ALZR11, VRTM11 e TOPP11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (22/4)
ALZR11, VRTM11 e TOPP11 divulgaram relatório com destaques sobre a movimentação do mês de março; clique para saber mais sobre os FIIs.


Os fundos imobiliários ALZR11, VRTM11 e TOPP11 estão entre os destaques do mercado nesta terça-feira (22), reabertura do mercado após a sequência de feriados que emendou a Semana Santa e o dia de Tiradentes.

O setor tenta manter a sequência positiva da semana passada, quando o IFIX emendou sete altas consecutivas e fechou na quinta-feira (17) em 3.333,34 pontos, alta de 0,74% em relação ao dia anterior e resultado mais alto para o IFIX desde 20 de setembro do ano passado, quando o fechamento foi em 3.333,57 pontos.
Aquele momento marcava o início do ciclo de queda que durou por cinco meses, enquanto a Selic passava por um processo de elevação e saía de 10,75% para 14,25% ao ano. Agora, mesmo com nova alta projetada para a próxima reunião do Copom, em 6 e 7 de maio, o mercado de FIIs parece apresentar novamente potencial de crescimento.
Contribuem para essa perspectiva do mercado a queda dos juros de longo prazo vista nos últimos dias e um cenário de FIIs ainda descontados, ou seja, negociados em bolsa abaixo do valor patrimonial. Além disso, o setor parece ter se descolado dos impactos da guerra de tarifas entre EUA e China, que seguiu impactando os mercados nos últimos dias.
Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:
VRTM11 eleva resultado em março e alcança dividend yield de 1,28%
O fundo imobiliário VRTM11 registrou um resultado líquido de R$ 4,61 milhões em março, alta de 28,8% em relação aos R$ 3,58 milhões apurados em fevereiro. Com isso, o fundo distribuiu dividendos de R$ 0,09 por cota, retorno de 1,28% no mês, considerando a cotação de mercado do último dia de março — o que representa 156% do CDI.
De acordo com o relatório gerencial, o VRTM11 segue focado na realocação dos recursos captados na segunda oferta de cotas. A gestão, realizada pela Fator, pontua que os aportes vêm sendo direcionados a ativos com maior potencial de retorno para os cotistas.
Na carteira de imóveis, o fundo investiu R$ 8,7 milhões em um novo ativo e realizou sete recompras que somaram R$ 4,9 milhões, incluindo um kicker de R$ 221 mil — equivalente a R$ 0,00471 por cota. Já na carteira de FIIs, o mês de março foi marcado por vendas que que totalizaram R$ 21,7 milhões.
TOPP11 lucra R$ 3,5 milhões e mira revisões contratuais para ampliar receita
O fundo imobiliário TOPP11 registrou resultado líquido de R$ 3,5 milhões em março e anunciou a renovação de contrato com um dos inquilinos do Edifício Metropolitan por mais cinco anos. O novo valor acertado é, em média, 17% superior ao contrato anterior.
De acordo com o relatório gerencial, o fundo segue realizando negociações revisionais e renovatórias com reajustes médios acima de 15% nos imóveis da carteira. Ainda assim, o TOPP11 segue negociado com desconto superior a 25% em relação ao seu valor de avaliação, sinalizando uma possível assimetria entre o valor de mercado das cotas e o valor patrimonial dos ativos.
No âmbito financeiro, a gestão da RBR Asset enfrenta o desafio de quitar, até abril de 2026, uma parcela remanescente referente à aquisição de ativos. O valor é estimado em R$ 278,2 milhões, e a ideia original era captar recursos por meio de uma nova emissão de cotas. No entanto, com o atual cenário desafiador no mercado de capitais, a alternativa pode ser a emissão de um CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários).
RPRI11 registra lucro de R$ 3,81 milhões em março e investe em CRI
O fundo imobiliário RPRI11 encerrou o mês de março com um resultado de R$ 3,81 milhões, segundo o relatório gerencial mais recente. Como resultado da performance, o FII distribuiu R$ 1,10 por cota em dividendos, no dia 11 de abril.
Em março, o destaque foi o investimento de R$ 2,5 milhões no CRI Creditas II Mezanino, que oferece remuneração de IPCA + 12,55% ao ano. A operação é lastreada em uma carteira pulverizada de créditos do tipo home equity originados pela Creditas, com garantias como alienação fiduciária dos imóveis.
Além da nova alocação, o fundo RPRI11 realizou vendas que somaram R$ 36 milhões, com destaque para o CRI Yuny Brigadeiro Série II, no qual encerrou uma exposição residual de R$ 500 mil — equivalente a 0,15% do patrimônio líquido (PL). Ainda em março, a gestão revisou e manteve o rating de uma operação com R$ 20,5 milhões de exposição, o que representa 6,1% do PL do fundo.
ALZR11 supera R$ 10 milhões de lucro e paga dividendos acima da projeção
O fundo imobiliário ALZR11 divulgou um lucro total de R$ 10,174 milhões em março, superando o resultado obtido no mês anterior, que havia sido de R$ 9,942 milhões As receitas somaram R$ 11,278 milhões, enquanto as despesas ficaram em R$ 1,104 milhão no mesmo período.
Entre os destaques do mês, a gestão ALZR11 comunicou que o pagamento de dividendos será realizado nesta sexta-feira (25), no valor de R$ 0,8155 por cota. Esse valor supera o intervalo previsto pela gestão para o primeiro semestre de 2025, que era de R$ 0,79 a R$ 0,81 por cota.
Desde março, o ALZR11 passou a receber os aluguéis atualizados dos imóveis Atento e Sky. Esses contratos, pertencentes ao portfólio do Fundo Alianza Digital, foram corrigidos pelo IPCA acumulado dos últimos 12 meses, o que resultou em um ajuste de 5%.
Uma movimentação relevante da carteira foi a venda do imóvel anteriormente alugado para a Editora Moderna/Santillana, localizado em São Paulo. A venda, concluída com a empresa Diálogo Engenharia, totalizou R$ 53 milhões. A estrutura da transação foi desenhada de forma a garantir que o ALZR11 continue recebendo os rendimentos da locação por mais 30 meses, enquanto embolsa, simultaneamente, as parcelas do valor de venda.