CPTS11 de fora: confira a nova formação da carteira recomendada do BTG
CPTS11 deixa carteira recomendada do BTG, que ocupava desde janeiro de 2022. No período, o FII obteve um retorno acumulado de 16,2%.


O BTG Pactual atualizou sua carteira recomendada de fundos imobiliários (FIIs) para o mês de junho, promovendo mudanças estratégicas e adotando como principal mudança a retirada completa do CPTS11, presente na seleção desde janeiro de 2022. No período, o FII, um dos maiores do mercado, com patrimônio líquido de R$ 2,792 bilhões obteve um retorno acumulado de 16,2%.

A decisão reflete uma estratégia de redimensionamento do portfólio, buscando alocar recursos em ativos com maior potencial de crescimento. A redução na participação do VGIR11 também ocorreu devido à valorização recente do fundo, de 3,08% no último mês, abrindo espaço para o reforço em FIIs que apresentam melhor perspectiva de valorização.
Nesse sentido, a equipe de research do BTG optou pela ampliação da exposição a fundos de tijolo. Essa alteração visa potencializar retornos, considerando o cenário atual do mercado imobiliário corporativo e de varejo.
Os fundos GZIT11, de shopping centers, e BTLG11, de imóveis logísticos, receberam reforço na participação da carteira do banco. O GZIT11 teve aumento de 0,5 ponto percentual baseado em seus sólidos indicadores operacionais no primeiro trimestre de 2025. Segundo análise, os shoppings sob gestão do fundo apresentaram crescimento de 3,7% nas vendas anuais e alta de 1,1% no NOI (Lucro Operacional Líquido) de competência. Além disso, o índice de ocupação se manteve em 97%, indicando estabilidade no portfólio.
O resultado financeiro do GZIT11 no trimestre foi de R$ 36 milhões, superior aos R$ 25 milhões necessários para manter o dividendo de R$ 0,78 por cota, o que contribui para um dividend yield anualizado de 19,7%. Assim, o fundo sinaliza estabilidade para os investidores, com projeções positivas para o semestre.
Já o BTLG11 teve aumento de 3,0 pontos percentuais na exposição, beneficiado pelo ciclo favorável ao setor logístico e pelo potencial de incorporação do fundo SARE11, que, se concretizado, poderá gerar ganhos adicionais para os cotistas. Segundo o banco, o preço do BTLG11 aparece atualmente com um P/VP de 0,96x, considerado descontado frente à qualidade dos ativos, muitos localizados em um raio de até 60 km de São Paulo.
CPTS11 fora: confira outros detalhes da carteira de FIIs do BTG
Veja os FIIs indicados para junho pelo BTG Pactual:
Ticker | Segmento | Peso | DY |
BTCI11 | Recebíveis | 7,00% | 12,50% |
KNCR11 | Recebíveis | 13,50% | 13,80% |
KNIP11 | Recebíveis | 8,50% | 13,70% |
CLIN11 | Recebíveis | 3,50% | 15,10% |
RBRR11 | Recebíveis | 9,00% | 13,60% |
RBRY11 | Recebíveis | 8,00% | 14,10% |
VGIR11 | Recebíveis | 2,00% | 15,10% |
VILG11 | Galpões logísticos | 6,00% | 9,50% |
BRCO11 | Galpões logísticos | 4,50% | 9,60% |
BTLG11 | Galpões logísticos | 10,00% | 9,30% |
BRCR11 | Lajes corporativas | 3,50% | 12,30% |
PVBI11 | Lajes corporativas | 5,00% | 7,50% |
HGBS11 | Shoppings | 3,50% | 9,60% |
GZIT11 | Shoppings | 2,50% | 19,70% |
TRXF11 | Renda Urbana | 7,00% | 10,90% |
HGRU11 | Renda Urbana | 3,50% | 8,80% |
BTHF11 | Hedge Fund | 3,00% | 12,70% |
O dividend yield anualizado do BTLG11 é estimado em 9,3%, com expectativa de valorização ao longo do médio e longo prazo. Com a revisão da carteira, o banco passou a recomendar 17 ativos, mantendo uma liquidez média diária de R$ 4,6 milhões. O dividend yield médio ponderado também apresentou leve alta, de 12,0% para 12,1% neste mês.
Em maio, a carteira de FIIs apresentou desempenho positivo de 1,61%, alinhado ao avanço de 1,44% do índice IFIX no mesmo período. Essas mudanças estratégicas buscam melhorar o desempenho do portfólio, com foco na valorização dos ativos e na geração de renda consistente para os investidores.