HGRU11, SNFZ11 e TOPP11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (14/2)

HGRU11 divulgou resultados detalhados; SNFZ11 destacou composição da carteira e TOPP11 anunciou dividendos para pagamento no dia 20.

HGRU11, SNFZ11 e TOPP11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (14/2)
Assaí é um dos locatários do HGRU11 - Foto: Divulgação

Os fundos imobiliários HGRU11, TOPP11 e OUJP11 e o Fiagro SNFZ11 estão entre os destaques desta sexta-feira (14), encerramento da segunda semana de fevereiro e dia marcado por forte expectativa positiva para o mercado, um dia depois de mais uma queda do IFIX.

Nesta quinta-feira (13), o índice de FIIs teve sua queda mais acentuada da semana, de 0,24%, e fechou em 2.997,99 pontos, depois de negociar em patamar negativo durante a maior parte do dia. Na semana, o resultado acumulado saltou para uma queda de 0,32%. No mês, o recuo chega a 0,75%; no ano, está em 3,80%.

O IFIX atingiu a máxima de 3.010,85 pontos logo nos primeiros minutos de negociações, mas caiu em seguida e entrou em patamar negativo perto do meio-dia. Depois disso, oscilou apenas negativamente, chegando à mínima de 2.996,58 pontos antes de fechar em resultado um pouco superior.

Para esta sexta-feira (14), décimo dia útil do mês, é esperada uma movimentação positiva devido ao pagamento de dividendos por mais de uma centena de FIIs, em valores anunciados desde o último dia útil de janeiro até a semana passada. O MXRF11, por exemplo, vai distribuir cerca de R$ 39,3 milhões a seus mais de 1,2 milhão de cotistas.

Analistas lembram que muitos desses investidores reinvestem os valores recebidos em novas cotas, a fim de aumentar seu portfólio, e podem inclusive aproveitar os preços descontados dos fundos imobiliários no atual cenário.

Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:

OUJP11 bate rentabilidade do CDI, com retorno mensal de 1,91%

O fundo imobiliário OUJP11 encerrou o mês de janeiro com um retorno total de 1,91%, superando o CDI (+1,01%) e o IMA-B 5 (+1,88%). No acumulado de 12 meses, o fundo registrou um desempenho ainda mais sólido, atingindo 11,42%, enquanto o CDI líquido de impostos rendeu 9,29% e o IMA-B 5 marcou 7,43%. O resultado líquido do período foi de R$ 3,8 milhões.

Na distribuição de rendimentos, o fundo fechou a distribuição de R$ 0,91 por cota, com um saldo de resultado retido de R$ 0,62 por cota. O dividend yield anualizado com o fechamento de cota em janeiro foi de 16,1%, e o pagamento será feito nesta sexta.

Além do desempenho acima dos benchmarks, o fundo manteve uma alocação predominantemente em ativos imobiliários, garantindo estabilidade e previsibilidade na geração de rendimento.

Cerca de 86% da carteira está alocada em CRIs, sendo 65% em operações de lastro corporativo, 26% em aluguéis, 7% em shoppings e 2% em CRIs pulverizados. O saldo restante de 13% foi mantido em caixa, garantindo flexibilidade para novas alocações estratégicas.

SNFZ11 obtém retorno triplo com CRAs do portfólio

O SNFZ11, Fiagro da Suno Asset com foco na valorização patrimonial, fecha ao fim do pregão desta sexta-feira sua listagem de beneficiários dos dividendos, no valor de R$ 0,06 por cota. O pagamento será feito aos investidores no próximo dia 25.

O valor é referente aos resultados de janeiro, que ainda não foram divulgados, e repete a distribuição realizada no mês passado. De acordo com o último relatório gerencial do Fiagro, as receitas do mês de dezembro foram de R$ 387,6 mil, fruto de duas fontes: o arrendamento das terras da Fazenda Coliseu, imóvel em Gaúcha do Norte (MT), e os juros de dois CRAs.

Esses CRAs são ambos emitidos pela Jequitibá Agro, a mesma empresa responsável pelo arrendamento da fazenda. O saldo devedor dos títulos é de cerca de R$ 28 milhões, cerca de 45,63% do patrimônio líquido do SNFZ11, que na última atualização era de R$ 61,5 milhões, ou R$ 9,92 por cota.

A Suno Asset adquiriu esses CRAs durante a estruturação do fundo, justamente para garantir um pagamento recorrente de dividendos. Mas os CRAs também geram benefício de longo prazo para o Fiagro, já que o valor captado pela arrendatária está sendo usado prioritariamente em obras de infraestrutura, especialmente na irrigação,que servirão para aumentar a atual produtividade do imóvel e, consequentemente, seu valor de avaliação. 

Dividendos do TOPP11 são anunciados com retorno mensal de 1,23%

O fundo imobiliário TOPP11 anunciou a distribuição de R$ 0,84 por cota em dividendos referente aos resultados do mês de janeiro. É o mesmo valor do mês anterior. 

O pagamento será realizado no dia 20 de fevereiro, tendo como data de corte o pregão desta quinta-feira (13), com a distribuição dos proventos de acordo com o número de cotas detidas pelos investidores no fechamento das negociações.

Considerando o preço de fechamento da cota nesta terça, em R$ 68,27, os dividendos anunciados representam um dividend yield mensal de 1,23% e um rendimento anualizado de 14,76%.

O TOPP11, que atua no segmento de lajes corporativas com gestão da RBR Asset, distribuiu nos últimos quatro meses um total de R$ 2,38 por cota em dividendos. O fundo foi criado para adquirir dois edifícios, o Platinum e o Metropolitan, que eram de propriedade do HGPO11.

HGRU11 tem aumento de 28,4% no lucro em janeiro, impacto por venda

O fundo imobiliário HGRU11 apresentou uma receita total de R$ 30,1 milhões em janeiro, o que resultou em um lucro de R$ 25,3 milhões, cerca de 28,4% maior que no mês anterior.

Dentre os fatores que influenciaram o resultado do FII HGRU11, estão a venda de um imóvel de varejo em Porto Velho (RO), o recebimento de aluguel variável da Lojas Pernambucanas e a penúltima parcela da renda mínima garantida do empreendimento Dutra 107.

A venda da loja localizada em Porto Velho, parte do portfólio adquirido junto ao SPVJ11, gerou um lucro líquido de R$ 3,5 milhões para o HGRU11, ou R$ 0,15 por cota. A equipe do Patria Investimentos, gestora do fundo, explicou que, apesar de o locatário manter o pagamento dos aluguéis em dia, o imóvel estava desocupado e em estado avançado de deterioração, além de estar localizado em uma região com baixa atratividade para o varejo.

Com cap rate de 5,3% e taxa interna de retorno (TIR) anualizada de 139,5%, a equipe avaliou que a venda foi uma decisão acertada, tanto pelo retorno financeiro obtido quanto pela melhor adequação do portfólio às necessidades do HGRU11.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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