TRXF11, AZIN11, HGRU11 e BRCO11 estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (24/11)
Os fundos imobiliários TRXF11, HGRU11 e BRCO11 e o FIP-IE AZIN11 estão entre os destaques do mercado desta segunda-feira, abertura da última semana de negociações em novembro. O mercado tenta manter o embalo da semana passada, em que o IFIX renovou sua máxima histórica em duas sessões consecutivas.
No pregão de quarta-feira (19), véspera do feriado pelo Dia da Consciência Negra, o índice de FIIs fechou em 3.619,62 pontos, alta de 0,08% acima da máxima anterior, de 3.616,72 pontos, obtido no dia 14. Na sexta-feira (21), após o feriado, o IFIX alcançou 3.625,45 pontos, alta de 0,16% em relação ao resultado anterior.
No mês, foi o quinto recorde registrado, e a alta acumulada em relação ao fim de outubro é de 0,89%. O resultado positivo veio na contramão de outros segmentos de mercado, como o Ibovespa, que fechou em queda na semana, marcada pela derrubada de tarifas norte-americanas de 40% que ainda restavam sobre alguns produtos, entre eles o café e a carne.
Para a semana que começa, a estimativa é de que o setor mantenha a trajetória ascendente, especialmente com a aproximação do último dia útil do mês, na sexta-feira (28), marcado pela Data Com de mais de 150 FIIs e pelo anúncio dos dividendos que serão pagos na primeira quinzena de dezembro. Esse movimento em geral provoca resultados positivos para o IFIX.
Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:
AZIN11 supera CDI e faz novos investimentos em energia e telecom
O AZIN11, fundo de investimento em participações de tnfraestrutura (FIP-IE) sob gestão da AZ Quest, fez movimentos relevantes na carteira ao longo do mês de outubro, combinando desinvestimentos pontuais, novas alocações em energia solar e infraestrutura de telecomunicações, além de registrar desempenho acima do CDI no retorno acumulado desde o início do fundo.
No lado vendedor, a gestora concluiu a alienação total das debêntures da Triple Play Brasil Participações (CONX12), por R$ 818 mil. O ativo havia sido comprado em maio, com spread de 4,66%, e foi vendido em outubro com spread médio de 3,25%, refletindo a compressão de risco no período.
Entre os investimentos, o AZIN11 aplicou R$ 7 milhões em debêntures da Global Infra Telecom, empresa voltada à construção e consolidação de torres de telecomunicações. O fundo também direcionou R$ 5 milhões para debêntures da Neo Solar (NEOS11), que financiarão a implantação de quatro novas usinas fotovoltaicas e reforço de capital de giro.
Investidores do BRCO11 aprovam aquisição de dois imóveis, em SP e BA
O fundo imobiliário BRCO11 obteve a aprovação dos cotistas para a compra de dois ativos logísticos, localizados em Simões Filho (BA) e Campinas (SP). A operação está avaliada em R$ 462,7 milhões, valor que representa desconto de 13,5% em relação aos laudos de avaliação elaborados pela Cushman & Wakefield em setembro de 2025.
A negociação precisou de aprovação em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) porque os imóveis são de propriedade de outros fundos de propriedade da Bresco. A medida teve aval de proprietários de 27,77% das cotas, segundo a ata publicada pelo administrador.
A expectativa, de acordo com a gestão, é de um incremento do resultado recorrente do fundo imobiliário BRCO11 em 4,5% ao ano nos próximos 3 anos e da distribuição de rendimentos em 2,8% ao ano nos próximos 5 anos. A proposta inclui terrenos para expansão futura do empreendimento em Campinas, precificados em R$ 66,9 milhões. O pagamento será ajustado conforme condições a serem verificadas nos próximos cinco anos.
HGRU11 divulga lucro 80,2% maior e mantém patamar de dividendos
O fundo imobiliário HGRU11 encerrou outubro com receitas totais de R$ 40,877 milhões, o que representa R$ 1,76 por cota. Já o resultado distribuível avançou para R$ 34,604 milhões, equivalente a R$ 1,49 por cota, um salto de 80,2% diante dos R$ 19,201 milhões registrados em setembro.
Esse movimento foi fortemente influenciado pela venda de ativos mobiliários, operação classificada como não recorrente pela gestão e direcionada à formação de caixa para honrar pagamentos relativos ao imóvel Paulista 2.000 e ao Projeto Olinda II. Por isso, mesmo com o impacto extraordinário, a distribuição mensal manteve estabilidade. Os dividendos do HGRU11 foram de R$ 0,95 por cota, com pagamento feito em 14 de novembro.
Ainda em outubro, o fundo comunicou via fato relevante a conclusão da venda do imóvel Pernambucanas Machado por cerca de R$ 6,7 milhões. A operação representou um ganho de 19% sobre o valor investido e gerou lucro em caixa de R$ 1,1 milhão, o equivalente a R$ 0,05 por cota. Com a venda, o HGRU11 deixa de contabilizar uma receita mensal de aluguel de aproximadamente R$ 0,002 por cota ao mês.
TRXF11 avança na compra de sete imóveis locados ao Atacadão
O fundo imobiliário TRXF11 informou ter avançado no processo de aquisição de um lote de sete imóveis junto à rede varejista Atacadão, nas cidades de Arapiraca (AL), Camaragibe (PE), Duque de Caxias (RJ), Mossoró (RN), Resende (RJ), Sobral (CE) e Tangará da Serra (MT). A transação foi estruturada no modelo “sale and leaseback”, em que o ativo é vendido e imediatamente alugado ao proprietário anterior.
De acordo com o contrato assinado entre as duas partes, o TRXF11 vai pagar R$ 297.159.090,91 pelos imóveis. Uma parcela de R$ 180 milhões será paga na data de superação das condições precedentes previstas no contrato, que deve ser até 19 de dezembro. O valor restante, de R$ 117.159.090,91, tem vencimento em até 90 dias a contar da data do fechamento, valor que será corrigido pela variação acumulada do IPCA.
Segundo a TRX Investimentos, gestora do TRXF11, assim que houver o fechamento e o pagamento da entrada, passam a valer também os contratos de locação, no formato atípico. Eles terão prazo de 15 anos, com penalidade por rescisão antecipada equivalente ao saldo devedor integral, sem possibilidade de ação revisional de aluguel durante o prazo de vigência inicial.
O TRXF11 também anunciou a aquisição de mais 5 imóveis: m conjunto logístico em Varginha (MG), pelo valor de R$ 285 milhões, e um lote de 4 imóveis de varejo locados ao Grupo Mateus, sendo um já em operação em Carpina (PA), e os demais em desenvolvimento, em Cametá (PA), Imperatriz (MA) e Salvador (BA), este último objeto de um retrofit. O negócio tem um valor total estimado em R$ 379,2 milhões.
