SNEL11, TOPP11 e BBIG11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (25/8)
SNEL11 paga dividendos em cenário promissor para energia renovável; TOPP11 e BBIG11 destacam resultados de julho.


Os fundos imobiliários SNEL11, TOPP11 e BBIG11 estão entre os destaques desta segunda-feira (25), abertura da última semana de agosto, e o mercado tenta manter a tendência de alta do fim da semana passada, quando emendou dois dias de valorização. O IFIX fechou na sexta-feira (22) em alta de 0,13%, a segunda consecutiva, em 3.430,09 pontos.

Na semana, o índice terminou com leve recuo acumulado, de 0,04%, e o resultado acumulado do mês também é negativo, em 0,18%. As expectativas otimistas, assim como boa parte do pessimismo que afetou o mercado ao longo do mês, vêm dos Estados Unidos.
O mercado reagiu positivamente à fala do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, na tarde de sexta, durante o segundo dia do simpósio de Jackson Hole, o encontro anual promovido pelo banco central norte-americano. O dirigente admitiu que dados recentes, especialmente do mercado de trabalho, mostram que o momento de reduzir o aperto monetário está mais próximo. A fala ampliou a percepção do mercado de que os cortes de juros começarão na próxima reunião do Fed, em 16 e 17 de setembro.
Nesta semana, o mercado de FIIs deve se impulsionar também pelas agendas de dividendos. Nesta segunda haverá pagamentos realizados por alguns dos principais fundos, como o BTLG11 e o XPML11. FIIs e Fiagros da Suno Asset, como o SNEL11, o SNAG11 e o SNFZ11, também realizam suas distribuições.
E, ao longo da semana, investidores devem se movimentar em busca de posições para a próxima distribuição dos cerca de 200 FIIs que têm sua Data Com na sexta-feira (29), último dia útil do mês. Entre eles está o MXRF11, dono da maior base de cotistas do mercado brasileiro, com mais de 1,3 milhão de investidores.
Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:
TOPP11 fecha contrato recorde e reduz vacância no Edifício Platinum
O fundo imobiliário TOPP11 registrou avanço em sua ocupação em julho, após a locação de um dos andares vagos do Edifício Platinum, que reduziu a vacância física de 8,6% para 6,9%. O novo contrato foi firmado a um valor recorde de R$ 370 por metro quadrado, o que representa uma alta de 23% em relação ao aluguel anterior.
Segundo a gestão da RBR Asset, a negociação reforça a valorização do ativo e acompanha a tendência positiva do mercado na região. Além disso, os processos de renovatórias e revisionais seguem em curso nos demais imóveis do portfólio, com reajustes médios superiores a 15% nos aluguéis, o que deve sustentar a receita do fundo nos próximos meses.
O TOPP11 anunciou a distribuição de R$ 0,84 por cota em dividendos aos seus investidores. Os cotistas receberam o pagamento no último dia 20, de acordo com a posição ao fim do pregão de 13 de agosto. Desde seu início de operação em 2024, o TOPP11 concentra um patrimônio de aproximadamente R$ 475 milhões, com cota patrimonial de R$ 104,90 e cerca de 4.800 cotistas. Desde maio, o fundo faz parte da carteira teórica do IFIX.
SARE11: fundo imobiliário tem reserva equivalente a 5 meses de dividendos
O mês de julho apresentou resultados financeiros positivos para o fundo imobiliário SARE11, cujo destaque foi o aumento na receita total, que atingiu R$ 8,111 milhões, em comparação com os R$ 8,045 milhões de junho. No período, as despesas somaram R$ 3,117 milhões, resultando em um resultado líquido de aproximadamente R$ 4,994 milhões.
A distribuição de dividendos do SARE11 permanece suspensa, até a conclusão do processo de liquidação do fundo, que depende da transferência integral dos ativos para o BTLG11. Todo o resultado acumulado será destinado aos cotistas na fase final do processo. Atualmente, há reservas de aproximadamente R$ 13 milhões, equivalentes a R$ 0,14 por cota, o que representa um pouco mais de cinco meses da última distribuição de dividendos, feita em julho, no valor de R$ 0,026 por cota.
No mercado secundário, a cota do SARE11 valorizou 1,9% em julho, acumulando uma valorização de 29% no ano. Esse desempenho supera o do índice IFIX, que recuou 1,4% em julho.
BBIG11 lucra R$ 6,9 mi e projeta patamar de dividendos para o resto do ano
O fundo imobiliário BBIG11 encerrou julho com resultado líquido de R$ 6,9 milhões e manteve a distribuição de R$ 0,08 por cota, estável em relação aos meses anteriores, e que representou um dividend yield de 1,14% no mês. O retorno equivale a 89% do CDI líquido de IR e, quando ajustado para uma alíquota de 15% de imposto de renda, chega a 104,7% do CDI.
A BB Asset destacou que, mesmo com o aumento planejado da vacância no Shopping Rio Sul, necessário para a entrada de novas lojas, a perspectiva é de estabilidade na remuneração aos cotistas. Do total de receitas em julho, R$ 6,9 milhões vieram da operação dos shoppings e R$ 517 mil de juros em operações compromissadas com títulos públicos.
A performance reforça a atratividade do fundo, que conta atualmente com 31.742 cotistas, número 0,77% maior em relação ao mês anterior. As cotas movimentaram R$ 22,8 milhões em volume financeiro no período, em mais de 41 mil transações. Nos shoppings que compõem seu portfólio — Pátio Paulista, Pátio Higienópolis e Rio Sul — o fundo registrou baixa vacância, de 2,68%, e crescimento de 8,4% nas vendas mesmas lojas (same store sales). As margens de NOI permaneceram acima de 90%.
SNEL11 paga dividendos e ajuda a consolidar força e rentabilidade da energia renovável
O fundo imobiliário SNEL11, constituído pela Suno Asset para o investimento em energia renovável, paga nesta segunda-feira (25) os dividendos referentes aos resultados de julho, no valor de R$ 0,10. É o 14º mês consecutivo em que o pagamento é realizado neste valor, com um dividend yield anualizado acima de 14%, livre de tributação.
Esse resultado é apenas mais um sinal de como a energia renovável deixou de ser apenas uma alternativa para um futuro distante e se tornou fundamental para atender à demanda atual do mercado. Dados da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) apontam que os meios renováveis de fornecimento devem superar o carvão como a principal fonte de energia no planeta até o fim de 2026 – ou possivelmente ainda este ano, dependendo de como se encaminharem as condições climáticas e os preços dos combustíveis nos próximos meses.
O termo energia renovável se refere a aquela que é produzida por meios naturais, sem o uso de recursos fósseis, como carvão e petróleo, que são esgotáveis. Ele abrange tanto a energia hidrelétrica, já consagrada mundo afora e matriz principal do Brasil, entre outros países, como a energia solar e a energia eólica. Juntas, essas modalidades devem ser responsáveis por 33% de toda a energia consumida no planeta em 2026.
Com foco na construção e aquisição de usinas fotovoltaicas, para posterior locação a clientes do mercado de geração distribuída, o SNEL11 registrou em junho sua maior receita de locação, no valor de R$ 1,868 milhão. Seu patrimônio líquido está em cerca de R$ 310 milhões, alocado em 17 usinas fotovoltaicas. Algumas foram construídas pelo próprio fundo e outras, adquiridas quando já estavam prontas e já em operação. A tendência é de aumento na receita de locação, uma vez que algumas das usinas de construção mais recente ainda não estão conectadas ao sistema elétrico.