VGIP11: fundo imobiliário explica por que aumentou dividendos em mais de 50%
O fundo imobiliário VGIP11 aumentou seus dividendos em 56% e a gestão do FII explicou os motivos disso em seu relatório. Confira as razões.
Em abril de 2025, o fundo imobiliário VGIP11 apresentou um resultado mensal que chegou a R$ 13,42 milhões. Esse valor representa um avanço frente ao lucro obtido no mês anterior, que havia sido de R$ 8,383 milhões.
Esse crescimento no lucro foi impulsionado por receitas mensais de aproximadamente R$ 14,647 milhões, enquanto as despesas somaram cerca de R$ 1,226 milhão. O VGIP11 distribuiu mais de R$ 13,319 milhões em dividendos no mês, o que equivale a R$ 1,13 por cota, um aumento de 56% em comparação ao pagamento anterior.
A gestão explica que a política de distribuição de dividendos do VGIP11 segue o regime de caixa, o que significa que os rendimentos são pagos conforme o ingresso efetivo dos recursos.
Em gestões anteriores, a estratégia incluía a rotação dos CRIs da carteira como forma de viabilizar a antecipação de repasses atrelados ao IPCA. Porém, a recente valorização das NTN-Bs e a consequente queda no “mark-to-market” dos CRIs indexados à inflação reduziram a viabilidade dessas operações.
Atualmente, o fundo acumula um montante de R$ 1,43 por cota em ganhos vinculados ao IPCA ainda não distribuídos, aguardando conversão em caixa.
Esse acúmulo tem impacto direto na percepção da rentabilidade real do FII VGIP11. Nos últimos seis meses, a rentabilidade efetivamente paga correspondeu a IPCA + 5,2% ao ano.
Apesar disso, se o fundo operasse sob regime de competência, ou se tivesse conseguido girar os CRIs como anteriormente, os dividendos poderiam ter sido R$ 1,43 por cota mais elevados, resultando em uma rentabilidade de IPCA + 8,5% ao ano, em linha com o yield médio atual da carteira, que é de IPCA + 10,8% ao ano.
A nova distribuição de rendimentos do VGIP11 proporcionou uma rentabilidade líquida anualizada de 17,58%, considerando o valor patrimonial da cota em março de 2025. No acumulado dos últimos 12 meses, os cotistas receberam R$ 10,29 por cota, o que equivale a uma rentabilidade de IPCA + 6,8% ao ano.
Movimentações na carteira do VGIP11
Durante abril, o fundo realizou a aquisição de R$ 54,4 milhões em novos CRIs, divididos em três operações. O destaque foi para o ingresso do CRI Realiza, adquirido por R$ 40 milhões e que oferece retorno de IPCA + 10,5% ao ano.
As demais aquisições consistiram em reforços de posições já existentes, com R$ 12,6 milhões investidos no CRI Mabu 204S e R$ 1,8 milhão no CRI VFDL.
No mesmo período, ocorreram amortizações, tanto ordinárias quanto extraordinárias, totalizando R$ 12,5 milhões. Entre elas, merece destaque a amortização integral do CRI Square Bertioga, no valor de R$ 7,2 milhões.
Já no início de maio, o fundo imobiliário VGIP11 realizou mais um aporte em um CRI que já fazia parte da carteira, no montante de R$ 2,1 milhões, dando continuidade à estratégia de fortalecimento da alocação em ativos de crédito estruturado com boa rentabilidade real.
