Fundo imobiliário de desenvolvimento é sinônimo de alto risco? Entenda

Fundo imobiliário de desenvolvimento é sinônimo de alto risco? Entenda

Os fundos imobiliários de desenvolvimento são investimentos que visam financiar projetos imobiliários de construções residenciais, shoppings centers, hotéis, prédios corporativos, etc. Por estarem diretamente envolvidos em empreendimentos ainda em andamento, os FIIs de desenvolvimento são conhecidos pelos altos retornos e também pelos seus riscos. Mas como funciona o controle de risco em fundos de desenvolvimento?

Para entender como os fundos podem otimizar seus ganhos e mitigar os riscos, conversamos com a TG Core – que faz parte da holding Trinus .co, responsável pela gestão do fundo imobiliário TGAR11.

A gestora afirma que existe internamente uma análise muito criteriosa para fazer a decisão de investimento em qualquer projeto imobiliário. “Para fazer parte da carteira do TGAR11, os ativos selecionados passam por procedimentos criteriosos”, afirma a TG Core. 

Mas como isso é feito? Existe um time responsável pela seleção de novos ativos. A equipe faz a análise dos potenciais parceiros, unindo a consultoria jurídica e o corpo técnico da gestora. Ou seja, tanto engenheiros como arquitetos analisam projetos e estudam a viabilidade dos produtos.

O co-CEO da Trinus, Diego Siqueira, explica como essa estrutura é operacionalizada. “A Trinus possui uma estrutura muito robusta para garantir que a operação dos empreendimentos investidos siga as melhores práticas e todas as exigências que o mercado espera”, comenta. 

“Conforme o tipo de sociedade, esses times podem atuar de forma ativa para o empreendimento. E em formatos cuja operação é do parceiro, nossos times são responsáveis por monitorar os indicadores e garantir que tudo esteja dentro do planejamento”, conclui.

Estrutura robusta de controle e diversificação

Quando perguntado qual seria o “segredo” do TGAR11 em oferecer o equilíbrio entre “risco e retorno, Siqueira destaca que é essa “estrutura robusta” de controle que garante o controle de risco do fundo de desenvolvimento. A Trinus conta com mais de 600 colaboradores que atuam nessa “grande engrenagem”. 

A gestora do TGAR11 conta que o ecossistema de acompanhamento da empresa possui times de contabilidade e controladoria, que operam exclusivamente a parte financeira das sociedades investidas, além de equipes de engenharia, atendimento ao cliente, secretaria de vendas, gestão de recebíveis e até marketing dos empreendimentos.

Somado a isso, um fundo imobiliário de desenvolvimento também faz seu controle de risco através da diversificação de ativos. No caso do fundo imobiliário TGAR11, o fundo investe em diferentes projetos com diversos perfis: 

Deste modo, ao diversificar seu portfólio, o fundo de desenvolvimento consegue mitigar o risco, evitando “aportar” todo seu capital em um único setor.

Até o último relatório publicado neste mês de fevereiro, o TGAR11 conta com 186 ativos, localizados em 20 estados e 106 municípios. Desde sua fundação em 2017, o fundo paga dividendos todos os meses. 

Os dividendos do TGAR11 foram de R$ 1,30 por cota distribuídos no dia 8 de fevereiro, com um Dividend Yield de 1,09% com base na cotação de R$ 119,00 da data com (31/01). 

Como funcionam um fundo imobiliário de desenvolvimento?

Basicamente, os investidores compram cotas desse dos fundos imobiliários de desenvolvimento na bolsa de valores, e os recursos são usados para financiar determinados empreendimentos imobiliários. 

Uma vez concluído, o imóvel é vendido ou alugado, gerando receita para o fundo e, consequentemente, para os cotistas. 

A distribuição de lucros ocorre através de dividendos, uma vez que os FIIs são obrigados a distribuir pelo menos 95% do seu lucro aos seus investidores. 

Por fim, como todo ativo de renda variável, os fundos imobiliários precisam ser analisados antes de qualquer decisão de investimento. Além disso, esta matéria não é uma recomendação de investimentos. Seu objetivo é puramente educacional.

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foto: Gustavo Silva
Gustavo Silva

Jornalista com doutorado pela UFMG e produtor de conteúdo da unidade de mídias da Suno. Também trabalha no Suno Notícias e Funds Explorer, fazendo a cobertura de FIIs, Fiagro e FI-Infra.

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