XPML11, HGLG11 e BBIG11 estão destaques do Bom Dia FIIs (25/9)

XPML11 e HGLG11 anunciaram ofertas de emissão de cotas; BBIG11 divulgou relatório gerencial com detalhamento de resultados.

XPML11, HGLG11 e BBIG11 estão destaques do Bom Dia FIIs (25/9)
Estação Shopping está no portfólio do XPML11 - Foto: Divulgação

Os fundos imobiliários XPML11, HGLG11, BBIG11 e ALZR11 e são os destaques desta quinta-feira (25), dia em que o IFIX tenta manter a sequência positiva, de olho na reação do mercado ao relatório da Medida Provisória 1.303, que teve retirada do texto a tributação dos dividendos de FIIs e Fiagros.

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O índice de FIIs teve um dia de oscilação relativamente leve e fechou nesta quarta-feira (24) em 3.564,40 pontos, alta de 0,03% em relação à véspera. O dia foi de operação positiva durante praticamente toda a sessão. 

A cotação teve alguns picos de valorização durante o dia, com a máxima obtida por volta das 14h30, mas o IFIX fechou perto dos menores índices da sessão.

O mercado acompanhou de perto a discussão sobre a MP 1.303, com a apresentação do relatório do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que trouxe como principal novidade positiva a manutenção da isenção dos dividendos de FIIs e Fiagros, além dos rendimentos de CRIs, CRAs e debêntures incentivadas. Como compensação, LCAs e LCIs serão tributados em 7,5%.

Por outro lado, o mercado se manteve em alerta diante de um trecho que prevê mudanças na forma de cálculo dos dividendos, com a substituição do regime de caixa pelo regime de competência, o que eventualmente pode causar impacto nas distribuições. O texto precisa ser votado até a primeira quinzena de outubro para entrar em vigor.

Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:

HGLG11 anuncia 10ª oferta de cotas e começa a receber por venda de terreno em SP

O fundo imobiliário HGLG11 anunciou a abertura de sua 10ª emissão de cotas, que tem a intenção de captar até R$ 2 bilhões, com possibilidade de chegar a R$ 2,5 bilhões se houver interesse em montante adicional. O preço unitário da oferta será o mesmo do atual valor patrimonial por cota (VPC) do HGLG11, de R$ 162,22, sem custos de distribuição. 

O valor captado, segundo a empresa, será realizado para aquisições de ativos “que obedeçam a política de investimentos e que estejam alinhadas com as estratégias definidas como mais vantajosas, na medida em que o gestor identifique e negocie ativos para integrar o patrimônio do fundo”. O HGLG11 já é um dos maiores FIIs do mercado brasileiro, com patrimônio líquido de R$ 5,5 bilhões, 28 imóveis na carteira, 148 locatários e área bruta locável (ABL) total próxima de 1,6 milhão de metros quadrados.

O Patria Real Estate, gestor do HGLG11, também atualizou as condições da venda de um terreno desmembrado do condomínio logístico HGLG SJC, de propriedade do fundo, em São José dos Campos (SP). A projeção inicial era de que o terreno desmembrado teria cerca de 169 mil metros quadrados, mas a área após a conclusão foi de 146.945 metros quadrados. Com isso, o valor final da negociação caiu de R$ 12,5 milhões para R$ 10.854.827,89, com o mesmo valor por metro quadrado, de R$ 73,87. 

Já a forma de pagamento foi ajustada pelas datas: após o pagamento da primeira parcela mensal, de R$ 50 mil, na última segunda-feira (22), as próximas parcelas passam a vencer todo dia 22, com valor fixo, e o comprador seguirá esse fluxo de pagamento até 16 de novembro de 2028, ou quando houver a data de publicação do decreto de aprovação do seu loteamento. Quando isso acontecer, o comprador terá 60 dias para quitar o saldo remanescente, que será atualizado pelo IPCA desde 17/05/2024.

ALZR11 amplia dividendos e projeta guidance para o segundo semestre

O fundo imobiliário ALZR11 encerrou o mês de agosto com um resultado líquido de R$ 10,572 milhões, combinação entre uma receita bruta de R$ 11,716 milhões e despesas de R$ 1,124 milhão. O lucro foi menor que em julho, quando o valor registrado foi de R$ 12,242 milhões.

Mesmo assim, os dividendos do ALZR11 que serão pagos hoje (25) cresceram em relação à distribuição anterior, para R$ 0,08355 por cota. Receberão esse valor os cotistas que terminaram o pregão de 18 de setembro posicionados no fundo. Além disso, a reserva de lucros foi reforçada e subiu para R$ 0,46 por cota.

Para o segundo semestre de 2025, a Alianza Trust, gestora do ALZR11, projeta rendimentos mensais entre R$ 0,080 e R$ 0,082 por cota, considerando apenas a receita recorrente de aluguéis e o uso do caixa disponível. Essa previsão exclui ganhos extraordinários provenientes de venda de imóveis, o que pode elevar ainda mais as distribuições ao longo do período.

BBIG11 registra receitas de R$ 6,9 milhões e reforça solidez operacional

O fundo imobiliário BBIG11 registrou em agosto de 2025 resultados consistentes. A distribuição foi mantida em R$ 0,08 por cota, o que representa um dividend yield de 1,15% no mês, equivalente a 116,23% do CDI quando ajustado à alíquota de 15% de IR.

As receitas imobiliárias de agosto, referentes a julho, totalizaram R$ 6,9 milhões, provenientes dos shoppings Pátio Paulista, Pátio Higienópolis e Rio Sul. O fundo também recebeu R$ 431 mil em juros de operações compromissadas com títulos públicos.

No portfólio, os ativos mantêm desempenho sólido. Em julho, a vacância foi de apenas 2,3%, enquanto as vendas em mesmas lojas (same store sales) cresceram 6%. As margens NOI permaneceram acima de 90%, reforçando a eficiência operacional e a resiliência da carteira.

XPML11 lança 13ª emissão de cotas; objetivo é captar cerca de R$ 300 milhões

O fundo imobiliário XPML11 anunciou a realização de sua 13ª emissão de cotas, direcionada exclusivamente a investidores profissionais. A oferta tem captação estimada inicialmente em R$ 207,6 milhões, correspondente à emissão de cerca de 1,8 milhão de novas cotas.

O preço total do investimento será de R$ 113,36 por cota, considerando o atual valor patrimonial, de R$ 112,61, e uma taxa de distribuição primária de 0,67%, ou seja, R$ 0,75 por cota. A aplicação mínima para participar da oferta do XPML11 é de 50 cotas, totalizando R$ 5.668,00, incluída a taxa. 

Poderá ainda haver um lote adicional de até 50% das cotas inicialmente ofertadas, ou seja, cerca de 920 mil cotas, equivalentes a R$ 103,8 milhões, dependendo da avaliação do administrador e do gestor. Já a captação mínima para validação da oferta do XPML11 é de 888.543 novas cotas, ou aproximadamente R$ 100,7 milhões.

Os recursos obtidos na emissão serão utilizados pelo XPML11 para adquirir, expandir e otimizar seus ativos imobiliários e a estrutura de capital, com foco na valorização do patrimônio do fundo e na geração de renda para os cotistas. 

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado em Jornalismo pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com 25 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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