MXRF11, BTLG11, TRXF11, EXES11 e IBBP11 são destaques do Bom Dia FIIs (8/12)
Os fundos imobiliários MXRF11, BTLG11, TRXF11, EXES11 e IBBP11 são destaques desta segunda-feira (8), dia em que o mercado tenta se recuperar da queda sofrida nas últimas horas de sexta-feira (5), quando caminhava para a terceira máxima histórica da semana.

O IFIX fechou a sessão em queda de 0,15%, em 3.670,34 pontos, mantendo-se ainda com o segundo melhor resultado da série histórica, longe da volatilidade mostrada no mercado de ações — o Ibovespa caiu mais de 4% em algumas horas.
O índice de FIIs, que havia registrado na quinta-feira (4) o recorde de 3.675,93 pontos, operava em alta, acima de 3.680 pontos, quando iniciou o processo de queda, motivado por ruídos políticos que afetaram o mercado de olho na eleição presidencial de 2026. Mesmo com a queda, o resultado da semana foi positivo em 0,27%.
Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:
BTLG11 conclui compra de dois imóveis do CPLG11 por R$ 385 milhões
O fundo imobiliário BTLG11 anunciou a conclusão da aquisição de dois ativos logísticos na região metropolitana de São Paulo de propriedade de outro FII, o CPLG11. A operação envolve imóveis em Osasco e Mauá, que somam 83.428 m² de ABL e permanecem totalmente ocupados. O preço foi de R$ 385,96 milhões, sujeito a ajuste.
Os dois galpões, localizados em um raio estratégico de 30 quilômetros da capital paulista, passam a integrar o portfólio do fundo imobiliário BTLG11, que já faz jus à totalidade das receitas de locação desde o pagamento inicial.
O preço de R$ 385,96 milhões terá seu pagamento dividido em três partes: R$ 55,96 milhões pagos como sinal em 28 de novembro; R$ 179,2 milhões, desembolsados na data de fechamento, correspondentes à parcela intermediária já ajustada pelo caixa das empresas e pelo saldo de CRIs devidos pelo CPLG11; R$ 50 milhões a serem quitados em até 12 meses, corrigidos pelo IPCA + 5% ao ano.
TRXF11 detalha expansão do portfólio com recursos da 12ª emissão
O fundo imobiliário TRXF11 fez em novembro uma série de movimentos relevantes na rotação de seu portfólio. O fundo concluiu a venda do imóvel Assaí Goiânia/GO, operação iniciada em agosto, pelo valor de R$ 89 milhões. A transação deve gerar lucro estimado de R$ 0,58 por cota e corresponde a uma TIR de 15% ao ano — equivalente a 145% do CDI no período do investimento.
No mesmo período, o fundo finalizou a aquisição da loja Assaí Atacadista em São Bernardo do Campo/SP, na Região Metropolitana de São Paulo, pelo valor de R$ 92,8 milhões. A operação, incluída no pipeline da 12ª emissão, deverá entregar cap rate próximo de 8% ao ano nos próximos 12 meses. O contrato é típico, com prazo de 20 anos.
A gestora também acelerou sua agenda de alocações ao firmar acordo para um pacote robusto de novos ativos: sete imóveis do Atacadão, quatro lojas do Grupo Mateus, 14 agências da Caixa Econômica Federal (uma delas também locada ao Santander) e um galpão logístico multilocatário em Varginha/MG. Todas as operações aguardam superação de condições precedentes.
EXES11 mantém patamar de dividendos e registra yield de 17,18%
O fundo imobiliário EXES11 divulgou seu relatório gerencial de outubro com a manutenção da distribuição de R$ 0,13 por cota — patamar que se repete há dez meses consecutivos. O valor anunciado em 19 de novembro corresponde a um dividend yield mensal de 1,33% sobre a cota patrimonial e a um retorno acumulado de 16,94% nos últimos 12 meses.
Quando anualizado, o rendimento alcança 17,18%, mantendo o EXES11 entre os fundos de recebíveis imobiliários com maior yield do mercado, segundo levantamento da gestora. O fundo ainda conta com uma reserva de lucro de R$ 0,07 por cota, utilizada para suavizar oscilações e dar previsibilidade aos pagamentos mensais.
A Éxes, gestora responsável pelo portfólio, reforça que o EXES11 segue classificado como um FII de crédito middle grade, composto integralmente por CRIs de classe única ou sênior. No fim de outubro, o patrimônio líquido alcançou R$ 137,9 milhões, distribuído entre títulos indexados ao IPCA (39,7%) e ao CDI (60,3%).
Dividendos do IBBP11 são divulgados; yield mensal é de 0,92%
O fundo imobiliário IBBP11 divulgou a distribuição de R$ 0,0802 por cota em dividendos referentes aos resultados de novembro. Os investidores posicionados até a data-base de 5 de dezembro de 2025 receberão o pagamento no dia 15. Considerando a cotação de R$ 8,70 (último dia útil de novembro), o rendimento mensal corresponde a um dividend yield de 0,92%.
O IBBP11 (Brazilian Business Park) havia realizado a distribuição de R$ 0,08 por cota sênior e R$ 0,076 por cota ordinária referente a outubro. O fundo registrou resultado líquido de R$ 2,624 milhões no período.
Em outubro, o fundo também recebeu o primeiro pagamento de aluguel da Solventum, multinacional norte-americana do setor de saúde, que ocupará o Edifício Antares, com 23.787 m² de ABL. A 4ª emissão de cotas do IBBP11 foi concluída no início de novembro. Com novos recursos em caixa, a gestão afirma prosseguir na análise de oportunidades de investimento.
MXRF11 reduz lucro em outubro e investe R$ 33,7 milhões em CRIs
O fundo imobiliário MXRF11 fechou o mês de outubro com R$ 43,827 milhões de lucro líquido, resultado um pouco abaixo dos R$ 44,396 milhões registrados em setembro. O FII também reportou um investimento de R$ 33,7 milhões em CRIs.
A distribuição mensal de dividendos do MXRF11 foi de R$ 0,10 por cota, paga em 14 de novembro aos investidores posicionados em 31 de outubro. Considerando o valor de mercado das cotas no fechamento do mês, de R$ 9,65, esse rendimento correspondeu a 81,23% do CDI líquido, ou 95,56% do CDI em termos brutos, após o ajuste de 15% referente aos impostos.
O MXRF11 carrega ainda uma reserva acumulada de correção monetária de R$ 14,81 milhões, equivalente a R$ 0,0339 por cota. No segmento de CRIs, o MXRF11 investiu via mercado primário R$ 28 milhões destinados a dois títulos do Grupo OBA, o Oba BTS Taubaté e Oba BTS Campinas, ambos remunerados a IPCA + 9,75% ao ano. Houve também um aporte adicional de R$ 5 milhões no CRI JK Square.