CPTS11 anuncia maior lucro em 14 meses e dividendos rendem 114% do CDI; veja valores
O fundo imobiliário CPTS11 encerrou o mês de setembro com um resultado de R$ 30,509 milhões, frente aos R$ 27,782 milhões do mês anterior. Esse é o melhor resultado do fundo nos últimos 14 meses.

A receita total do CPTS11 no período foi de R$ 44,761 milhões, enquanto as despesas somaram R$ 14,252 milhões. Com isso, o fundo distribuiu R$ 29,57 milhões em dividendos, equivalentes a R$ 0,09 por cota, e encerrou o mês com R$ 0,003 por cota de resultado acumulado.
Em setembro, o fundo imobiliário CPTS11 mantinha 16 Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que representam 31,7% do portfólio. Toda a carteira de crédito é indexada ao IPCA, com taxa média de IPCA + 8,34% e sem exposição ao CDI.
A carteira de FIIs, composta por 91 fundos, corresponde a 63,2% dos ativos do CPTS11. Desses, 82,2% são fundos de tijolo e 17,8% fundos de papel.
Movimentações recentes da carteira do CPTS11
Entre os destaques do período estão as movimentações do CPSH11, fundo de shopping centers também administrado pela Capitânia.
Cabe lembrar que o FII CPTS11 detém 9,7% das cotas do CPSH11, e a expectativa é que as movimentações do fundo de shoppings gerem cerca de R$ 20 milhões de impacto positivo nos resultados do CPTS11 nos próximos dois anos.
Durante o mês, o CPSH11 concluiu a venda de diversos ativos em outubro, incluindo Rio Design Leblon, Catarina Fashion Outlet, Shopping Cidade Jardim, Complexo Tatuapé, Iguatemi Praia de Belas e parte do Iguatemi Fortaleza.
Essas vendas proporcionaram uma TIR de 22,52% ao ano, superando amplamente os índices de referência como IFIX (6,21% a.a.), IMA-B (5,24% a.a.) e CDI (13,45% a.a.), resultando em R$ 53,5 milhões, cerca de R$ 0,67 por cota, a serem distribuídos ao longo dos próximos 24 meses.
Além das vendas, o CPSH11 também adquiriu 4,81% do Internacional Shopping Guarulhos, operação que apresenta Cap Rate estimado de 8,20%. Considerando as vendas já realizadas e o lucro projetado, estima-se uma distribuição de R$ 0,11 por cota ao longo de aproximadamente dois anos, ante os R$ 0,10 por cota atuais.
Após o recebimento de todas as parcelas e a liquidação das transações, a gestão projeta liquidez de R$ 587,4 milhões e endividamento líquido negativo de R$ 443,9 milhões.
Outro ponto de destaque no mês foi o avanço das operações do CPUR11, fundo de renda urbana da gestora, que formalizou a compra de cinco imóveis. Quatro deles estão locados às Lojas Marisa e um alugado à C&A.
Conforme destacou o CPTS11 em seu relatório, o valor total das aquisições foi de R$ 141,4 milhões, e o impacto na receita contratada será informado após a conclusão das transações.