TGAR11: vale a pena investir no FII? Baroni responde dúvidas dos investidores

O head de fundos imobiliários da Suno Research esclareceu as principais dúvidas dos investidores sobre o fundo imobiliário TGAR11

TGAR11: vale a pena investir no FII? Baroni responde dúvidas dos investidores

Para quem quer começar a investir ou para àqueles que possuem o fundo imobiliário TGAR11 na carteira mas quer saber mais, o professor Marcos Baroni, head de Fundos Imobiliários da Suno Research, respondeu algumas dúvidas dos cotistas sobre o FII.

Em relação aos riscos, por se tratar de um fundo de desenvolvimento e com 179 projetos, Baroni destacou é um fundo de capital intensivo, e por possuir um princípio da curva J, acaba tendo uma necessidade de aportar bastante capital com recorrência para que os projetos vão amadurecendo até que em um dado momento aqueles projetos começam a gerar valor para o fundo e devolver esse capital investido, consequentemente com lucro.

“O ponto de atenção ao risco é que em algum momento você não tem caixa para fazer novos investimentos diante da quantidade de projetos. Como eles procuram manter um equilíbrio entre projetos iniciais até landbank, e também mesclando um pouquinho com CRIs, com a parte de crédito, a ideia é procurar equilibrar esse risco”, comentou o especialista em transmissão de seu canal do YouTube.

Além disso, Baroni pontuou que o P/VP (Preço sobre Valor Patrimonial) é um ponto relevante, por possuir uma característica especial tijolo dívida. Com isso, o especialista explicou que não é interessante comprar o FII muito fora do valor patrimonial, a não ser que esteja dentro da margem de 5% a 15%.

Na avaliação da resiliência do TGAR11, Baroni comentou que o fundo tem buscado alternativas de prédios interessantes, fugindo do eixo Rio-São Paulo, e com boa localização. “Agora, o ponto mais importante, é que o TGAR11 acabou se tornando uma alternativa descorrelacionada no mercado de crédito em geral. Embora ele tenha cerca de 10% de CRI, pode até ser que compre um pouco mais, eu acredito que vão comprar, mas não deve passar de 15/20%, em um cenário mais extremo de alocação, é um fundo que acabou se descorrelacionando do mercado de crédito tradicional”, afirmou.

“A resiliência da inflação pode também ser refletida nos valores que os ativos são vendidos, porque são ativos em obras, o custo de obra vai aumentando, tabela de preços também aumenta e isso pode ser corrigido. Isso é uma uma camada de proteção. No geral, acho sim uma tese resiliente, embora tenha risco de desenvolvimento, risco de governança, risco de gestão, risco de acompanhar 180 projetos, tudo isso é um risco. Mas fazendo o trabalho bem feito me parece sim uma tese bem resiliente”, destacou.

Veja na íntegra outras questões respondidas por Baroni sobre o FII TGAR11:

Conheça mais sobre o FII TGAR11

TG Ativo Real FII tem como objetivo proporcionar rendimento aos cotistas mediante distribuição de lucros e valorização das cotas, advindos da exploração de ativos imobiliários e de desenvolvimento.

Somado a isso, o portfólio do TGAR11 possui 159 ativos de equity, divididos em 115 loteamentos, 38 incorporações, 4 multipropriedades, 1 shopping e 1 imóvel. O FII possui um patrimônio líquido de R$ 2,34 bilhão e mais de 149 mil cotistas.

Para os próximos 3 meses, a gestora do TGAR11 mantém a perspectiva de que os dividendos mensais a serem distribuídos serão entre R$ 1,30 e R$ 1,50 por cota.

Além disso, o valor patrimonial do FII TGAR11 é de R$122,20, sendo sua taxa de administração 1,5% ao ano.

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foto: Vanessa Loiola
Vanessa Loiola

Jornalista formada pela PUC-SP e pós-graduanda em jornalismo de dados, automação e data storytelling pelo Insper. Possui experiência na cobertura das editorias de economia, finanças, bolsa de valores, política, setor elétrico, eletromobilidade e entretenimento.

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