SNFF11 paga dividendos de 1,49% ao mês e explica novos investimentos; veja valor
O SNFF11, fundo imobiliário da Suno Asset com foco no investimento em outros FIIs, encerrou outubro com um resultado de R$ 2,633 milhões. No mês, o FOF pagou R$ 1,10 por cota, o que se traduziu em um rendimento de 1,49% no mês quando se considera a cota de fechamento de novembro.
O resultado foi sustentado por uma receita total de R$ 2,863 milhões, frente a despesas de R$ 230 mil. A maior parte dessa receita veio justamente da base principal de investimentos do fundo, que são os FIIs da carteira, que responderam por cerca de R$ 2,5 milhões em rendimentos.
Além disso, as operações realizadas no mês renderam aproximadamente R$ 337 mil em ganho de capital, conforme descrito nas movimentações de carteira.
A estratégia em ações também colaborou, adicionando cerca de R$ 24 mil em dividendos pagos pelas empresas investidas. Já a parcela de caixa aplicada em instrumentos de renda fixa acrescentou outros R$ 51 mil ao resultado mensal do FII SNFF11.
Mesmo após essa distribuição de dividendos do SNFF11, o FII encerrou o período com um saldo de reserva acumulada de R$ 0,63 por cota, o que oferece certa folga para a gestão na condução das próximas distribuições.
Em paralelo ao desempenho econômico, outubro também marcou um passo importante na reorganização do FII. Assim, foi divulgada a ata da assembleia geral extraordinária que aprovou a fusão/incorporação do SNFF11 pelo SNME11, fundo multiestratégia/hedge fund sob gestão da Suno Asset.
A expectativa é de que a operação seja efetivada ao longo do primeiro trimestre de 2026. Até lá, especialmente no fim de 2025, a gestora pretende utilizar o período para estruturar operações consideradas benéficas ao portfólio consolidado dos dois fundos após a combinação.
Movimentações da carteira do SNFF11
Com o objetivo de realizar lucros em posições já bem precificadas e reforçar a liquidez do portfólio, o fundo SNFF11 promoveu vendas relevantes em FIIs listados.
Dessa forma, foram vendidas cotas de HGRU11 em montante próximo a R$ 3 milhões, ao mesmo tempo em que a gestão encerrou totalmente a posição em GSFI11, somando aproximadamente R$ 5,0 milhões em alienações.
No segmento de ações, o fundo vendeu a totalidade da posição em ALOS3, apurando um ganho de capital de R$ 460 mil, o equivalente a R$ 0,11 por cota do fundo imobiliário SNFF11.
Do lado das novas alocações, o foco foi sobre oportunidades percebidas como descontadas frente ao valor intrínseco dos ativos.
O fundo SNFF11 passou a adquirir cotas de IRDM11, mirando o que enxerga como um desconto excessivo da cota em bolsa. A tese é de que essa alocação proporciona um carrego competitivo pelos rendimentos correntes, e a possibilidade de ganho adicional na medida em que esse desconto seja reduzido.
A gestão direcionou cerca de R$ 2 milhões para a compra de cotas de PATL11, fundo voltado ao segmento industrial e logístico.
Na avaliação da gestão do SNFF11, o FII PATL11 é negociado no mercado secundário com desconto expressivo em relação ao valor justo das propriedades imobiliárias subjacentes, mesmo já considerando possíveis reavaliações negativas diante dos desafios do portfólio.