GGRC11, RBVA11 e SNID11 são destaques do Bom Dia FIIs (27/8)

GGRC11 anunciou venda de imóvel que deve ampliar guidance de dividendos para os próximos meses; RBVA11 vai se fundir ao RBED11.

GGRC11, RBVA11 e SNID11 são destaques do Bom Dia FIIs (27/8)
Mercado de FIIs tenta se entender com a inflação

Os fundos imobiliários GGRC11, RBVA11 e RRCI11 e o FI-Infra SNID11 estão entre os destaques do mercado nesta terça-feira (27), na sequência de um dia de oscilações no mercado de fundos imobiliários.

O IFIX fechou em 3.386,89 pontos, recuo de 0,05% em relação ao resultado da última sexta-feira (23), de 3.388,44 pontos, depois de intercalar períodos de oscilação positiva e negativa ao longo do pregão, entre a mínima de 3.386,23 pontos e a máxima de 3.391,01 pontos.

Com esse resultado, o índice de FIIs abre a última semana de agosto com alta acumulada de 0,66% no mês. A variação total do ano também é positiva, em 2,28%. Em relação à máxima histórica, de 3.423,95 pontos, obtida em 12 de abril deste ano, o índice está 1,08% abaixo.

Analistas apontam que parte da volatilidade do mercado de FIIs se deve ao temor de alta na inflação, tanto deste ano quanto para 2025, de acordo com dados do relatório Focus divulgado toda semana pelo Banco Central. 

Nesta segunda-feira (26), a projeção média do IPCA para o fim de 2024 era de 4,25%, ante 4,22% na semana passada, enquanto o índice para 2025 estava em 3,93%, contra 3,91% na semana anterior. 

Essa estimativa aponta maior lentidão na queda dos juros, e alguns analistas já cogitam a possibilidade de alta da Selic na próxima reunião do Copom, em meados de setembro, ainda que o Focus siga apontando o valor atual, de 10,5%,como a estimativa de consenso para o fim deste ano.

Com a pressão sobre o IPCA, os fundos imobiliários (FIIs) de papel com ativos indexados ao índice oficial de inflação do país se tornam opções interessantes, com boa possibilidade de crescimento nas receitas. Os fundos VGIP11 e VRTA11 estão entre os principais investidores nesses títulos.

Confira as principais notícias do mercado:

RBVA11 e RBED11 têm fusão aprovada por cotistas

Os cotistas dos fundos imobiliários Rio Bravo Renda Varejo (RBVA11) e Rio Bravo Renda Educacional (RBED11) aprovaram nas respectivas assembleias gerais extraordinários (AGEs) a fusão 

entre os dois fundos.

A proposta da Rio Bravo, administradora e gestora dos dois FIIs, prevê inicialmente a aquisição, pelo RBVA11, de todos os ativos de propriedade do RBED11, que foi constituído para se especializar no setor educacional, pelo valor de R$ 367,65 milhões, equivalente ao atual valor patrimonial do FII.

Esse valor será pago em cotas do RBVA11, a partir de uma nova emissão que deve ser convocada em breve e integralizada pela gestora. Posteriormente, o RBED11 será liquidado e seus cotistas receberão papéis do RBVA11, que se tornará um FII com patrimônio líquido de R$ 2 bilhões alocado em 77 diferentes ativos.

Uma das vantagens da transação, segundo a empresa, é o fortalecimento do RBVA11, um fundo de renda urbana que ganhará em diversificação, com exposição a 11 setores, nenhum deles com concentração acima de 35%, e sem que nenhum inquilino represente mais de 20% dos investimentos.

RRCI11 investe R$ 3,857 milhões em CRIs e paga dividendos de 13,06% ao ano

O fundo imobiliário RRCI11 divulgou seu novo relatório gerencial, reportando um resultado de caixa total de R$ 367,5 mil, o suficiente para a distribuição de dividendos no valor de R$ 0,85 por cota, um dividend yield (DY) de 13,06% anualizado sobre a cotação de mercado.

O FII conta com um resultado realizado e ainda não distribuído de R$ 0,36 por cota. De acordo com a gestão, a estratégia “persegue o caminho de renovar os investimentos do fundo, com o objetivo de aumentar a diferença média entre os retornos financeiros, de forma a manter uma relação equilibrada e sustentável entre risco e retorno em seu portfólio”.

Além disso, o fundo continua analisando novas operações para investimentos desse dinheiro, seja por meio de emissões primárias ou secundárias. Em julho, as alocações realizadas em três diferentes CRIs somaram R$ 3,857 milhões.

SNID11 registra volume de negociação recorde em julho

O FI-Infra SNID11 registrou volume recorde de negociações no mês de julho, com R$ 12,6 milhões em negociações, uma média diária de R$ 547 mil. Outro ponto de destaque foi a evolução de cotistas que saltou de 6.488 para 6.707 durante o mês.

No mês, o fundo gerou de carrego o equivalente a 112,2% do CDI. “Para os próximos meses esperamos manter a rentabilidade relativa nesses patamares. Com esse aumento o fundo passa a render 132,0% do CDI ou CDI+3,5%, quando considerado o gross-up, de forma líquida para o cotista”, afirmou a Suno Asset, gestora do fundo, em relatório.

Durante o mês, o SNID11 realizou a venda da totalidade da posição de VIXL25, cerca de R$ 2,0 milhões. Com a venda, o fundo passa a ter 36 debêntures de 30 emissores, uma debênture e emissor a menos que o mês anterior. “Apesar de ainda entendermos que a Vix é um emissor de nível de risco baixo e com uma estrutura de crédito equilibrada, optamos por realizar a venda do ativo devido ao fato de entendermos que a debênture negociava com um prêmio inferior”, explicou a gestora em relatório.

GGRC11 anuncia venda de ativo de propriedade indireta

O fundo imobiliário GGRC11 divulgou a venda de um imóvel de propriedade do fundo Triple A, do qual detém 35,62% das cotas. Com essa transação, a expectativa é que o FII produza um rendimento extraordinário mensal de cerca de R$ 0,01 por cota a partir de setembro até dezembro de 2024.

Com a venda, o guidance básico do GGRC11, fundo gerido pela Zagros, deverá aumentar de R$ 0,091 para R$ 0,10 por cota mensal. O próximo anúncio de dividendos deve ocorrer na segunda-feira que vem, dia 2 de setembro, primeiro dia útil do mês.

A operação envolve a venda de um imóvel localizado em São Bernardo do Campo (SP), atualmente locado para as empresas Mercado Livre e Toyota Empilhadeiras. O preço acertado para a venda foi de R$ 130 milhões de reais, recebido à vista. Parte do valor será usado para amortização de CRIs devidos pelo Triple A e o restante será distribuído como lucro aos cotista.

O valor de venda apresenta um cap rate estimado de 7%. O Triple A faz parte do portfólio do GGRC11 desde junho, quando o fundo adquiriu parte do ativo em uma operação que envolveu o FII BLMG11.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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