IFIX mantém tendência de queda e tem menor valor de fechamento em quatro meses
IFIX manteve tendência de desvalorização e já acumula 1,40% de queda em junho. no ano, resultado do índice de FIIs ainda é positivo.
O IFIX teve mais um dia de queda acentuada e teve seu pior fechamento em mais de quatro meses, aos 3.334,98 pontos, queda de 0,31% em relação à véspera, quando parou em 3.345,21 pontos. É o pior fechamento desde 6 de fevereiro, quando o resultado foi de 3.332,48 pontos.
O índice de FIIs mais uma vez operou o dia todo em baixa, à exceção de um breve pico de valorização nos primeiros minutos do pregão, quando bateu na máxima de 3.349,55 pontos. Ao longo do dia, a queda se acentuou até a mínima de 3.333,45, para uma breve recuperação nos minutos finais das negociações.
No acumulado do mês de junho, após sete pregões, o resultado negativo do IFIX chega a 1,40%. O resultado do ano ainda está em patamar positivo, de 0,63%.
O mercado de capitais foi afetado por dois fatores nesta terça: por um lado, a queda dos juros de longo prazo nos EUA; no campo oposto, o anúncio do IPCA de maio no Brasil, acima do esperado pelo consenso do mercado.
Enquanto o Ibovespa reagiu positivamente à combinação de fatores, com fechamento em alta, o mercado de FIIs manteve a tendência de volatilidade esperada ao menos até a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, na semana que vem, quando haverá novo anúncio sobre a Selic.
Analistas apontam que, embora o mercado de FIIs seja mais atraente num cenário de juros mais baixos, parte do setor pode se beneficiar, como os fundos de papel, que negociam títulos de dívida cuja rentabilidade se mantém elevada com a estagnação da Selic no patamar atual.
IFIX cai: veja altas e baixas do dia
Apesar da queda do índice geral, alguns fundos registraram bons resultados nesta terça-feira, caso do FII BTRA11, que subiu 5,75%, negociado a R$ 52,99 no fim do pregão. O BCIA11 avançou 1,34%, a R$ 105,90, e o KNHF11 teve alta de 1,09%, cotado a R$ 96,84.
Na outra ponta, o AJFI11 registrou desvalorização de 4,14%, cotado a R$ 54,83 no encerramento das negociações. O RCRB11 teve queda de 1,99%, a R$ 147,00, enquanto o PVBI11 caiu 1,46%, negociado a R$ 90,88 por cota.
O CPTS11 liderou o volume de cotas negociadas entre os FIIs que fazem parte do IFIX, com mais de 1 milhão de papeis que mudaram de mãos, seguido pelo MXRF11, com 737 mil cotas sob nova propriedade, e o GARE11, com 437 mil cotas negociadas.
