KNCR11, CPTS11 e VGIA11 estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (24/9)

KNCR11 anunciou oferta que pode captar mais de R$ 3 bilhões; CPTS11 e VGIA11 divulgaram relatórios gerenciais detalhados.

KNCR11, CPTS11 e VGIA11 estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (24/9)
KNCR11 pode captar mais de R$ 3 bilhões - Foto: iStock

Os fundos imobiliários KNCR11, CPTS11, VGIA11 e VINO11 são os destaques desta quarta-feira (24), dia em que o IFIX tenta manter a sequência positiva, após reverter parte da perda sofrida na segunda-feira (22).

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O IFIX fechou nesta terça-feira (23) em 3.563,34 pontos, alta de 0,14% em relação à véspera, mas abaixo da máxima histórica registrada na sexta-feira (19). O dia foi de operação positiva durante praticamente toda a sessão do mercado de FIIs, com valorização constante ao longo do dia, e a cotação máxima obtida nos minutos finais.

Embora com menor intensidade do que o Ibovespa, que bateu tanto os recordes intradia quanto de fechamento, o mercado de FIIs reagiu de forma relativamente tranquila à ata da reunião do Copom, que reafirmou a intenção de manter a Selic elevada por um tempo prolongado. O texto apontou que a inflação de serviços segue resiliente, sustentada pelo mercado de trabalho aquecido.

O mercado de renda variável, contudo, subiu com maior ênfase ao longo da tarde, após os sinais de uma possível distensão nas relações entre Brasil e Estados Unidos, após os discursos dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA). 

As falas deixaram em analistas e investidores a impressão de que pode haver uma nova rodada de negociações sobre a questão das tarifas de importação impostas pelo governo norte-americano aos produtos brasileiros.

Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:

CPTS11 amplia lucro e atualiza projeções para os próximos dividendos

O fundo imobiliário CPTS11 apresentou em agosto um lucro líquido de R$ 27,782 milhões, leve aumento em relação aos R$ 27,719 milhões contabilizados em julho. Este foi o melhor resultado registrado pelo fundo nos últimos três meses. O desempenho ocorreu devido à receita total de R$ 39,877 milhões, enquanto as despesas ficaram em R$ 12,095 milhões.

Os dividendos do CPTS11 foram de R$ 0,085 por cota, o que levou o fundo a distribuir R$ 27,927 milhões. Houve um pequeno acúmulo de R$ 0,001 por cota em relação ao mês anterior. 

A Capitania, gestora do fundo, apresentou três cenários de projeção de dividendos para os próximos períodos. No cenário mais otimista, o pagamento do CPTS11 poderia chegar a R$ 0,10 por cota, o que representaria um dividend yield anualizado de 17,35%. Num cenário intermediário, a previsão é de R$ 0,09 por cota, correspondendo a um DY de 15,50%. Finalmente, na hipótese mais conservadora, a expectativa é de até R$ 0,08 por cota, com um retorno de 13,67% ao ano.

VGIA11 registra lucro de quase R$ 11 milhões e mantém estratégia de CRAs

O Fiagro VGIA11 encerrou agosto de 2025 com um lucro de quase R$ 11 milhões. O resultado foi impulsionado por uma receita de R$ 12,8 milhões, enquanto as despesas totalizaram R$ 1,1 milhão em valores recorrentes, além de R$ 709,62 mil em gastos não recorrentes.

Com base nesse resultado, os dividendos do VGIA11 foram de R$ 0,13 por cota, com distribuição no último dia 17. O retorno desses dividendos foi equivalente a CDI + 2,1% ao ano sobre a cota patrimonial de julho. Na comparação com o preço médio de negociação das cotas em agosto, esse retorno atingiu CDI + 3,3% ao ano, demonstrando a competitividade do rendimento.

Durante o mês, o VGIA11 realizou movimentos estratégicos na sua carteira de CRAs. O fundo adquiriu R$ 8,5 milhões do CRA GT Foods, que oferece remuneração de CDI + 3,3% ao ano. Nesse mesmo período, segundo a Valora, o fundo vendeu R$ 27,2 milhões do CRA Fiagril, além de outras negociações que somaram mais de R$ 50 milhões.

VINO11 vende imóvel na Grande SP por R$ 40 milhões e reduz custos financeiros

O fundo imobiliário VINO11 anunciou a venda de um imóvel corporativo localizado em Alphaville, na região metropolitana de São Paulo. O ativo, que está ocupado pela C&A Modas desde 2006, foi negociado por R$ 40 milhões, o que equivale a aproximadamente R$ 5.063 por metro quadrado de área bruta locável (ABL).

A operação foi concluída com pagamento à vista ao fundo, e o comprador assumiu a responsabilidade de quitar as seis próximas parcelas de um acordo firmado em 2024, no valor total de R$ 750 mil. A venda gerará um impacto negativo de R$ 0,152 por cota na receita, valor que será compensado pelo resultado acumulado não distribuído do fundo. Assim, essa operação não altera as projeções de dividendos do VINO11 até o fim de 2025. 

Com os recursos provenientes da venda, o time da Vinci Compass, gestora do VINO11, resolveu antecipar a recompra de títulos de dívida vinculados ao Certificado de Recebível Imobiliário (CRI), emitido pela Opea Securitizadora S.A. na sua 81ª emissão. Esses títulos totalizavam R$ 34,6 milhões, tinham vencimento originalmente previsto para dezembro de 2030 e pagavam juros equivalentes ao CDI mais 3,5% ao ano — uma das obrigações financeiras mais onerosas do portfólio.

KNCR11 anuncia 12ª emissão de cotas; captação pode superar R$ 3 bilhões

O fundo imobiliário KNCR11 anunciou a realização de sua 12ª emissão de cotas, prevista para captar até R$ 2,49 bilhões em valor inicial. Destinada a investidores em geral, a oferta pretende distribuir 24.555.544 novas cotas, ao preço de R$ 101,71, sem incluir a taxa de distribuição de 1,80%. Com esse acréscimo, o custo total de subscrição por cota chega a R$ 103,54. 

Há ainda a possibilidade de emissão de cotas adicionais, que podem elevar o volume da oferta do KNCR11 em até 25%. Caso essa opção seja exercida, o montante adicional poderá alcançar aproximadamente R$ 624,4 milhões. Assim, o valor máximo da emissão pode chegar a cerca de R$ 3,12 bilhões.

Caso a oferta seja bem-sucedida, o KNCR11, que já é o maior fundo imobiliário do mercado brasileiro, pode se tornar o primeiro a superar os R$ 10 bilhões em patrimônio líquido. Hoje, esse valor está em R$ 7,782 bilhões, de acordo com o último relatório gerencial.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado em Jornalismo pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com 25 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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