SNFF11 registra DY anual de 14,49% e lucro milionário em abril

A distribuição do SNFF11 foi realizada dentro do guidance de R$ 0,90 a R$ 1,10. O dividend yield anualizado ficou em 14,49%. Confira.

SNFF11 registra DY anual de 14,49% e lucro milionário em abril
Fundo imobiliário fecha novo acordo para vender 46,25% de um imóvel em Goiás. Foto: Pexels

O SNFF11, Fundo de Fundos (FoF) da Suno Asset, obteve um lucro de R$ 2,9 bilhões em abril deste ano. Com isso, o Fundo o contou com resultado distribuível de R$1,03 por cota e provisionamento de R$1,00 por cota, que foi distribuído em 24 de maio.

A distribuição de abril foi realizada dentro do guidance de R$ 0,90 a R$ 1,10. O dividend yield anualizado, com base no fechamento de abril, ficou em 14,49%, refletindo a distribuição ligeiramente elevada.

Segundo a gestora do SNFF11, o resultado foi impactado positivamente pelas receitas provenientes do ganho de capital auferido, de aproximadamente R$0,42 já líquidos de impostos. O fundo conta ainda, ao final do mês, com reserva acumulada para distribuição futura de aproximadamente R$1,54 por cota.

No mercado secundário, o SNFF11 teve retorno de 0,24%, frente a -0,77% do IFIX, com volume diário médio de negociação de R$800 mil.

“O fundo encerrou o mês com Alpha de 4,43% desde o seu início em maio de 2021, equivalente a 124% do IFIX para o período todo. O resultado patrimonial foi impactado principalmente pela variação negativa dos ativos do segmento tijolo, dado que no mês houve o estresse da curva de juros futuros, e o aumento considerável no juro real pago pelos títulos do Tesouro Direto indexados ao IPCA”, comenta a gestora. 

SNFF11: movimentações da carteira

No mês de abril, a equipe de gestão do SNFF11 realizou diversas movimentações na carteira do fundo para destravar valor e realizar arbitragens, além de melhorar o portfólio investido.

Diante do cenário macroeconômico e expectativas sobre a Selic, a equipe decidiu vender parte dos ativos do segmento de tijolo para capturar lucros, antecipando uma possível desvalorização. Também foram realizadas arbitragens em ofertas de fundos do portfólio.

No mercado primário, a equipe adquiriu recibos do TRXF11 para realocação no fundo, aproveitando a venda de cotas para arbitragem. Além disso, negociou a reversão parcial da taxa de distribuição do fundo, impactando positivamente o resultado de maio em cerca de R$30 mil.

No mercado secundário, foram adquiridas cotas dos fundos RZTR11, BLCA11, BTLG11 e BARI11. O RZTR11 foi considerado atrativo devido às perspectivas de aumento das distribuições futuras, enquanto o BLCA11 apresentou aumento de liquidez, permitindo a aquisição de cotas a preços atrativos.

Com as quedas do Ibovespa, o fundo também aumentou sua exposição a ações de empresas investidas, como ALOS3, IGTI11, TRIS3 e EZTC3.

Por outro lado, foram vendidas cotas dos fundos XPML11, HGRU11, HGLG11, VISC11, MALL11, GGRC11, SNEL11, TRXF11 e RECR11.

Segundo a gestora do SNFF11, essas vendas visaram capturar lucros existentes em ativos que ainda carregavam prêmios, antecipando possíveis quedas futuras. “A venda gradual das cotas adquiridas na segunda emissão do SNEL11 seguiu a estratégia de arbitragem, enquanto a redução na exposição ao RECR11 foi devido à aquisição de cotas a valores muito descontados no primeiro semestre de 2023.”

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foto: Vinícius Alves
Vinícius Alves
Jornalista

Jornalista formado na Faculdade Cásper Líbero. Com passagens pela Agência Estado e Editora Globo.

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