IFIX oscila, mas emenda segunda alta; GARE11 sobe em dia de pagamento de dividendos
O IFIX teve mais um dia de oscilação, chegando a operar no patamar negativo, mas se recuperou e fechou na segunda alta consecutiva


O IFIX teve mais um dia de oscilação, chegando a operar no patamar negativo em alguns minutos, mas se recuperou e fechou na segunda alta consecutiva, aos 3.389,16 pontos, 0,05% acima do resultado da véspera.

Foi o primeiro pregão após a nova elevação da Selic, para 14,75% ao ano, feito pelo Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, no início da noite de quarta-feira (7)
O índice de FIIs oscilou positivamente na maior parte do pregão, mas recuou depois das 15h e se recuperou nos minutos finais, voltando a operar em patamar positivo. O dia marcou o início dos pagamentos dos dividendos referentes aos resultados de abril.
Muitos dos FIIs que anunciam os valores na virada do mês fazem o pagamento no quinto dia útil, num período que costuma causar movimentação positiva. Um dos pagantes, o GARE11, teve forte alta, de 1,50%, negociado a R$ 8,80.
Eliane Teixeira, economista da Cy Capital, acredita que o mercado de FIIs tem espaço para se estabilizar de forma positiva após a decisão do Copom. “O comunicado trouxe sinais de que o ciclo de alta da Selic pode ter chegado ao fim, ao indicar que o balanço de riscos para a inflação está mais equilibrado”, afirma a especialista.
Com isso, ela acredita que há espaço para algum alívio nas taxas de juros futuras, que vinham precificando um cenário mais adverso. Essas taxas influenciam diretamente a percepção dos investidores sobre os fundos imobiliários. “O movimento abre caminho para uma continuidade na recuperação dos FIIs, ainda descontados em relação aos seus valores patrimoniais. O ambiente segue desafiador, mas o tom do Copom ajuda a consolidar uma perspectiva mais construtiva.”
IFIX – resumo do dia 08/05/2025
- Fechamento: 3.389,80 pontos (+0,05%)
- Mínima: 3.385,84 (-0,07%)
- Máxima: 3.391,36 (+0,09%)
- Acumulado da semana: -0,87%
- Acumulado do mês: -0,67%
- Acumulado do ano: +8,78%
FII do Itaú lidera altas; CPTS11 reduz volume de vendas
O ITRI11, fundo imobiliário da Itaú Asset, vertical de gestão de fundos do Itaú Unibanco, teve a maior alta do dia, negociado a R$ 79,96, com avanço de 2,26% em relação à véspera. O CCME11 veio em seguida, com alta de 2,22% e fechamento a R$ 9,20.
Na outra ponta, o HGRU11 registrou a maior queda do dia, de 1,51%, com fechamento a R$ 119,10. Outro FII de renda urbana, o VINO11, apareceu entre as maiores baixas, com recuo de 1,19%, a R$ 5,00.
Depois de ultrapassar as 3 milhões de cotas negociadas na terça-feira (6), o CPTS11 registrou um volume bem abaixo da média, com menos de 400 mil papéis vendidos, um dia após a data base para o exercício dos direitos de preferência da 13ª oferta de cotas. O fundo fechou em alta de 1,08%, a R$ 7,48.
O MXRF11, outro FII entre os mais populares do mercado, subiu 0,22%, a R$ 9,30. Já o VGHF11 fechou estável, a R$ 7,57.
A carteira teórica do IFIX é renovada a cada quatro meses pela B3, e a versão mais recente passou a ser usada nesta segunda-feira (5). Entre os indicadores para que um FII seja selecionado estão valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição da carteira, com 117 fundos imobiliários, valerá até o fim de agosto.