IFIX bate quarto recorde seguido, antes do Copom e após corte de juros nos EUA
IFIX fechou na máxima histórica pela quarta vez consecutiva, a sétima nos últimos nove pregões, em 3.563,31 pontos.


O mercado de fundos imobiliários manteve-se em tendência de alta nesta quarta-feira (17), com mais um recorde para o IFIX, que fechou na máxima histórica pela quarta vez consecutiva, a sétima nos últimos nove pregões, em 3.563,31 pontos.

A alta de 0,18% em relação ao resultado da véspera se consolidou após a queda dos juros nos EUA, para o intervalo entre 4% e 4,25% ao ano. Já o anúncio do Banco Central sobre a manutenção da Selic em 15% ao ano ocorreu apenas depois do fechamento das negociações.
O índice de FIIs operou em alta durante todo o dia, mas, ao contrário da véspera, atingiu a máxima por volta do meio-dia. Durante a tarde, oscilou em patamar menor, mas ainda acima do resultado da véspera.
O analista de crédito estruturado da Suno Asset, Bruno Zocchi, acredita que o comunicado do Copom pode trazer um impacto positivo para o mercado de FIIs, ainda que as decisões de juros viessem sendo precificadas nos últimos meses.
“A indicação de que a política monetária parece estar surtindo efeito, com as expectativas inflacionárias mais ancoradas, tende a fazer com que os investidores entendam que o início do ciclo de cortes da Selic está se aproximando”, aponta o especialista, que atua nos times de gestão dos fundos imobiliários SNCI11, SNFF11 e SNME11. Isso pode aumentar a procura pelos ativos de renda variável, contribuindo para a alta dos preços.
IFIX — resumo do dia 17/09/2025
- Fechamento: 3.563,31 pontos (+0,18%)
- Mínima: 3.556,89 (-0,00%)
- Máxima: 3.565,42 (+0,24%)
- Acumulado da semana: +0,81%
- Acumulado do mês: +2,50%
- Acumulado do ano: +14,34%
TRBL11 lidera altas; CACR11 reverte parte dos últimos ganhos
O TRBL11, FII de imóveis logísticos, registrou a maior alta do dia, de 3,48%, com fechamento a R$ 63,68, enquanto o GZIT11, de shoppings, subiu 2,23% e terminou o dia negociado a R$ 46,25.
Na outra ponta, o OUJP11 teve a maior queda, de 3,727%, a R$ 76,80 no encerramento da sessão. Depois de figurar entre as maiores altas nos últimos dias, o CACR11 reverteu parte dos ganhos e caiu 1,41%, negociado a R$ 80,15.
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
O CPTS11, que distribuiu R$ 27,9 milhões em dividendos, ou R$ 0,085 por cota, subiu 0,27%, a R$ 7,45. O MXRF11 fechou estável, em R$ 9,77, assim como o GARE11, a R$ 9,04, ambos mantendo o preço pelo terceiro dia consecutivo.
A carteira teórica do IFIX é modificada a cada quatro meses pela B3. A seleção de um fundo imobiliário leva em conta fatores como valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição, com 115 FIIs, começou a valer na semana passada e valerá até o fim do ano.