Dividendos, VRTA11 e INLG11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (19/2)
Dividendos por anunciados por XMPL11, BROF11 e ALZR11; VRTA11 e INLG11 divulgaram relatório atualizado de suas carteiras.
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O anúncio de dividendos pelos fundos imobiliários XPML11, BROF11, AZLR11 e a divulgação de relatórios por VRTM11 e INLG11 estão entre os destaques desta quarta-feira (19), dia em que o mercado de IFIX tenta manter o viés positivo dos últimos pregões.
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O IFIX fechou ontem (18) em 3.060,51 pontos, alta de 0,52% em relação ao resultado da véspera e melhor resultado desde 16 de janeiro, quando havia ficado em 3.084,10 pontos. São três pregões seguidos de valorização, o que aconteceu pela primeira vez no ano, com alta acumulada de 2,09% nesse período.
Especialistas apontam que, mesmo com essa valorização, o cenário se mantém oportuno para investimentos, já que os preços dos fundos caíram de forma desproporcional nos últimos meses, sem que seus fundamentos justificassem a desvalorização.
Em fevereiro, foram realizados 12 pregões, com seis resultados negativos, sendo três na primeira semana, e seis positivos, especialmente a partir da segunda semana, quando investidores passaram a receber dividendos referentes ao mês de janeiro. Segundo analistas, muitos podem ter aproveitado para reforçar o portfólio com novas compras, aproveitando os descontos. O acumulado do mês está positivo em 1,32%.
Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:
Mercado imobiliário cresce, mas FIIs seguem “baratos”: o que acontece?
Em contraste com o boom do mercado imobiliário nos últimos meses, os FIIs ainda apresentam em sua maioria desvalorização no preço das cotas ao longo de 2025, em um cenário de altas taxas de juros e renda fixa mais atrativa. Essa assimetria pode oferecer boas oportunidades de compra para os investidores de longo prazo, afirmam os especialistas.
Para contextualizar, a pesquisa Fipezap revelou que o preço dos imóveis cresceu 7,7% em 2024, superando a inflação de 4,64%. O índice é o maior desde 2013. Além disso, houve um crescimento de 4,1% no setor de construção civil, com a geração de 230 mil novas vagas formais apenas de janeiro a outubro do ano passado.
Enquanto o setor vive um momento de crescimento, o mesmo não acontece com os FIIs, que acumulam baixas na bolsa de valores. Nos últimos 12 meses, a queda do principal índice de FIIs, o IFIX, supera a marca de 9%.
Segundo relatório da RBR, os FIIs de papel estão com um desconto médio de 12%, enquanto os FIIs de tijolo registram uma desvalorização de 21%. Para efeito de comparação, no auge da pandemia, esses percentuais foram de 14,5% e 17,8%, respectivamente.
A gestora, responsável pelos fundos RBRX11, PULV11, TOPP11 e outros, comenta que o comportamento do mercado pode ser explicado, em parte, pelo perfil dos investidores. “Como cerca de 65% do fluxo de compra e venda de FIIs vêm de pessoas físicas, distorções de preço, tanto para cima quanto para baixo, são comuns”, diz a empresa.
VRTA11 registra receita de R$ 14,5 milhões e mira novos investimentos
O fundo imobiliário VRTA11 encerrou janeiro com uma receita líquida de R$ 14,5 milhões, abaixo dos R$ 16,3 milhões registrados em dezembro, mas mantendo a distribuição de R$ 0,85 por cota no período, segundo relatório gerencial divulgado nos últimos dias.
O fundo também conta com uma reserva acumulada de R$ 0,58 por cota, garantindo suporte para futuras obrigações e complementação dos dividendos. O caixa do fundo fechou o mês em R$ 37,1 milhões, representando 2,7% do patrimônio líquido (PL).
Em dezembro, o fundo adquiriu R$ 34,3 milhões em operações compromissadas, com taxa de CDI + 0,89% ao ano e vencimento em dezembro de 2025, como parte de sua estratégia para novas alocações com melhores spreads.
Segundo a Fator, gestora do VRTA11, a qualidade do portfólio segue elevada, com mais de 99% dos CRIs adimplentes e cumprindo seus pagamentos regularmente. Uma das exceções é o CRI BR Distribuidora I, que desde abril de 2024 não realiza os pagamentos programados, levando o VRTA11 a marcar 100% de provisão para devedores duvidosos (PDD) para esse ativo.
INLG11 registra R$ 3,5 milhões em receita e mantém alta distribuição de dividendos
O fundo imobiliário INLG11 seguiu em sua trajetória de crescimento ao pagar R$ 0,74 por cota em dividendos em janeiro, mantendo a distribuição acima da média histórica. No período, o fundo registrou receita bruta de R$ 3,5 milhões e um resultado de caixa de R$ 3,26 milhões, com distribuição total de R$ 3,34 milhões aos cotistas.
O valor corresponde a um dividend yield anualizado de 13,2%, levando em consideração o preço de cota no fechamento de janeiro, de R$ 67,39.
Apesar da inadimplência pontual de um locatário e do não pagamento de reajuste por outro, a gestora do INLG11 afirma que o histórico do fundo demonstra recuperação rápida desses valores, com a maioria dos atrasos sendo encerrados no mês seguinte.
Segundo relatório gerencial, a vacância do INLG11 segue em patamares baixos, com vacância física média de 1,9% nos últimos 12 meses e uma vacância financeira de 1,2% no mesmo período. Neste contexto, a diversificação do portfólio do FII, composta por locatários dos setores de alimentos, bebidas, e-commerce, logística e farmacêutica, contribui para a mitigação dos riscos e garante maior previsibilidade na geração de receitas.
BROF11 mantém dividendos em R$ 0,57 por cota; XPML11 paga R$ 0,92 novamente
O fundo imobiliário BROF11 anunciou a distribuição de R$ 0,57 por cota em dividendos pelo segundo mês consecutivo. Considerando a cotação atual de R$ 49,95, os rendimentos do mês representam um dividend yield mensal de 1,14%, o que equivale a um yield anualizado de 13,70%.
Já o XPML11, um dos maiores FIIs de shopping do mercado, repetiu o valor dos proventos pelo décimo mês consecutivo, a R$ 0,92 por cota. A distribuição tem um retorno mensal de 0,93%, considerando o fechamento da cota em R$ 98,95.
O ALZR11 anunciou o pagamento de R$ 0,8055 por cota, mantendo a estabilidade em relação aos dividendos de janeiro. O valor representa um rendimento mensal de 0,82$, considerando o preço de mercado no fim do dia, de R$ 98,29.
Nos três casos anunciados nesta terça, os FIIs usaram o dia como Data Com, para fechar a lista de beneficiários dos dividendos de acordo com o número de cotas detidas no encerramento do pregão. O pagamento será realizado na próxima terça, dia 25.