CPTS11, TGAR11 e Data Com dos fundos da Suno Asset são destaques do Bom Dia FIIs (15/12)
Os fundos imobiliários CPTS11, TGAR11, TOPP11 e ZAGH11 estão entre os destaques desta segunda-feira (15), dia marcado também pela Data Com dos fundos listados da Suno Asset.

Os Fiagros SNAG11 e SNFZ11, o FI-Infra SNID11 e os FIIs SNEL11, SNCI11, SNFF11 e SNME11 fecham, ao fim do pregão, os beneficiários de seus dividendos, que neste mês têm o pagamento previsto para o dia 23.
Até agora, os fundos que já anunciaram os valores dos proventos repetem os patamares de pagamento do mês passado: o SNEL11 vai distribuir R$ 0,10 por cota, assim como o SNFZ11; o SNAG11 e o SNID11 pagarão R$ 0,13 por cota.
O mercado tenta manter o ritmo positivo da última sexta-feira (12), quando o IFIX, puxado pela distribuição de dividendos por mais de 100 FIIs, terminou o dia com novo recorde, em 3.685,96 pontos, avanço de 0,21% em relação à véspera e a quinta máxima histórica registrada desde o início de dezembro.
O mercado operou em alta durante toda a sessão devido a essa movimentação positiva que, segundo especialistas, acontece porque muitos investidores investem parte dos proventos recebidos para aumentar sua carteira de FIIs e assim garantir dividendos maiores nos próximos meses.
Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:
SNAG11 renova máxima histórica após anunciar dividendos novamente em patamar recorde
O SNAG11, Fiagro da Suno Asset voltado ao crédito agrícola, manteve pelo segundo mês consecutivo a distribuição de dividendos em seu maior patamar após três anos de atuação, no valor de R$ 0,13 por cota. O anúncio puxou a cotação do fundo para sua máxima histórica, ajustada por dividendos, com negociação acima de R$ 10,70 durante a maior parte do dia e fechamento em R$ 10,73.
Com esse preço, o SNAG11 acumula 5,51% de valorização em dezembro em seu preço de mercado, considerando o fechamento em 28 de novembro em R$ 10,17. Também levando esse valor em conta, a distribuição de proventos tem um dividend yield mensal de 1,28%.
Anualizado, o rendimento do fundo superou os 17% em novembro, beneficiado por um desconto atrativo no preço registrado até a primeira quinzena de outubro, abaixo de R$ 10. O pagamento dos dividendos do SNAG11 será em 23 de dezembro, de acordo com o número de cotas detidas pelos investidores ao fim do pregão desta segunda-feira (15).
Com Selic alta, TGAR11 vira a chave e olha para crédito em 2026
O fundo imobiliário TGAR11 se prepara para virar a chave em 2026. Depois de anos surfando o boom do equity em momento de juros baixos, o fundo agora reposiciona sua estratégia em meio a uma Selic persistente em dois dígitos.
Pedro Ernesto, gestor do FII, explica que o ciclo de desinvestimento de parte das incorporações verticais do fundo está chegando ao fim — obras concluídas, habite-se emitido e processos de desligamento bancário em andamento. Esse retorno de capital abre espaço para uma realocação estratégica.
“Todo o desinvestimento que estamos fazendo neste ano e no próximo está sendo direcionado para operações de crédito, justamente para surfar o spread atual”, afirma. Ele destaca que operações que há três ou quatro anos eram estruturadas a IPCA + 12% hoje são feitas a IPCA + 16% com perfil de risco semelhante.
O movimento não significa abandono total do equity. Parte dos aportes ainda ocorre em projetos com obras em andamento — aproximadamente 20% da carteira de desenvolvimento segue na faixa entre 40% e 50% de execução. Mas, olhando para 2026, o executivo do TGAR11 é direto: “Entre equity e crédito, estamos indo para crédito”.
TOPP11 anuncia dividendos de R$ 0,84, com yield mensal de 1,19%
O fundo imobiliário TOPP11 anunciou o pagamento de R$ 0,84 por cota em dividendos, referente aos resultados de novembro, com data-base de 11 de dezembro. Os rendimentos serão distribuídos na próxima quinta-feira, dia 18.
Com o preço de R$ 70,02 (cotado no último dia útil de novembro), os rendimentos representam um dividend yield mensal de aproximadamente 1,19%. Nos últimos meses, a RBR Asset, gestora do TOPP11, registrou avanço nas negociações dos últimos espaços vagos do Edifício Platinum e a tendência é que o fundo possa encerrar 2025 com 100% de ocupação em todo o portfólio.
Além do avanço comercial, o fundo iniciou a implementação do novo quadro de áreas dos ativos, que considera contratos já assinados dentro do novo padrão de metragem. Ao fim do processo de revisão total, a ABL consolidada do portfólio atingirá 14.209 metros quadrados
Dividendos do ZAGH11 seguem em R$ 0,06 por cota, com pagamento no dia 18
O fundo imobiliário ZAGH11 divulgou o pagamento de R$ 0,06 por cota em dividendos. O crédito será realizado no próximo dia 18, de acordo com a posição dos cotistas na data-base de 11 de dezembro, e o valor se refere aos resultados obtidos pelo FII em novembro
Considerando o valor de mercado de R$ 10,15 em 28 de novembro, o rendimento corresponde a um dividend yield mensal de cerca de 0,59%. O ZAGH11 registrou uma série de movimentos relevantes nos últimos meses, com aportes em projetos em andamento, venda de ativos financeiros e melhoria no resultado operacional.
Segundo a Zagros Capital, gestora do FII, foram realizados aportes em projetos investidos pelo fundo e vendidos cerca de R$ 1,7 milhão em cotas de FIIs, em linha com a estratégia de reciclagem de portfólio e otimização da carteira. A empresa afirma que o resultado recorrente teve melhora frente ao mês anterior, refletindo maior estabilidade operacional.
CPTS11 conclui 14ª emissão e anuncia captação de R$ 175 milhões
O fundo imobiliário CPTS11 comunicou ao mercado que finalizou a sua 14ª emissão de cotas, com captação total de R$ 175.022.924,02. Foram subscritas 19.687.618 novas cotas, ao preço unitário de R$ 8,89, valor que não contempla a taxa de distribuição primária.
A captação, assim, ficou em 35% do volume inicialmente proposto pela Capitânia, gestora do CPTS11, de R$ 500 milhões. O detalhamento da alocação final mostra que investidores de perfis distintos participaram da oferta, com predominância das pessoas físicas, que subscreveram 19.147.686 cotas, totalizando 1.731 participantes.
O CPTS11 ainda não divulgou quando os recibos serão convertidos em cotas e liberados para negociação do mercado secundário da B3.
O montante captado será usado na aquisição de ativos de acordo com o atual mandato do CPTS11, que deixou de ser um FII de papel para se tornar um FII multiestratégia, com aval para aquisição de qualquer tipo de ativo ligado ao mercado imobiliário e prioridade para aquisição de cotas de outros FIIs, que representavam mais de 60% do patrimônio líquido de R$ 2,929 bilhões ao fim de outubro.