Fundo imobiliário paga dividendos mais baixos desde 2020: o que aconteceu?

Fundo imobiliário URPR11 distribuiu R$ 5,317 milhões aos seus cotistas em maio, ou R$ 0,45 por cota, menor valor desde abril de 2020.

Fundo imobiliário paga dividendos mais baixos desde 2020: o que aconteceu?
Foto: Freepik

O fundo imobiliário URPR11 distribuiu R$ 5,317 milhões aos seus cotistas em maio, valor que representa R$ 0,45 por cota. Este foi o menor valor de distribuição mensal desde abril de 2020, quando o fundo pagou aproximadamente R$ 0,1895 por cota. Essa distribuição total foi efetuada inteiramente em dividendos, conforme a gestão do fundo.

A remuneração de R$ 0,45 equivale a um dividend yield mensal de 0,45% na comparação com o valor patrimonial por cota, atualizada para R$ 100,45 com data-base de 31 de maio. Esse resultado corresponde a uma taxa anualizada de aproximadamente 5,37%. Já na comparação com o valor de mercado do FIIs, os rendimentos ficam em 0,92%, na conta mensal, e 11,57%, no cálculo anualizado.

Segundo a gestão do URPR11, considerando a atual alocação de sua carteira e excluindo despesas não recorrentes, o valor mínimo esperado por cota em dividendos é de R$ 1,05, além da valorização dos indexadores de cada operação. Caso o fundo mantenha todo o seu capital disponível — incluindo o caixa atual —, essa estimativa de distribuição mínima permanece válida, considerando ainda as variações dos indexadores e os gastos extraordinários.

O portfólio do URPR11 é corrigido monetariamente com base em três indicadores de inflação: IPCA, CDI e IGPM. A proporção de correção referente a cada índice é de 3,0%, 73,9% e 23,1%, respectivamente. Em maio, a correção monetária ponderada foi de 0,53%, exclusivamente atribuída ao IPCA, pois o IGP-M não apresentou variação significativa. É importante notar que a correção monetária não garante aumento líquido de caixa, devido a amortizações e fluxos de recebimento.

Se todo o patrimônio estivesse alocado, a correção monetária estimada para o mês teria sido de 0,62%, igualmente relacionada ao IPCA. Essas variações são relevantes para compreender o impacto da inflação na valorização do patrimônio do fundo.

Fundo imobiliário URPR11: atualizações na carteira e movimentações

O fundo também realizou importantes movimentos relacionados à sua carteira de ativos. Em maio, marcou-se o início dos desligamentos do empreendimento Maravista, processo que se estendeu até início de junho. Além das receitas provenientes dessas obras, o fundo recebeu um caixa livre de R$ 1 milhão, transferido para reforçar o andamento dos projetos.

No projeto Barbosa, o orçamento de obras foi finalizado, estimando-se um custo total de R$ 24,9 milhões, ou R$ 22 milhões caso a conclusão seja até a emissão do habite-se. Já o empreendimento Bosque das Cerejeiras, da construtora D’Paula, avançou na elaboração do relatório final de orçamento, possibilitando a decisão sobre a retomada das obras.

A operação Nilo está programada para retomar as obras em julho de 2025, com uma previsão de conclusão em aproximadamente 120 dias. Em Nova Sousa, o orçamento das etapas restantes foi concluído e o fundo imobiliário URPR11 busca uma construtora para executar as obras, que devem durar cerca de três meses após a retomada. Em Paulo Afonso, as obras continuam dentro do cronograma esperado e estão planejadas para serem finalizadas até outubro de 2025.

 

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado em Jornalismo pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com 25 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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