RBVA11, CLIN11 e emissões estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (15/10)

RBVA11 concluiu compra de imóveis educacionais e CLIN11 reportou melhor resultado dos últimos meses, com DY mensal de 1%.

RBVA11, CLIN11 e emissões estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (15/10)
RBVA11 adquire imóveis educacionais do RBED11 - Foto: Divulgação

Os fundos imobiliários RBVA11, CLIN11 e VGRI11 estão entre os destaques do noticiário do mercado de FIIs nesta terça-feira (15), dia seguinte à primeira sequência de duas altas do IFIX desde o fim de agosto.

O índice de FIIs terminou o dia em 3.228,39 pontos, alta de 0,36% em relação ao resultado de sexta-feira (11), num pregão em que operou o tempo todo em patamar positivo, batendo em sua máxima aos 3.230,08 pontos por volta do meio-dia. 

O IFIX não marcava dois dias de alta em seguida desde 29 e 30 de agosto, quando encerrou o segundo melhor fechamento mensal do ano, em 3.393,55 pontos, abaixo apenas de março. Depois disso, acumulou seguidas quedas e perdeu todo o desempenho positivo acumulado do ano.

Mesmo com o resultado desta segunda, o principal índice do mercado de FIIs ainda acumula recuo de 2,35% desde a virada do mês e de 2,51% desde o início do ano. Na comparação com a máxima histórica do IFIX, obtida em 12 de abril, em 3.423,95 pontos, o recuo é de 5,71%.

A movimentação positiva do mercado nesta segunda pode ser creditada ao fato de ter sido o décimo dia útil, marcado pelo pagamento dos dividendos de alguns dos fundos imobiliários mais populares do mercado, como o MXRF11, o HGLG11 e o VISC11, entre outros das mesmas gestoras.

Esse dinheiro, em tese, costuma ser reinvestido em novas aquisições, resultando em movimentações positivas e em valorização do IFIX. Havia o temor de que, diante do atual cenário macroeconômico, com juros em elevação, o capital fosse alocado em opções de renda fixa; mas, mais uma vez, o dia terminou com resultado positivo para a maior parte dos FIIs.

Confira outras notícias sobre os mercado de fundos imobiliários:

VGRI11 apresenta resultados que levaram a rentabilidade de 19,2% no ano

O fundo imobiliário VGRI11 registrou um retorno de 19,2% ao ano no acumulado até setembro, com um dividendo mensal de R$ 0,15 por cota. Desde sua listagem, há pouco mais de 6 meses, o fundo acumulou distribuição de dividendos de R$ 0,87 por cota, equivalente a uma rentabilidade de 19,8% ao ano sobre o valor patrimonial da cota.

O dividend yield está bastante elevado quando comparado aos pares do seu segmento, mas a Valora, gestora do VGRI11, informou que, devido ao fluxo de pagamento da alavancagem, o fundo deve passar a distribuir entre R$ 0,10 a R$ 0,14 por mês.

Apesar de apresentar vacâncias físicas e financeiras de 6,2% e 6,1% respectivamente, a gestão do fundo tem trabalhado ativamente para mitigar esses índices, diz o relatório gerencial do VGRI11.

Recentemente, a rescisão contratual com a Mattel, locatária de uma área substancial no Edifício Transatlântico, foi compensada pela assinatura de um novo contrato com a Conviva Serviços de Saúde, demonstrando a agilidade do fundo em manter sua taxa de ocupação.

A partir deste mês de outubro, o fundo VGRI11 passa a ser acessível a todos os investidores na Bolsa, depois de um período inicial restrito apenas a investidores qualificados.

CLIN11 tem melhor resultado dos últimos 3 meses e DY mensal de 1%

O fundo imobiliário CLIN11 anunciou seu melhor desempenho dos últimos 3 meses, com resultado líquido de R$ 4,3 milhões. Os dividendos foram de R$ 0,95 por cota, anotando um dividend yield mensal de 1%. Anualizado, esse valor representa 12,68%.

O fundo gerido pela Clave Capital também teve um aumento no seu percentual de caixa, por meio das amortizações ordinárias e extraordinárias relacionadas aos CRIs de sua carteira. Segundo a gestora, isso reflete a boa performance das operações de cessão de carteira de recebíveis.

A gestora comentou que a venda de três imóveis atrelados ao CRI aMora geraram amortização equivalente a 15,47% do saldo devedor. A quitação antecipada do CRI Mozak pagou um prêmio de 2,9% do saldo devedor, trazendo um ganho adicional de R$ 0,036 por cota.

O FII também fez operações de compra, com o investimento de R$ 7 milhões de uma nova operação da MRV Flex. A preferência da gestora continua sendo o setor residencial, com 52% das operações do portfólio. 

Na visão da Clave, “os incentivos do governo ao setor de habitação e a expectativa positiva para redução do déficit habitacional nos próximos anos fazem desse segmento como defensivo no atual cenário econômico mais incerto”.

RBVA11 conclui aquisição de imóveis educacionais do RBED11

O fundo imobiliário RBVA11 assinou os instrumentos definitivos para conclusão da compra de sete imóveis educacionais do RBED11, pelo valor total de R$ 367,6 milhões.

Segundo a Rio Bravo, gestora dos dois fundos, a aquisição dos imóveis consolida a estratégia de portfólio de varejo do RBVA11, gerando maior diversificação de carteira, e elevando a posição a outros setores, além da entrada em mais segmentos e novas praças de atuação.

Além disso, a compra dos imóveis trará “resiliência de renda”, diante da elevação da receita recorrente, aumento da participação de contratos atípicos e diminuição na vacância física. A transação tem um cap rate estimado de 12% ao ano, o que deve aumentar a média do fundo.

Já o RBED11, voltado para imóveis educacionais, deve agora convocar uma nova AGE para discutir com os cotistas sua liquidação. A gestora considera que a tese de investimentos em imóveis específicos de um setor se esgotou, e que o mercado hoje exige um posicionamento mais diversificado e que entrega maior liquidez, caso do RBVA11.

FIIs anunciam emissões em busca de captações milionárias

Dois dos principais FIIs de papel do mercado estão em busca de ampliação do patrimônio líquido por meio de novas ofertas públicas de emissões de cotas.

O VGIR11, da Valora, iniciou sua 9ª emissão, que tem a intenção de captar até R$ 400 milhões, com o preço unitário de R$ 9,88 por cota, sendo R$ 9,64 como valor patrimonial e R$ 0,24 como taxa de subscrição. No caso de demanda por um lote adicional, a captação máxima pode ser ampliada em 25%, para R$ 500 milhões. Já o montante mínimo de captação para a validação da oferta é de 10%, ou R$ 40 milhões.

No caso do KNCR11, da Kinea, a intenção é mais ousada: captar R$ 1,995 bilhão inicialmente, a partir da subscrição de cotas pelo preço unitário de R$ 103,52, sendo R$ 101,49 como valor patrimonial e mais 2% de custos de distribuição primária. No caso de demanda por lote adicional de 25%, a captação pode chegar a R$ 2,494 bilhões.

Os dois FIIs definem nesta semana quem terá os direitos de preferência, ambos a partir do fechamento do pregão de quarta-feira (16), e iniciam a fase de subscrição para esses investidores já na sexta-feira (18).

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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