XPML11, GGRC11 e BBIG11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (20/6)
XPML11 anunciou dividendos, enquanto GGRC11 e BBIG11 divulgaram relatórios detalhados de performance em maio.


Os fundos imobiliários XPML11, GGRC11 e BBIG11 são os destaques do mercado desta sexta-feira (20), dia do primeiro pregão após a elevação da Selic a 15% ao ano. A taxa foi anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central no início da noite de quarta-feira (18), após o fechamento dos mercados.

Antes da divulgação, o IFIX fechou em alta de 0,26%, em 3.441,08 pontos, na cotação máxima do dia, depois de operar em território positivo durante todo o pregão. É o melhor resultado desde 6 de junho, quando o índice bateu em 3.449,38 pontos, e depois disso entrou em queda por causa da possibilidade de taxação dos dividendos, confirmada com a Medida Provisória (MP) publicada no dia 11.
O resultado reduziu a perda acumulada do mês para 0,60%, e, embora a alta da Selic seja geralmente vista de forma negativa pelo mercado de FIIs, analistas acreditam que a decisão já estava precificada pelo mercado. Além disso, o comunicado emitido pelo Copom apontou que o ciclo de aperto monetário pode estar encerrado, se as atuais condições permanecerem.
“Isso é um sinal importante e positivo, que pode fomentar o fluxo de capitais para a renda variável e dar um respiro para os investidores”, aponta o economista-chefe da Suno, Gustavo Sung. Ele destacou, porém, que o Copom afirmou que os juros devem ser mantidos em alta por um período “bastante prolongado”.
Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:
GGRC11 encerra 1ª janela da 9ª emissão com 15,87 milhões de cotas subscritas
O fundo imobiliário GGRC11 registrou no mês de maio um resultado de R$ 11,33 milhões e distribuição de R$ 0,10 por cota, o que representa um dividend yield de 0,99% no mês — ou 11,88% anualizado — com base na cotação de R$ 10,10 no fechamento de maio.
O mês também marcou o encerramento da primeira janela da 9ª emissão de cotas, com 15,87 milhões de cotas subscritas a R$ 11,32 cada, totalizando R$ 179,7 milhões captados. Ao todo, incluindo o direito de preferência, já foram emitidas 16,36 milhões de cotas, somando R$ 185,1 milhões. No total, foram R$ 341,53 milhões captados.
Entre os destaques operacionais de maio, está a conclusão da compra de quatro imóveis do portfólio do RELG11, totalizando R$ 133,4 milhões. Além disso, para garantir equilíbrio de caixa e cumprir obrigações futuras, o fundo emitiu um novo CRI de R$ 25 milhões, lastreado em contratos com Ambev (CD Pelotas) e Aptiv.
BBIG11 dobra lucro e paga dividendos de 1,08% ao mês
O fundo imobiliário BBIG11 encerrou o mês de maio com um lucro líquido de R$ 11,962 milhões, mais do que o dobro do registrado em abril, quando o fundo havia apurado um resultado de R$ 5,692 milhões.
A partir desse resultado, o BBIG11 pagou um total de R$ 8,227 milhões em dividendos. Isso representa uma distribuição de R$ 0,08 por cota, resultando em um dividend yield de 1,08% no mês, equivalente a 94,98% do CDI líquido de imposto de renda. O volume de negociação das cotas em maio movimentou R$ 23 milhões em mais de 59 mil transações.
No período, o BBIG11 somou receitas totais de R$ 12,47 milhões, sendo que R$ 11,9 milhões, vieram diretamente das operações de venda realizadas nos meses anteriores. Após a distribuição de rendimentos, o fundo decidiu manter uma reserva estratégica de parte dos resultados.
SNEL11 reforça protagonismo da energia solar em meio a crise energética global
A escalada dos conflitos no Oriente Médio vem ampliando a volatilidade dos preços do petróleo e do gás natural e reforçando a importância de ampliar a exploração de fontes de energia renováveis e livres de problemas geopolíticos. É nesse momento que o SNEL11 vem reforçando sua presença no mercado, mostrando a capacidade de geração de valor da energia solar num momento de fragilidade estrutural da matriz energética global.
O principal fator de tensão, para os mercados tradicionais de energia, é o risco de instabilidade no Estreito de Ormuz, considerando o maior gargalo logístico do setor petrolífero: por um pequeno espaço na saída do Golfo Pérsico transita cerca de 20% do petróleo mundial.
Com isso, aumentaram os prêmios de risco do mercado de energia, e os agentes deram um passo a mais na busca por alternativas energéticas com menor dependência de questões que vão além de comércio, oferta e demanda. Tudo isso num momento em que o paradigma está sendo alterado.
Não é de agora que grandes consumidores já vêm em um movimento de precificar o risco político como um custo fixo da energia fóssil. Isso faz com que as fontes renováveis acrescentem, ao mérito ambiental, razões estratégicas e econômicas. “Energia limpa não é apenas ESG, mas também estratégia econômica e financeira contra choques de preço”, afirma Vitor Duarte, CIO da Suno Asset, responsável pela gestão do SNEL11.
Nesse sentido, o Brasil surge como protagonista no segmento da energia solar. Beneficiado por clima favorável, espaço geográfico amplo, abundância de insumos e uma matriz já predominantemente limpa, o país tornou-se um dos mercados mais dinâmicos do mundo para geração fotovoltaica.
XPML11 mantém estabilidade e anuncia mais uma vez dividendos de R$ 0,92 por cota
O fundo imobiliário XPML11 divulgou que distribuirá R$ 0,92 por cota em dividendos aos seus cotistas, referentes aos ganhos de maio. A distribuição será realizada em 25 de junho, e apenas os investidores que estavam posicionados no fundo ao final do pregão da última terça-feira (17) terão direito aos proventos.
Os dividendos declarados pelo XPML11 se referem aos lucros de maio do fundo, ainda não divulgados oficialmente pela gestão da XP Asset. O valor distribuído manteve-se inalterado em relação aos últimos 12 meses, com dividend yield mensal de 0,89%.
O XPML11 tem sua estratégia focada em shopping centers desde sua criação, em dezembro de 2017. Ao longo do tempo, o fundo tem sido considerado uma opção sólida para investidores visando renda de dividendos, além de potencial de valorização. Atualmente, o patrimônio líquido está avaliado em aproximadamente R$ 6,66 bilhões, com uma carteira composta por participação em 26 shopping centers e área bruta locável (ABL) própria de cerca de 330 mil metros quadrados.