dias, em outubro e na primeira quinzena de novembro.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) deve manter a Selic em 15% ao ano.A expectativa é se o comunicado já vai sinalizar o início do processo de queda para a primeira reunião de 2026, em janeiro, ou se aguardará por novos dados sobre inflação e mercado de trabalho, deixando o começo dos cortes para o segundo encontro do ano, em março.
Nesta terça-feira (9), o IFIX caiu 0,06% em relação à máxima histórica registrada na segunda-feira (8), e fechou em 3.675,58 pontos – ainda assim, o terceiro melhor resultado da série. O índice começou o dia na mesma tendência de alta da véspera, chegando à máxima ainda nos primeiros minutos do pregão. Rapidamente, porém, a tendência se inverteu e o mercado passou a operar de forma estável, mas sempre abaixo do resultado da véspera, até o fechamento.
Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:
RBRY11 lucra quase R$ 16 milhões e registra yield anualizado de 16,8%
O fundo imobiliário RBRY11 fechou outubro com 42 operações ativas e todas em dia com suas obrigações financeiras. Segundo a RBR Asset, 95% dessas operações foram ancoradas pela própria gestora, o que inclui originação, estruturação e participação superior a 50% nas emissões. O resultado final do fundo em outubro foi de R$ 15,82 milhões, segundo o relatório gerencial.
A carteira do fundo é composta por CRIs lastreados em garantias imobiliárias robustas, com alienação fiduciária e LTV médio próximo de 60%. Segundo a gestora, 42% das garantias estão no Estado de São Paulo, sendo 71% na capital. Dentro desse grupo, 21% do total correspondem a regiões consideradas prime — como Faria Lima, Jardins e Pinheiros —, o que reforça a qualidade dos lastros que sustentam o risco de crédito do portfólio.
Também em outubro, o time interno de análise de crédito revisou a operação CRI HM Maxi Campinas, que representa R$ 40,7 milhões da carteira (3,3% do patrimônio líquido do fundo). O instrumento manteve o rating RBR (A), apoiado em fundamentos considerados saudáveis, como o baixo nível de descumprimento dos pagamentos, hoje em apenas 4% da carteira monitorada.
NUIF11 divulga dividendos de R$ 1,30, com retorno anualizado de 18,4%
O fundo de investimentos em infraestrutura (FI-Infra) NUIF11 informou que pagará R$ 1,30 por cota em dividendos na próxima sexta-feira, 12 de dezembro, aos investidores posicionados até o fechamento do mercado em 5 de dezembro.
Com isso, a distribuição dos proventos soma um montante total de R$ 1,445 milhão. O dividend yield do fundo nos últimos 12 meses é de 18,4%. Considerando o preço de R$ 91,54 — cotação de fechamento do último dia útil de novembro —, o provento representa um dividend yield mensal de 1,42%.
No ano, o NUIF11 acumula retorno patrimonial de 13,9%, equivalente a IMA-B + 3,1%. Com a volatilidade, a gestora optou por não realizar novas alocações em outubro e manteve 10% do portfólio em liquidez.
RECR11 fecha acordo para venda milionária de imóveis corporativos em SP
O fundo imobiliário RECR11 celebrou um acordo para a venda de um conjunto de lajes corporativas (escritórios) localizadas no Edifício Morumbi Plaza, na zona sul de São Paulo. A negociação envolve sete unidades do prédio situado na Avenida Jurubatuba, cada uma delas com 1.237,60 m² de área útil, somando 8.663,20 m² no total. Também foram incluídos no negócio 112 vagas de garagem vinculadas ao empreendimento.
O acordo estabelece um preço de aquisição de R$ 60 milhões, montante que será pago pelo comprador em etapas condicionadas ao cumprimento de exigências previstas no documento. A primeira obrigação financeira é o desembolso de R$ 10 milhões no ato da assinatura do compromisso de compra e venda (CCV).
O saldo de R$ 50 milhões será quitado posteriormente em cinco prestações semestrais, iguais e consecutivas, cada uma no valor de R$ 10 milhões, iniciando-se o cronograma a partir da data de pagamento da primeira parcela. A efetivação do negócio está sujeita a um conjunto de condições precedentes, entre eles a aprovação de um plano de investimento a ser conduzido pelo comprador e voltado à modernização do edifício.
XPML11 conclui venda bilionária de shoppings e encaminha reestruturação de capital
O fundo imobiliário XPML11 concluiu a venda de participação em nove shoppings de seu portfólio, em uma transação avaliada em R$ 1.651.579.978,79. A negociação vai permitir à gestão reduzir a alavancagem do FII e estender por mais tempo o atual patamar de distribuição de dividendos.
A XP Asset, gestora do XPML11, informou o recebimento o sinal, no valor de R$ 1.028.300.649,01, e que o fundo ainda terá direito a uma parcela em dinheiro de R$ 52.344.604,17, com pagamento em 15 de janeiro de 2026 e correção por 50% do CDI até a data do pagamento. O restante do valor, de R$ 528.505.593,21, terá um prazo de cinco anos, sem detalhamento de prazos pela XP Asset, gestora do fundo.
O XPML11 informou que parte do pagamento, no valor de R$ 191.471.000,00, foi usado na integralização de cotas subordinadas do FII Master, responsável pelas aquisições. Esse fundo tem prazo determinado de 5 anos, com possibilidade de extensão de 1 ano. Isso manterá o FII como proprietário indireto dos ativos vendidos, com rentabilidade projetada para 20% ao ano.