TRXF11, XPML11 e dividendos de Fiagros estão entre destaques do Bom Dia FIIs (11/3)
TRXF11 divulgou relatório gerencial, XPML11 liderou ranking e SNAG11 e SNFZ11 anunciaram dividendos com pagamento no dia 25.


Os fundos imobiliários TRXF11 e XPML11 e o anúncio de dividendos pela Suno Asset para seus Fiagros, o SNAG11 e o SNFZ11, estão entre os destaques nesta terça-feira (11), dia seguinte a mais um pregão de alta do IFIX.

O índice de FIIs fechou nesta segunda-feira (10) em alta pela sexta vez consecutiva, em 3.164,67 pontos, valorização de 0,11% em relação ao resultado de sexta-feira (7), alcançando a cotação máxima do ano pelo terceiro dia seguido. Com isso, o índice repetiu a sequência de resultados positivos verificada nos seis pregões entre 20 de dezembro e 2 de janeiro.
O IFIX operou de forma positiva durante todo o pregão, embora tenha oscilado perto do patamar da véspera durante a maior parte da tarde, mas sem nunca entrar no vermelho. Ainda assim, mesmo com a série de altas, a maioria dos fundos segue bastante descontada em relação ao valor patrimonial, o que pode ter estimulado o volume de negociações.
Durante o dia, o fundo imobiliário CPTS11 teve negociações em volume muito acima do normal, movimentando sozinho mais de R$ 58 milhões, ante a média diária de R$ 8,1 milhões em fevereiro, uma alta de 616,97%. Se comparado com o volume total, de R$ 162,644 milhões, o percentual é de 35,8%, ou seja, mais de um terço do volume de todo o mês passado registrado num só pregão.
Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:
SNAG11 e SNFZ11 mantêm patamar de dividendos; Data Com é na sexta (14)
O SNAG11, Fiagro de crédito da Suno Asset, anunciou os dividendos referentes aos resultados de fevereiro, em R$ 0,11 por cota. O valor representa um dividend yield mensal de 1,20% em relação ao valor de fechamento em 28 de fevereiro, de R$ 9,15.
Já o SNFZ11, que é focado na valorização patrimonial diante da revenda com lucro de seus imóveis, anunciou proventos de R$ 0,06 por cota. O dividend yield mensal é de 0,61% em relação ao valor de 28 de fevereiro, de R$ 9,79.
Nos dois casos, a Suno Asset manteve o patamar de distribuição dos últimos dois meses, desde a elevação de janeiro – antes, o SNAG11 vinha distribuindo R$ 0,10 por cota, enquanto o SNFZ11 pagou R$ 0,055 por cota.
A Data Com para os dois Fiagros é na próxima sexta-feira (14), ou seja, compradores das cotas até esse dia farão jus ao recebimento dos dividendos. O pagamento está previsto para o dia 25 deste mês, isento de tributação para pessoas físicas.
XPML11 lidera liquidez entre fundos imobiliários em fevereiro; MXRF11 negocia mais cotas
O fundo imobiliário XPML11 liderou a liquidez entre os FIIs no mês de fevereiro, com um volume financeiro total de R$ 267,788 milhões. Os números levam em conta os fundos que compõem a carteira teórica do IFIX e foram levantados pela Economatica, empresa de inteligência de dados do Grupo TC, a partir de dados divulgados pela B3.
Mesmo com uma queda de cerca de 5% no volume total em relação a janeiro, quando esse indicador chegou a R$ 281,823 milhões, a média diária registrou acréscimo de 4,52%, saindo de R$ 12.810 milhões para R$ 13,389 milhões em cada um dos 20 dias úteis do mês passado. A diferença acontece porque janeiro teve 22 pregões.
O KNCR11 ficou em segundo lugar, com volume total de R$ 247,927 milhões e média de R$ 12,396 milhões, seguido pelo MXRF11, com R$ 237,702 milhões, média diária de R$ 11,885 milhões.
O MXRF11, aliás, que havia liderado os dois rankings em janeiro, manteve em fevereiro o topo da listagem de cotas negociadas, com 26,285 milhões de papeis negociados, um recuo de 16,5% em relação a janeiro, quando havia negociado 31,494 milhões de cotas. O CPTS11 veio em seguida, com 26,064 milhões.
CPSH11 mais que dobra lucro e anuncia projeções para 2025
O fundo imobiliário CPSH11 divulgou seu novo relatório gerencial, reportando um resultado de R$ 12,65 milhões em janeiro, mais que o dobro do registrado no mês anterior, quando o lucro mensal tinha sido de R$ 6,06 milhões.
O resultado do fundo imobiliário foi obtido a partir de um resultado de R$ 12,904 milhões com shoppings e FIIs estratégicos. A partir disso, o CPSH11 pagou um total de R$ 7,969 milhões em dividendos, equivalente a R$ 0,10 por cota.
Em 2024, o fundo apresentou um ano de crescimento expressivo nas vendas, altas taxas de ocupação e distribuição de dividendos de forma consistente. A Capitania, gestora do FII, diz que a recuperação econômica e o aumento do consumo, especialmente em datas sazonais como Black Friday e Natal, impulsionaram o crescimento do portfólio.
Com uma combinação de qualidade e diversidade nos ativos, o CPSH11 segue com expectativas otimistas para 2025, considerando o bom posicionamento para aproveitar a continuidade da recuperação do mercado de consumo e a expansão do setor de shoppings.
TRXF11 tem alta de 46,2% em receita imobiliária e lucra R$ 20 milhões em fevereiro
O fundo imobiliário TRXF11 registrou um impacto positivo em seu resultado de fevereiro, impulsionado pelo recebimento da segunda parcela da venda de seis imóveis em agosto de 2024. O fundo alcançou um resultado de R$ 20 milhões no período, refletido diretamente pela receita imobiliária, que saltou de R$ 14,57 milhões em janeiro para R$ 21,30 milhões em fevereiro, um avanço de 46,2%.
Os dividendos do TRXF11 foram mantidos em R$ 0,93 por cota, valor que representa um dividend yield mensal de 0,91% e anualizado de 10,89%, considerando a cotação de fechamento do mês em R$ 102,50. O pagamento será realizado no dia 18 de março, de acordo com a posição dos investidores em 28 de fevereiro.
Segundo a TRX Real Estate, gestora do TRXF11, o FII segue priorizando a venda de ativos como forma de geração de caixa, mas, diante do ambiente desafiador para novas captações, a gestão estuda operações de antecipação de recebíveis junto a instituições financeiras e investidores institucionais.
Essas operações terão como garantia contratos atípicos do TRXF11, livres de ônus. Para manter flexibilidade financeira, segundo a gestão, essas operações serão estruturadas sem período de lock-up e sem taxas que inviabilizem um pré-pagamento. Dessa forma, caso surjam novas oportunidades de liquidez, como a venda de ativos ou uma emissão de cotas em condições favoráveis, o fundo poderá quitar essas operações antecipadamente.