Em meio a “batalha econômica”, Credit Suisse (CSHG) revela sua estratégia de posicionamento

Em meio a “batalha econômica”, Credit Suisse (CSHG) revela sua estratégia de posicionamento

A Credit Suisse Hedging-Griffo (CSHG) informou nesta segunda-feira, 30 de março/20, qual será seu posicionamento em razão dos efeitos causados pelo novo
Coronavírus, o qual trouxe uma série de incertezas e alta volatilidade ao mercado.

A administradora atualmente possui 8 FIIs sobre seu comando, sendo eles:

CSHG: Distribuição de rendimentos

A política de distribuição de rendimentos será alterada neste período de maior instabilidade, refletindo em cada mês os possíveis impactos decorrentes dos ativos de cada FII, tais como:

Segundo a CSHG, a intenção desta alteração é preservar o caixa dos fundos e demonstrar ao mercado, de forma transparente, o atual patamar de geração de caixa recorrente, sendo que, atualmente, não existe qualquer previsão de suspensão do pagamento mensal de rendimentos.

“Estamos atentos à situação dos nossos locatários, mas especialmente sensíveis àqueles que atuam em segmentos com grande impacto”, destacou o CSHG.

Com isso, a cota patrimonial do HGCR11 e HGFF11 refletirão, em maior escala, as oscilações de preço existentes no mercado financeiro, enquanto os demais fundos (com imóveis) terão uma cota contábil com menor oscilação.

CSHG: Apresentação dos principais dados de cada FII

CSHG Real State – HGRE11 – PL R$ 1,76 bilhões

O fundo HGRE11 tem como principal foco a exploração de empreendimentos imobiliários voltados para atuação de escritórios/corporativo e seu portfólio possui aproximadamente 211 mil m².

A vacância física atual do fundo se encontra em 21,2% e possui como principais locatários as empresas Totvs e Vivo que representam 37% da receita de locação.

O fundo possui atualmente um valor considerável de obrigações relacionadas a imóveis recentemente adquiridos.

Dentre estas obrigações, a principal delas com vencimento em até um ano, é a última parcela da aquisição do edifício Martiniano, no valor de R$ 129.500.000,00 em dezembro de 2020. Além disso, o fundo possui R$ 29 milhões em caixa, alocados em renda fixa, R$ 19
milhões em fundos de investimento imobiliário e R$ 17,7 milhões a receber da segunda parcela da venda do Ed. Delta Plaza, localizado na Av. Paulista.

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CSHG Logística – HGLG11 – PL R$ 1,56 bilhões

O fundo HGLG11 tem como principal estratégia a exploração de galpões logísticos, seu portfólio possui 489 mil m² de área bruta locável e 6,4% de vacância física.

Atualmente, o fundo possui como principal locatário a Volkwagen localizada em Vinhedo-SP que representa 33% da receita de locação.

O fundo hoje não possui nenhuma obrigação de pagamento relevante em sua carteira. No entanto, no dia 28 de fevereiro de 2020, o fundo assinou um Instrumento Particular de Compromisso de Compra e Venda de três galpões no município de Extrema, estado de
Minas Gerais, pelo preço de aproximadamente R$ 89 milhões.

Além disso, o fundo possui aproximadamente R$ 101 milhões em fundos de renda fixa, títulos públicos e letras de crédito imobiliária, R$ 167 milhões em fundos de investimento imobiliário, R$ 37 milhões em certificado de recebíveis imobiliários, e R$ 18 milhões a receber pela venda do imóvel Air Liquide em Campinas-SP.

Por fim, no dia 26 de março de 2020, houve a venda dos ativos na região de Atibaia- SP, na qual o fundo recebeu à vista R$ 61 milhões e poderá receber até R$ 19 milhões em outras
parcelas a prazo, o que elevaria o Caixa, Ativos Líquidos e Contas a Receber para até R$ 402 milhões.

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CSHG Recebíveis Imobiliários – HGCR11 – PL R$ 1,25 bilhões

O fundo HGCR11 tem como principal estratégia o investimento em empreendimentos imobiliários por meio de aquisição, preponderantemente, de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), os quais representam 65% da carteira.

Atualmente, a carteira possui 40 CRIs, 100% deles com garantia real, LTV médio de 56% e um ativo com exposição superior a 5% (Iguatemi Fortaleza). Entre os demais CRIs, 14 tem exposição de 2 a 5% e 25 inferior a 2%.

O fundo possui atualmente cerca de 15% de seu patrimônio alocado em FIIs, sendo aproximadamente metade deste valor referente à posição no SPVJ11, fundo de varejo lastreado totalmente em contratos de locação atípicos, e o restante majoritariamente exposto a fundos de CRIs listados em Bolsa.

Ainda, existem aproximadamente R$ 248 milhões em caixa (20% do patrimônio do fundo) e não possui nenhuma obrigação de pagamento em sua carteira.

O CSHG apresentou uma tabela completa da carteira, em que foi explorado as principais características de cada ativo, incluindo o tamanho da exposição, setor, tipo de estrutura, LTV, garantias e demais aspectos relevantes, de forma que seja possível entender o perfil de alocação dos CRIs do HGCR11.

hgcr11 hgcr11

CSHG Renda Urbana – HGRU11 – PL R$ 1,04 bilhões

O fundo HGRU11 é focado na exploração de imóveis educacionais e de varejo, possuindo hoje um portfólio de 234 mil m² e 0% de vacância física.

Atualmente, o fundo possui 87% dos seus contratos em regime de locação atípica e tem como principal locatário o Grupo BIG, em 10 ativos, representando aproximadamente 60% da receita de locação.

Das obrigações, o fundo possui somente os custos de transação das últimas aquisições como ITBI e despesas jurídicas no valor aproximado de R$ 18 milhões e uma parcela residual de R$ 4,5 milhões da aquisição do edifício Santo Alberto em São Paulo-SP
quando cumpridas determinadas condições resolutivas. Além disso, o fundo possui
aproximadamente R$ 10 milhões em fundos de investimento de renda fixa, R$ 92 milhões em fundos de investimento imobiliário e R$ 3 milhões em certificados de recebíveis imobiliário.

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CSHG Imobiliário FOF – HGFF11 – PL R$ 147 milhões

O fundo HGFF11 tem por objeto proporcionar a seus cotistas a valorização e a rentabilidade de suas cotas no longo prazo, conforme a política de investimentos do fundo, preponderantemente pelo investimento em cotas de fundos imobiliários.

O fundo possui, atualmente, 95% de seu patrimônio alocado em FIIs (25 FIIs), sendo que, 100% das nossas posições em fundos de shoppings e logística, bem como a maior parte dos fundos de lajes corporativas, são através de fundos multiativos, reduzindo o risco de concentração por ativo e inquilino.

Ainda, vale ressaltar que buscamos analisar os fundos imobiliários através de uma ótica
fundamentalista, considerando seu custo de reposição, valor do m², solidez dos inquilinos, qualidade do ativo, dentre outros.

Sendo assim, com a recente desvalorização no mercado secundário, temos verificado oportunidades para uma possível realocação do nosso portfólio.

CSHG Prime Offices – HGPO11 – PL R$ 337 milhões

O fundo HGPO11 é focado na exploração dos prédios de escritórios Metropolitan e Platinum, que atualmente possuem 1,73% de vacância física. O ativo possui, em sua grande maioria, inquilinos com atuação no setor financeiro e holding familiar.

O HGPO11 é um fundo imobiliário que não tem qualquer tipo de obrigação relevante a pagar. Seu caixa e ativos líquidos são aplicações em renda fixa.

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Os prédios Metropolitan e Platinum se destacam por sua excelente localização e por seu perfil de ocupação caracterizado por escritórios tipo boutique e inquilinos em negócios de alto valor agregado.

Castello Branco Office Park – CBOP11 – PL R$ 121 milhões

O fundo CBOP11 é focado na exploração da torre corporativa Jatobá, o qual hoje possui 10,37% de vacância física. O ativo possui como principal locatário a Enel, representando 60% da receita de locação contratada do fundo, seguida pela Azul Linhas Aéreas com 25% e Odontoprev com 15%.

O CBOP11 é um fundo monoativo que não tem qualquer tipo de obrigação relevante a pagar. Seu caixa e ativos líquidos são aplicações em renda fixa.

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A Torre Jatobá se destaca por suas características técnicas e por sua localização privilegiada quando se trata do mercado de escritórios Alphaville.

CSHG GR Louveira – GRLV11 – PL R$ 141 milhões

O fundo GRLV11 é focado na exploração do galpão logístico GR Louveira, o qual hoje possui 8,2% de vacância física. O ativo possui como principal locatário a Ambev S.A. representando 82% da receita de locação contratada do fundo.

O GRLV11 é um fundo monoativo que não tem qualquer tipo de obrigação relevante a pagar. Seu caixa e ativos líquidos são aplicações em fundos de investimento de renda fixa.

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O GR Louveira se destaca por suas características técnicas e de localização. Recentemente, o ativo teve todos os contratos com os inquilinos renegociados e passou por uma benfeitoria na pavimentação do piso de manobra.

Com essas informações, o CSHG declarou que tem consciência, porém, da atipicidade da situação atual, onde suas decisões devem ser pragmáticas, mas também devem considerar sua responsabilidade com seus parceiros, locatários e fornecedores.

“Acreditamos que situações como a atual, são cruciais na construção e reforço de relações duradouras e de longo prazo. Nossas decisões são e serão tomadas com o objetivo de fortalecer estas relações”, destacou a CSHG.

Por fim, informou que seu comunicado tem caráter meramente informativo e foi desenvolvido para fins de conhecimento sobre as perspectivas e análises efetuadas pela área de administração dos FIIs mencionados.

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