Fundo imobiliário cai mais de 11%; Veja as maiores quedas de FIIs em outubro

Um fundo imobiliário do IFIX liderou as perdas do mês de outubro, com uma queda de 11,25%. Veja as maiores quedas de FIIs em outubro.

Fundo imobiliário cai mais de 11%; Veja as maiores quedas de FIIs em outubro
Fundos imobiliários. Foto: Pixabay

O IFIX, principal índice de fundos imobiliários da B3, apresentou baixa de 0,28% em outubro, chegando aos 3.146,95 pontos. Com isso, o índice acabou interrompendo uma sequência de 6 valorizações mensais seguidas.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central realizou o terceiro corte seguido na Taxa Selic nesta quarta-feira (1º), que chegou a 12,25% ao ano. A expectativa é de que um novo corte de igual magnitude (0,5 p.p.) aconteça ainda na próxima reunião.

Apesar das baixas na Taxa Selic serem positivas para fomentar a demanda por ativos de renda variável, como os fundos imobiliários, por exemplo, os FIIs já anteciparam esse movimento e apresentaram um forte rali de alta nos últimos meses.

Com o P/VP de muitos fundos imobiliários ficando próximo de 1,00 novamente, ou até mesmo ultrapassando esse número, a margem para novas valorizações relevantes pode ficar mais limitada.

Dentre os destaques negativos do IFIX em outubro, um dos setores que mais “sofreu” no período foi o de lajes corporativas, ou seja, dos FIIs de escritório.

  1. XPPR11: -11,25%
  2. AIEC11: -11,14%
  3. CPTS11: -9,64%
  4. HGRE11: -9,14%
  5. RBRP11: -9,04%

XPPR11

O fundo imobiliário XPPR11 caiu 11,25% em outubro e liderou as perdas do período. O FII de lajes corporativas está com uma vacância elevada em sua carteira de ativos, que alcançou a marca de 45%.

O portfólio do XPPR11 conta com 3 imóveis e uma área bruta locável (ABL) de 65 mil metros quadrados. Além da busca para reduzir essa vacância, a gestão também pretende diminuir seu atual nível de alavancagem, que é de R$ 591 milhões, e que representa as dívidas em aberto do FII.

AIEC11

O fundo imobiliário AIEC11 apresentou uma desvalorização de 11,14% em outubro. Na etapa final do mês, a gestão divulgou um comunicado informando que a atual locatária do ativo Rochaverá Torre D, a Dow Química, não aceitou a proposta para renovar o acordo de locação após o contrato terminar.

Apesar disso, o AIEC11 diz que o acordo permanece sem mudanças sobre seus termos e condições até o momento. O contrato de aluguel tem como referência uma área de 14.468 m² e vai vencer em janeiro de 2025.

CPTS11

Já o fundo imobiliário CPTS11 caiu 9,64% em outubro, acumulando uma desvalorização relevante de mais de 90% no intervalo de 1 ano. Vale destacar que os dividendos do FII se encontram no segundo menor valor desde que o fundo foi criado.

Os rendimentos do CPTS11 foram distribuídos em 19 de outubro. A quantia foi de R$ 0,054 por cota. Desde que o fundo foi criado, esse valor é maior apenas que o dividendo distribuído em dezembro de 2022, de R$ 0,037 por cota.

HGRE11

A queda do fundo imobiliário HGRE11 em outubro foi de 9,14%. Durante o mês, foi anunciado seu relatório de resultados mensais. O lucro de setembro foi de R$ 6,818 milhões, enquanto em agosto esse resultado era de R$ 7,238 milhões.

A vacância financeira do FII HGRE11 foi aumentada em 0,22%. Em meio a queda acumulada do IGP-M no intervalo de 1 ano, ocorreu um ajuste negativo no valor do aluguel do Edifício Chucri Zaidan em 6,86%, o que impactou a receita do fundo em R$ 166.274,42 (R$ 0,014 por cota).

RBRP11

O fundo imobiliário RBRP11, por sua vez, caiu 9,04% no mês de outubro, em meio a continuidade da distribuição de dividendos que representam o menor patamar da história do FII. Em outubro, foram pagos R$ 0,25 por cota, valor que se manteve estável em relação ao mês anterior.

No ano de 2023, os rendimentos do RBRP11 totalizam R$ 2,66 por cota, uma baixa de 41,41% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram pagos R$ 4,54 por cota. Em meio a esses fatores, o RBRP11 está na lista dos fundos imobiliários do IFIX com os piores desempenhos de outubro.

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foto: João Vitor Jacintho
João Vitor Jacintho

Redator profissional, com atuação no mercado editorial na produção de notícias e conteúdos sobre o mercado financeiro, fundos imobiliários e economia popular.

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