SNID11 mantém dividendos, apesar de cenário desafiador no mercado de crédito

O SNID11 destacou o cenário desafiador para o mercado de crédito brasileiro em março, mas manteve dividendos em R$ 1,15 por cota.

SNID11 mantém dividendos, apesar de cenário desafiador no mercado de crédito

O fundo de infraestrutura da Suno Asset, SNID11, divulgou seu relatório gerencial de março. A gestão destacou o cenário desafiador para o mercado de crédito brasileiro no mês, mas manteve o pagamento de seus dividendos em R$ 1,15 por cota.

Os dividendos do SNID11 serão pagos amanhã (25), cuja composição é formada por R$ 0,94 por cota em rendimentos e R$ 0,21 por cota em amortizações.

Os rendimentos do SNID11 se mantiveram no mesmo patamar do mês anterior, também de R$ 1,15 por cota, mas composto por R$ 0,04449 em rendimento e R$ 1,1055 em amortização.

Segundo a gestão, o mês de março foi novamente desafiador para o mercado de crédito brasileiro, já que os spreads indicativos dos ativos deram continuidade ao seu movimento de abertura, correspondendo a uma baixa no preço das debêntures no mercado secundário.

Participam desse movimento os casos de Americanas e Light, companhias que tiveram problemas associados à solvência de suas operações e que tinham posição relevante a mercado e no balanço dos bancos por meio de crédito.

“O movimento impactou de forma sistêmica a liquidez do mercado, e foi responsável pela abertura de spreads ocorrida”, destacou a gestão do fundo SNID11.

O mês de março também foi marcado pela chegada do projeto do novo arcabouço fiscal do Brasil, assim como o recuo do IPCA na base de 12 meses.

Para a gestão do FI-Infra SNID11, isso mostra que a política monetária tem surtido efeito. As projeções são de que a Selic terminal do ano fique em 12,50% ao ano, nível nominal que continua sendo muito atrativo para os ativos de renda fixa.

“Dessa forma, mantemo-nos positivos quanto às perspectivas para a classe este ano. Acreditamos que, em breve, os efeitos da contaminação sistêmica do mercado se dissiparão, melhorando o cenário para os ativos de crédito privado”, explica a gestão.

Performance do SNID11 em março

A performance total do fundo de infraestrutura SNID11 em março foi de R$ 0,67 por cota, novamente impactada pela marcação a mercado negativa das debêntures em carteira.

Sem considerar esse fator, a gestão afirma que o fundo teria uma performance positiva em linha com o carrego do fundo, que é de CDI+2,16%. O maior atribuidor dessa performance foi o componente CDI, que foi de 13,65% em março.

O caixa contribuiu com R$ 0,04 por cota nessa performance, correspondendo a somente 1,7% do patrimônio atual do fundo. O SNID11 possui cerca de 98,3% do portfólio alocado em debêntures e outros 1,7% alocados em caixa, com rendimento diário alinhado com a variação do CDI.

A gestão destacou a atribuição positiva de R$ 0,21 por cota do componente spread da carteira, que está em 2,16% a preço de compra (carrego). Por outro lado, os custos e despesas detraíram R$ 0,10 por cota do resultado do SNID11 no mês.

A marcação a mercado impactou de forma negativa em grande parte do resultado do SNID11, em razão do estresse no mercado secundário de crédito. Em média, o spread do portfólio do fundo abriu 0,29%, fechando o mês de março em 3,02%.

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foto: João Vitor Jacintho
João Vitor Jacintho

Redator profissional, com atuação no mercado editorial na produção de notícias e conteúdos sobre o mercado de ações, criptomoedas, fundos imobiliários e economia popular. Graduando em Engenharia Química pela Unesp, também já trabalhei como consultor financeiro.

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