XPML11, RBRX11, IBBP11 e IRDM11 são destaques do Bom Dia FIIs (12/8)

XPML11 divulgou relatório gerencial, com resultados do mês de julho; confira outros destaques do mercado de fundos imobiliários.

XPML11, RBRX11, IBBP11 e IRDM11 são destaques do Bom Dia FIIs (12/8)
Uberlândia Shopping, parte do portfólio do XPML11 - Foto: Divulgação

Os fundos imobiliários XPML11, RBRX11, IBBP11 e IRDM11 estão entre os destaques desta terça-feira (12), dia em que o mercado tenta se recuperar de um começo de semana instável.

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Depois de subir nas últimas duas sessões da semana passada, o IFIX caiu 0,06% nesta segunda-feira (11) e fechou o dia em 3.417,87 pontos. O índice alcançou a máxima do dia logo depois da abertura e depois e manteve no patamar positivo até por volta do meio-dia. Uma nova tendência negativa se impôs a partir das 15h30, e nem uma recuperação nos minutos finais evitou a 19ª queda nos últimos 26 pregões.

Desde que atingiu a máxima histórica de 3.495,42 pontos em 4 de julho, no encerramento de uma sequência de três altas, o IFIX não consegue repetir três dias consecutivos de valorização.

O economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung, explica que o mercado de FIIs tem enfrentado mais um desafio: a piora nas condições de crédito, com redução das concessões e aumento dos spreads. Dados do Banco Central referentes a junho mostram que ficou difícil obter financiamentos junto aos bancos, e, quando ocorrem, os juros são mais altos.

Esse cenário tem impactado fortemente o setor imobiliário e, consequentemente, parte do mercado de FIIs. Os fundos de papel, que atuam no setor com a compra de títulos de dívida, passam a ter mais dificuldade com a redução das ofertas, o que reduz o poder de barganha nas negociações e o nível de rentabilidade a ser entregue aos cotistas.

Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:

IRDM11 anuncia oferta de R$ 120 milhões, em novo passo para fusão

O fundo imobiliário IRDM11 anunciou a realização da sua 13ª emissão de cotas, podendo captar até R$ 120 milhões na captação inicial. Essa oferta é exclusiva para investidores profissionais e busca ampliar seu patrimônio por meio da emissão de até 1.448.572 novas cotas. 

Essa emissão também está relacionada ao possível processo de fusão entre o IRDM11 e o IRIM11, fundo multiestratégia também sob gestão da Iridium. Para que a fusão seja concretizada, será necessária a aprovação dos cotistas de ambos os fundos em assembleias gerais extraordinárias, cujas datas ainda não foram definidas. 

O preço unitário da oferta será de R$ 82,92, que corresponde ao patrimônio líquido por cota em 30 de junho, de R$ 82,84, acrescido de R$ 0,08 referentes à taxa de distribuição primária. Além disso, há possibilidade de distribuição parcial, desde que seja respeitada a captação mínima de R$ 79,99 milhões.

RBRX11 investe em ativos com taxa IPCA + 10,65% e aumenta valor de dividendos

O fundo imobiliário RBRX11 anunciou a elevação do patamar de dividendos, passando de R$ 0,08 para R$ 0,09 por cota, refletindo a maturação das teses de investimentos não mensais. No segundo trimestre de 2025, a média mensal distribuída foi de R$ 0,092 por cota, o que equivale a um dividend yield anualizado de 14,6% sobre o valor de fechamento da cota em 30 de junho.

A estratégia, segundo a gestão, visa aproveitar o cenário macroeconômico para manter um portfólio equilibrado entre risco e retorno. De acordo com dados da RBR Asset, nos últimos 36 meses o RBRX11 acumulou um retorno de 54,3% (patrimônio líquido + dividendos), superando com folga o CDI (+3% a.a.), a média de seus pares (+5% a.a.) e o IFIX (+7% a.a.) no período.

No período, o fundo também destinou R$ 22 milhões para novas alocações no book de CRIs, com taxa média de IPCA + 10,65%, em duas operações de crédito estruturado originadas internamente. Além disso, uma Assembleia Geral Extraordinária vai deliberar sobre a 5ª emissão de cotas, e a integração do portfólio do RBRF11 ao RBRX11. A junção vai posicionar o fundo como o terceiro maior FII multiestratégia da indústria.

IBBP11 eleva dividendos e segue com portfólio 100% adimplente

O fundo imobiliário IBBP11 anunciou um aumento na distribuição de dividendos para agosto, impulsionado pelo maior rendimento do caixa. A cota sênior receberá R$ 0,08 e a ordinária, R$ 0,071, com pagamentos previstos para os dias 14 e 15 deste mês, respectivamente. No mês anterior, o valor pago à cota ordinária foi de R$ 0,06816, o que representa uma elevação de aproximadamente 4,17%.

Em julho, o IBBP11 registrou resultado de R$ 3,05 milhões. O portfólio segue com 100% de ocupação e adimplência, e ao time de gestão da inVista mantém negociações de reajuste contratual com os inquilinos para refletir a valorização dos ativos e ampliar, de forma sustentável, os rendimentos distribuídos.

As obras de expansão também avançam conforme o previsto. O Edifício Messier, com 13,7 mil metros quadrados de ABL e já locado para a Petfive, tem entrega programada até o fim deste mês, quando o primeiro aluguel será pago. Já o Edifício Antares, de 23,8 mil metros e locado para a Solventum, tem conclusão prevista para outubro, quando a receita de locação começará a ser contabilizada.

XPML11 projeta captação equivalente a 7 meses de lucro

O fundo imobiliário XPML11 divulgou seu relatório gerencial de julho e reforçou a necessidade de captar cerca de R$ 347 milhões até o fim de 2025. Este valor é necessário para atender às obrigações referentes a compras parceladas realizadas desde o ano passado e equivale a sete vezes o lucro registrado no mês, de R$ 48,154 milhões. 

A hipótese mais provável para essa captação é a emissão de CRIs atrelados a recebíveis, diante de um cenário de alavancagem em nível aceitável, segundo a XP Asset, gestora do FII. Outras possibilidades são a venda de ativos, dentro de um processo constante de reciclagem de portfólio realizado pela gestão, e a emissão de cotas — menos viável diante do atual cenário de desconto em relação à cota patrimonial.

O relatório mostra uma redução de 17,49% no resultado líquido em relação a junho, de R$ 57,374 milhões. Nesse contexto, o XPML11 distribuiu R$ 52,183 milhões em dividendos, equivalente a R$ 0,92 por cota. Além desse valor, o fundo mantém um resultado acumulado não distribuído de R$ 0,77 por cota. Os indicadores operacionais e financeiros tiveram uma trajetória positiva se comparados a junho de 2024. As vendas por metro quadrado chegaram a R$ 1.611, registrando avanço de 6,0%.

Eventos relevantes para a carteira do FII XPML11 ocorreram em julho, incluindo um pagamento de aproximadamente R$ 2,6 milhões referente ao NOI garantido do portfólio da SYN Prop e Tech. Ainda, houve a conversão do CRI utilizado na aquisição indireta de 10,04% do Shopping Pátio Higienópolis em participação de uma sociedade de propósito específico (SPE), que tem a mesma exposição ao ativo.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado em Jornalismo pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com 25 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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