FIIs comprados pelo Pátria vão convocar AGE para aprovar nova gestão
Transação envolveu sete fundos, com valor patrimonial aproximado de R$ 12 bilhões, e terá de ser aprovada pelos cotistas.
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![Foto: Fernando Cesarotti](https://files.fiis.com.br/uploads/perfil.jpg)
O grupo Pátria prepara o último passo da transição no processo de compra dos fundos imobiliários (FIIs) da Credit Suisse: vai convocar assembleia geral extraordinária (AGE), de forma virtual, para que os cotistas possam aprovar as mudanças. O processo, junto às autoridades, foi considerado concluído após a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), anunciada em fevereiro.
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Na prática, os times de gestão dos fundos imobiliários continuam os mesmos, já que os profissionais que atuavam na Credit Suisse foram contratados pelo Pátria ao longo do processo de aquisição. A empresa justificou a decisão dizendo que ela visa “proporcionar continuidade dos serviços de gestão atualmente prestados aos FIIs” e que o time “corrobora a relevância da atividade imobiliária dentro da estratégia do Pátria”.
A AGE, desta forma, servirá para aprovar a gestão da empresa e a escolha de outra empresa para os serviços de administração fiduciária.
Ao todo, são sete fundos envolvidos na transação, com o seguinte patrimônio líquido, segundo os informes mais recentes, divulgados em fevereiro:
- HGLG11 (logística) – R$ 5,3 bilhões
- HGRU11 (renda urbana – varejo e educacional) – R$ 2,3 bilhões
- HGRE11 (lajes corporativas) – R$ 1,8 bilhão
- HGCR11 (papel) – R$ 1,5 bilhão
- HGPO11 (lajes corporativas prime) – R$ 540,8 milhões
- HGFF11 (FOF) – R$ 270,9 milhões
- CBOP11 (propriedade de 50% do Castello Branco Office Park, em Barueri) – R$ 101,4 milhões
A negociação original incluía também o HGRS11, de imóveis residenciais, mas esse fundo imobiliário está em processo de liquidação, após a venda de todos os seus ativos.
Ao todo, o Pátria pagou US$ 130 milhões ao Credit Suisse, que decidiu se desfazer de suas operações de fundos imobiliários no Brasil depois de uma crise em sua matriz, na Suíça, que levou à compra de todas as operações por outro banco local, o UBS.
Por ora, a operação dos demais FIIs sob gestão do Pátria, como o PATL11 e o PATC11, seguirá de forma segregada dos fundos adquiridos junto ao Credit Suisse, sem previsão de fusão ou incorporação, ao menos no atual cenário.