KNCR11, IRDM11 e mercado de FI-Infra estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (12/2)
KNCR11 divulgou relatório de janeiro, IRDM11 anunciou dividendos e analistas discutem condições dos FI-Infra em momento desafiador.
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![Foto: Fernando Cesarotti](https://files.fiis.com.br/uploads/perfil.jpg)
Os fundos imobiliários KNCR11, IRDM11, a discussão sobre descontos excessivos no preço dos FIIs e uma análise sobre o mercado dos fundos de infra-estrutura (FI-Intra) estão entre os destaques desta quarta-feira (12), dia seguinte a mais um pregão com oscilação e queda do IFIX.
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O índice de FIIs fechou nesta terça-feira (11) em 3.004,30 pontos, apenas 0,28 pontos abaixo do resultado de segunda-feira (10), recuo de 0,01%. Depois de começar o dia em alta, atingindo a máxima de 3.010,79 pontos durante a primeira hora, o índice passou a oscilar para baixo, mas só entrou em patamar negativo às 16h30, atingindo a mínima de 3.003,49 pontos pouco antes do fechamento das negociações.
Com mais um resultado de queda, o quinto em sete pregões realizados no mês, o IFIX agora acumula queda de 0,54% em fevereiro. No ano, a queda acumulada chega a 3,59%.
Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:
FIIs têm segundo maior nível de desconto da história, diz RBR em estudo
Um estudo da RBR Asset indica que os fundos imobiliários componentes do IFIX fecharam o mês de janeiro negociados com um desconto superior a 18% em relação ao seu valor patrimonial. Esse patamar é superior ao observado no pico da pandemia, quando o deságio foi de 16%, e está próximo do nível registrado na crise de 2015, que atingiu 24%.
A análise da RBR mostra que os FIIs de papel estão com um desconto de 12%, enquanto os FIIs de tijolo registram uma desvalorização de 21%. Para efeito de comparação, no auge da desvalorização provocada em 2020, logo após a decretação da pandemia, esses percentuais foram de 14,5% e 17,8%, respectivamente.
Segundo a gestora, o comportamento do mercado pode ser explicado, em parte, pelo perfil dos investidores. “Como cerca de 65% do fluxo de compra e venda de FIIs vem de pessoas físicas, distorções de preço, tanto para cima quanto para baixo, são comuns”, diz o estudo;
Para a RBR, os preços dos FIIs refletem um “overshooting”, isto é, uma reprecificação exagerada dos ativos, desconsiderando a melhora dos fundamentos operacionais. O estudo estima um potencial de valorização entre 20% e 40%, caso os fundos voltem a ser negociados a valores justos.
Mercado de FI-Infra também registra momento desafiador, com preços pressionados
Assim como os FIIs, os fundos de infraestrutura (FI-Infra) enfrentam um momento desafiador, com suas cotas apresentando uma queda significativa na bolsa. Com diversos fundos negociados na bolsa abaixo dos seus valores patrimoniais, os especialistas acreditam que há uma “boa janela de oportunidade” para o segmento.
Com maior pressão vendedora desses ativos na bolsa de valores, é natural o investidor questionar se há algum problema com os FI-Infra. Mas Danilo Carvalho, analista CNPI e especialista em fundos listados, afirma que “não há nada errado com o segmento de infraestrutura.”
De acordo com ele, essa desvalorização se deve muito mais aos fatores macroeconômicos. “A gente tem visto os títulos públicos, indexados à inflação, em patamares super elevados”, comentou o analista.
Mas o investidor não tem muito com o que se preocupar, pois os fundos de infraestrutura, no geral, estão bem. Marianne Moraes, da Inter Asset, acrescenta que o setor de infraestrutura permanece fundamentalmente sólido, mas está passando por uma reprecificação devido à dinâmica dos juros e às expectativas de inflação.
IRDM11 divulga novo pagamento de dividendos, a R$ 0,75 por cota
O fundo imobiliário IRDM11 anunciou um novo pagamento de dividendos aos seus cotistas, no valor de R$ 0,75 por cota. O montante representa uma redução em relação ao valor pago do mês anterior, quando os investidores receberam R$ 0,93 por cota.
Para ter direito ao pagamento, os investidores precisavam possuir cotas do FII IRDM11 até o fechamento do pregão desta terça-feira (11). O crédito dos dividendos está programado para o próximo dia 18.
No acumulado dos últimos 12 meses, os rendimentos do IRDM11 somaram R$ 9,31 por cota. Esse valor resultou em um dividend yield (DY) anual de 14,89%, considerando o preço atual da cota, que está em R$ 62,50. No cenário mensal, o DY do fundo é de 1,2%.
Os novos dividendos do IRDM11 se baseiam nos ganhos de janeiro. O lucro auferido no mês foi de R$ 27,609 milhões, obtido a partir de um faturamento de R$ 30,644 milhões com ativos.
KNCR11 vê lucro saltar 9% e investe R$ 494,8 milhões em 3 operações
O fundo imobiliário KNCR11 apresentou um lucro líquido de R$ 82,4 milhões em janeiro de 2025, conforme novo relatório gerencial. Esse valor representa um crescimento de cerca de 9% em relação ao mês anterior, quando o fundo registrou um resultado de R$ 75,6 milhões.
Com base nesse resultado, a distribuição de dividendos do KNCR11 está agendada para a próxima quinta-feira (13), no valor de R$ 81,9 milhões. Esse montante corresponde a R$ 1,07 por cota, um rendimento que representa 1,05% de rentabilidade isenta de imposto de renda para pessoas físicas, considerando o preço médio de ingresso da cota do KNCR11 de R$ 102,12.
A Kinea, gestora do KNCR11, destacou que a alta da Selic tem impacto direto nos resultados e pode favorecer o desempenho do fundo nos próximos meses, principalmente devido à sua elevada alocação de recursos e novos investimentos realizados recentemente.
A gestão informou ainda que o fundo imobiliário KNCR11 aplicou em janeiro R$ 494,8 milhões em três operações estruturadas pela própria Kinea, e que a carteira do FII continua sem registros de problemas negativos de crédito.