KNCR11, TRXF11, ZAGH11 e SNAG11 estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (29/10)
Os fundos imobiliários KNCR11, TRXF11 e ZAGH11 e o Fiagro SNAG11 estão entre os destaques desta quarta-feira (29), dia em que o mercado opera de olho na decisão do Fed, o banco central dos Estados Unidos, sobre as taxas básicas de juros do país.
Nesta terça-feira (28), o IFIX registrou sua terceira alta consecutiva, desta vez de 0,04%, ao fechar em 3.584,47 pontos. É o quarto maior resultado da série histórica, e a primeira vez desde o começo de outubro que o índice sobe em três sessões seguidas, num mês marcado por muita volatilidade no mercado.
Os mercados operaram em compasso de espera diante das expectativas de queda dos juros nos EUA, com o encerramento da penúltima reunião do Fed no ano. O economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung, mantém a projeção de nova queda de 0,25 ponto percentual, com a taxa básica ficando no intervalo entre 3,75% e 4% ao ano, mesmo com os dados de inflação acumulados em 3% ao ano, acima da meta de 2%.
“O desvio em relação à meta é grande, mas os últimos dados mostram que o impacto das tarifas de importação não foi tão grande como se imaginava e o mercado de trabalho está bem fraco. Isso tudo abre espaço para que o Fed reduza novamente os juros”, explica. Segundo ele, é uma notícia boa para mercados emergentes como o do Brasil. “Se os juros norte-americanos caem, o dólar enfraquece e os mercados emergentes se mostram mais atrativos.”
Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:
SNAG11 supera cotação máxima puxado por valorização da soja no mercado global
O SNAG11, Fiagro da Suno Asset com foco no financiamento do agronegócio, registrou sua máxima histórica ajustada por dividendos na manhã desta terça-feira (28). Entre outros fatores, o resultado é puxado pela valorização da soja no mercado global.
A commodity chegou a ser negociada próxima de US$ 1.100 a tonelada nesta terça, máxima dos últimos 12 meses, na bolsa de futuros de Chicago, em meio à possível retomada de compras da soja norte-americana pela China. Em setembro, o gigante asiático não fez aquisições da semente nos EUA, em meio às discussões comerciais entre os dois países, optando por compras de Brasil e Argentina.
O aumento se segue também à divulgação do relatório gerencial do SNAG11, que registrou em setembro receitas de R$ 8,193 milhões, enquanto as despesas ficaram em R$ 488,77 mil. No mês passado, o fundo distribuiu R$ 7,288 milhões em dividendos, correspondentes a R$ 0,12 por cota, o que representa um dividend yield (DY) de 16,18% ao ano.
TRXF11 avança em oferta de cotas e abre etapa de sobras e montante adicional
O fundo imobiliário TRXF11 iniciou mais uma fase em sua 12ª oferta de cotas. Os investidores que já exerceram seus direitos de preferência agora podem participar da subscrição de sobras e montante adicional, aberta nesta terça-feira (28) e com prazo até sexta-feira (31), na B3.
Para a subscrição de sobras será observado o fator de proporção para subscrição de novas cotas de 20,32794748719. Em caso de excesso de demanda, as novas cotas destinadas ao montante adicional serão rateadas proporcionalmente entre os investidores que manifestaram interesse.
Até o momento foram subscritas e integralizadas 936.211 novas cotas, o equivalente a R$ 93,9 milhões, considerando o preço de subscrição. A emissão — destinada a investidores profissionais — tem valor inicial de R$ 2 bilhões, podendo alcançar R$ 3 bilhões com lote adicional. Cada nova cota está sendo ofertada por R$ 100,33, incluindo a taxa de distribuição.
ZAGH11 supera IFIX e IPCA na rentabilidade acumulada desde a listagem
O fundo imobiliário ZAGH11 registrou em setembro uma distribuição de R$ 0,06 por cota, o que representa um dividend yield mensal de 0,59% — equivalente a 7,10% ao ano, considerando a cotação de R$ 10,14 em 13 de outubro.
O resultado de caixa do mês foi de R$ 525,3 mil, e, desde o início de suas operações, o ZAGH11 acumula rentabilidade total de 24,15%, superando o IFIX, que avançou 19,44% no mesmo período. Em termos relativos, o fundo já entregou 81,8% do CDI líquido e 170,8% do IPCA.
Durante o mês, o fundo manteve o foco no avanço dos projetos de desenvolvimento de seu portfólio. Houve o desembolso de cerca de R$ 700 mil na SPE Colégio Ética, destinado majoritariamente à amortização e juros do CRI vinculado ao empreendimento, além de aporte adicional de R$ 700 mil na SPE Groenlândia 910, para sustentar a evolução das obras conforme o cronograma previsto.
KNCR11 informa captação acima de R$ 800 milhões em 12ª oferta de cotas
O fundo imobiliário KNCR11 informou ao mercado o resultado final de alocação da 1ª série de cotas referentes à sua 12ª oferta. Até agora, foram adquiridas 8.092.297 novas cotas, o que representa um volume total de R$ 837.876.431,38.
A gestão do KNCR11 destacou ainda que, com a conclusão dessa primeira etapa, será aberta a subscrição da 2ª série, que poderá disponibilizar até 11.153.903 novas cotas, além das cotas adicionais previstas no prospecto. O valor inicial da oferta, de acordo com a Kinea, gestora do FII, é de R$ 2,49 bilhões, com a distribuição de 24,5 milhões de novas cotas. Caso haja interesse por cotas adicionais, o que pode elevar o volume da oferta em até 25%, a emissão pode superar R$ 3,1 bilhões.
Antes da oferta, o KNCR11 já era o maior fundo imobiliário do mercado brasileiro em patrimônio líquido, com cerca de R$ 7,8 bilhões, de acordo com o último relatório gerencial., Dependendo do resultado da captação na 2ª série, ele pode se tornar o primeiro FII a superar os R$ 10 bilhões em patrimônio.
