SNFZ11, RVBI11 e MCMV11 estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (21/10)


Os fundos imobiliários RVBI11, MCMV11 e BRCO11 e o Fiagro SNFZ11 estão entre os destaques desta terça-feira (21), dia em que o mercado tenta se recuperar da terceira queda consecutiva.

O IFIX fechou o pregão desta segunda-feira (20) em 3.567,66 pontos, queda de 0,28% em relação ao resultado de sexta-feira (17). Desde quarta, quando o índice registrou o melhor fechamento do mês, a queda acumulada é de 0,51%. No mês, a perda é de 0,61%.
O índice de FIIs abriu em alta, mas desceu ao patamar negativo após a primeira hora e operou em queda constante até o meio-dia. Depois, um novo ciclo de queda se iniciou por volta das 15h, até o fechamento na cotação mínima do dia.
O economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung, acredita que o mercado deve seguir relativamente estável até sexta-feira (24), quando sai o IPCA-15, prévia da inflação de outubro. Se os números confirmarem a projeção de desaceleração, é possível que o mercado volte a se aquecer.
Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:
FII que investirá no Minha Casa Minha Vida divulga 1ª emissão de cotas
A BRM Asset iniciou a oferta pública da 1ª emissão de cotas do BRM Minha Casa Minha Vida FII III (MCMV11 e MCMV15), fundo imobiliário que investirá em empreendimentos enquadrados no Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). A captação inicial é de R$ 250 milhões, podendo alcançar R$ 312,5 milhões com o lote adicional de até 25%.
O valor da cota foi definido em R$ 100, já considerando o custo de distribuição de R$ 3,28 por cota. O fundo terá prazo de duração de cinco anos, prorrogável por mais dois, e funcionará como condomínio fechado. As cotas serão listadas na B3, mas não terão negociação durante os primeiros 36 meses, período previsto para as chamadas de capital do veículo, evitando variações de cota a mercado.
A oferta é destinada a investidores qualificados, com investimento mínimo de R$ 50 mil. O MCMV11/MCMV15 pretende investir majoritariamente em projetos localizados no Distrito Federal, Goiás e Santa Catarina, utilizando diferentes modelos de estruturação, como permuta financeira, equity preferencial e equity puro.
RVBI11 muda de nome e vai passar a ser negociado pelo ticker PSEC11
O fundo imobiliário RVBI11 comunicou ao mercado uma mudança em sua identidade de negociação. Ele passa a ter a denominação “Patria Securities Fundo de Investimento Imobiliário – Responsabilidade Limitada”, e a partir da abertura do pregão da próxima sexta-feira (24) utilizará o ticker de negociação PSEC11.
De acordo com o comunicado, a atualização tem como objetivo reforçar a integração do fundo ao ecossistema do Patria, após a incorporação recente dos ativos dos FIIs HGFF11 e BPFF11. Segundo a gestora, mas haverá qualquer alteração em sua política de investimentos, que continua a mesma prevista em seu regulamento.
O fundo tem mandato multiestratégia, que permite investir em qualquer tipo de ativo do mercado imobiliário. Hoje, 58% do patrimônio está alocado em FIIs líquidos, 33% em FIIs private placement e 5% em CRIs. O nível de alocação em ativos-alvo tem se mantido elevado ao longo dos meses, encerrando agosto de 2025 com 97,3%.
Gestor do BRCO11 explica estratégia para aquisições que estão sendo votadas em AGE
O fundo imobiliário BRCO11 convocou os cotistas para uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) que vai deliberar a compra de dois imóveis pertencentes a fundos administrados pela própria gestora: Bresco Simões Filho (região metropolitana de Salvador, BA) e Bresco Viracopos (Campinas, SP).
A transação considera R$ 81,3 milhões para Simões Filho e R$ 448,3 milhões para Viracopos, incluindo terrenos para futuras expansões no ativo paulista. Segundo o fato relevante, o pagamento será híbrido: parte em dinheiro e parte compensada via subscrições futuras de cotas do BRCO11.
O material de suporte enviado aos cotistas aponta valuation consolidado de R$ 462,7 milhões, cap rate de 11,5%, desconto de 13,5% frente ao laudo e potencial de expansão superior a 80 mil metros quadrados — com estimativa de elevar o resultado recorrente do fundo em até 7,6%.
SNFZ11 amplia receita de arrendamento e paga dividendos de 13,1% ao ano
O Fiagro SNFZ11, criado pela Suno Asset com foco em valorização patrimonial, alcançou uma receita recorde de arrendamento no mês de setembro, com R$ 114,3 mil recebidos pela cessão das três fazendas de seu portfólio.
O resultado ajudou o SNFZ11 a manter a distribuição mensal de dividendos de R$ 0,10 pelo quarto mês consecutivo, resultando em um dividend yield anualizado de 13,1%, alinhado ao nível de rendimentos adotado pela gestão desde o início do segundo semestre. O pagamento será feito na próxima sexta-feira (24), de acordo com a posição dos investidores ao fim do pregão do dia 15.
Conforme destaca a gestão do SNFZ11 do fundo em seu mais novo relatório gerencial, referente ao mês de setembro, o Fiagro destacou o início da fase preparatória para o plantio da soja na Fazenda Coliseu. Esse processo inclui a preparação e conservação do solo, práticas importantes para assegurar o manejo sustentável da água, prevenir a erosão e manter a fertilidade do solo, criando as condições ideais para a safra 2025/2026.