GGRC11 aprova desdobramento de cotas 1:10; entenda o que muda

GGRC11 tenta ampliar a liquidez de suas cotas no mercado secundário com a medida que modifica a divisão do fundo.

GGRC11 aprova desdobramento de cotas 1:10; entenda o que muda
GGRC11 constrói prédios sob medida - Foto: iStock

O fundo imobiliário GGR Covepi Renda (GGRC11) aprovou o desdobramento de cotas, na proporção 1:10, sem mudança no valor patrimonial, após aprovação da proposta pelos cotistas durante assembleia geral extraordinária (AGE) realizada de forma virtual e encerrada nesta segunda-feira (26).

A gestão do fundo imobiliário GGRC11 havia proposto a medida a fim de “possibilitar maior liquidez das cotas do fundo”. Com a aprovação, o fundo passará a ser dividido em 90.311.910 cotas, e cada cotista posicionado ao fim do pregão do dia 5 de março receberá outras nove unidades para manter sua participação proporcional. Essas novas cotas serão creditadas até 11 de março, e poderão ser negociadas a partir desta data.

O valor patrimonial por cota (VPC) também será dividido por 10, assim como o valor de mercado. Nesta terça-feira (27), o fundo fechou negociado a R$ 113,54. Com o desdobramento, o preço de mercado cairia para R$ 11,35 por cota. Já o VPC, informado em R$ 112,99 no último dia 16, ficaria em R$ 11,29.

No caso dos dividendos, o valor a ser distribuído por cota também tende a ser dividido por 10. Em fevereiro, o FII GGRC11 pagou R$ 0,90 por cota; nos próximos meses, se o guidance for mantido, o valor deve ficar em torno de R$ 0,09 por cota.

Com o desdobramento, o fundo imobiliário segue a tendência puxada por outros fundos de se aproximar da chamada “base 10”, ou seja, fundos em que o preço unitário fica em torno de R$ 10. Os fundos mais negociados na B3, em volume de cotas, estão nessa faixa de preço, como o MXRF11, que negocia em média 1,2 milhão de cotas diárias. 

GGRC11: saiba mais sobre o fundo

O fundo imobiliário GGRC11 é um fundo de tijolo que atua sob gestão da Zagros Capital no segmento de renda urbana. O foco é a busca por contratos atípicos, nas modalidade built to suit, em que o FII faz a construção sob medida das necessidades do locatário; sale and leaseback, em que o fundo adquire um imóvel e faz a locação para o antigo proprietário; e retrofit, em que realiza reformas estéticas e estruturais para maximizar o valor do imóvel.

Com valor patrimonial de R$ 1,028 bilhão, o GGRC11 detém hoje a propriedade de 18 ativos imobiliários, entre galpões logísticos e instalações industriais, com 100% de contratos de locação atípicos e mais de 385 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL).

No último dia 16, o GGRC11 assinou uma proposta vinculante que prevê aquisição de um terreno em Cabreúva, no interior de São Paulo, e a construção de um galpão logístico na modalidade built to suit, com a assinatura de um contrato atípico de locação com uma empresa do setor farmacêutico e veterinário. O valor da compra foi estimado em R$ 41,5 milhões.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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