IRDM11 explica resultados de março e está 13% descontado na bolsa

O fundo imobiliário IRDM11 explicou seus resultados de março e está 13% descontado na bolsa. Veja detalhes sobre os dividendos do IRDM11.

IRDM11 explica resultados de março e está 13% descontado na bolsa
IRDM11 explica resultados de março e está 13% descontado na bolsa. Foto: Unsplash

O fundo imobiliário IRDM11 anunciou seu relatório gerencial do mês de março, reportando um resultado mensal de R$ 33,198 milhões, quantia 1,79% inferior ao reportado em fevereiro, que foi de R$ 33,8 milhões.

Referente a esse resultado, a distribuição de rendimentos do IRDM11 referente a março foi de R$ 0,91119, equivalente a uma remuneração bruta de IR de 101,93% do CDI. No mês, o IPCA apresentou mais uma alta, de 0,71%, mostrando a manutenção da inflação em patamares elevados.

O resultado da receita advinda da correção monetária acabou beneficiando o fundo IRDM11 com um aumento de 15,89% em relação a fevereiro.

Nos últimos 12 meses, os proventos do IRDM11 somam R$ 12,52 por cota, perfazendo um dividend yield de 13,98%, e com uma rentabilidade gross-up de 16,45%, ou 123,85% do CDI, com base na cota patrimonial de R$ 89,53.

Em relação à cotação atual de mercado desta segunda-feira (24), os rendimentos do fundo imobiliário IRDM11 equivalem a um dividend yield de 16,02% nos últimos 12 meses.

O valor de mercado é de R$ 2,846 bilhões, enquanto o patrimônio líquido é de R$ 3,26 bilhões, perfazendo um preço sobre valor patrimonial (P/VP) de 0,87, estando 13% descontado na B3.

Resultado e portfólio do IRDM11

A gestão explica que o feriado do Carnaval trouxe impactos negativos à receita de juros dos ativos que têm eventos de pagamento anteriores ao dia 20 de cada mês. O evento que gerou a maior repercussão foi o não pagamento das parcelas dos ativos associados ao Grupo Gramado Parks.

O FII IRDM11 foi impactado de forma negativa por essa interrupção. Vale destacar que atualmente a exposição direta é pequena, representando 1,02% do patrimônio líquido por meio dos CRIs GPK, GVI 1, GVI 2 e Termas Resort.

“A equipe de gestão está trabalhando para a resolução desse caso e acredita na capacidade de geração de caixa dos ativos, que são garantia das operações”, diz o relatório.

Os dividendos do IRDM11 também foram prejudicados por uma piora no resultado da carteira de FIIs, tanto no que se refere aos recebimentos de rendimentos quanto na negociação.

Além disso, o fundo destaca que o mercado continua em um cenário de aversão a risco, mas oportunidades pontuais de alocações, sobretudo em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) com perfil de menor risco de crédito, continuam a ocorrer.

O objetivo do IRDM11 é investir em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), assim como em outros ativos imobiliários, como Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), fundos imobiliários, Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs) e Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPACs).

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foto: João Vitor Jacintho
João Vitor Jacintho

Redator profissional, com atuação no mercado editorial na produção de notícias e conteúdos sobre o mercado financeiro, fundos imobiliários e economia popular.

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