Veja os 3 maiores erros de investidores de fundos imobiliários
O mercado de fundos imobiliários ganhou mais de 73 mil novos investidores em setembro, conforme mostrado em relatório mensal divulgado pela B3. Muitos dos que estão começando agora a investir em FIIs podem passar por certas dificuldades na hora de escolher bons ativos.
Infelizmente, muitos investidores acabam alocando boa parte do seu patrimônio sem ao menos ter alguns conhecimentos básicos do mercado, ou de fato não sabendo a “essência” por trás do investimento em fundos imobiliários.
Com isso, alguns erros acabam sendo mais comuns do que se espera, o que pode custar, logo de início, valores consideráveis do capital disponível para investimento, gerando perdas. Para ajudar os novos cotistas nessa jornada, veja quais são os 3 maiores erros de investidores de FIIs.
Veja os 3 maiores erros de investidores de FIIs
Os 3 maiores erros dos investidores de fundos imobiliários estão associados à escolha de ativos mais arriscados. Sendo assim, alguns fatores de risco podem aumentar as chances de realizar investimentos “ruins”.
Os 3 maiores erros dos investidores de FIIs são:
- Escolher FIIs com alta vacância e inadimplência;
- Não saber lidar com as oscilações de patrimônio;
- Comprar fundos muito alavancados.
Escolher FIIs com alta vacância e inadimplência
Um dos principais componentes geradores de renda dos fundos imobiliários é o recebimento do aluguel de seus inquilinos. Por meio desses aluguéis, os FIIs podem gerar receita e, após a quitação das despesas mensais, se tem um resultado do mês, que pode ser parcial ou totalmente distribuído pelo fundo aos cotistas, na forma de proventos.
Quando um investidor escolhe FIIs com alta vacância e inadimplência, ou então que tenham maiores riscos dessa vacância aumentar abruptamente, ou seja, fundos com que tenham uma alta concentração em poucos ativos, o risco de ter parte de seus rendimentos comprometidos em algum momento se torna maior.
Não saber lidar com as oscilações de patrimônio
Os fundos imobiliários são ativos de renda variável, assim como as ações. No geral, eles costumam ser menos voláteis, ou seja, com variações menos bruscas nas cotações.
No entanto, quem está começando agora a investir em renda variável pode não estar emocionalmente preparado para ver seu patrimônio oscilando constantemente. Isso pode causar certo pânico em investidores iniciantes, sobretudo em pregões ou períodos em que são registradas fortes quedas nos preços.
Quando se investe dinheiro na bolsa de valores, inclusive em fundos imobiliários, é preciso estar primeiramente preparado para essas oscilações, tanto para cima, quanto para baixo.
Essas variações são muito comuns em ativos de renda variável, mas para quem não sabe lidar com isso, pode levar a decisões equivocadas, como vender na baixa do mercado sempre que observa uma queda mais relevante.
Nesse caso, é importante ter calma e escolher os ativos com base em seus fundamentos, de acordo com uma estratégia bem definida. Caso contrário, essas oscilações de preço podem ser mais impactantes ao investidor.
Além disso, investir de maneira diversificada em setores e tipos de fundos diferentes ajuda a tranquilizar o investidor quando algum investimento de fato der errado.
Comprar fundos imobiliários muito alavancados
O conceito de alavancagem em fundos imobiliários se refere ao ato do FII tomar dívida para fazer novos investimentos, com o objetivo de potencializar o resultado do fundo.
Fundos com muita alavancagem apresentam maior risco, já que os recursos emprestados devem ser devolvidos com correção monetária, de acordo com algum índice, como CDI ou até mesmo a Selic.
Se o CDI ou a Selic tiver uma variação brusca para cima, o valor da dívida do fundo imobiliário tende a crescer.
Se o FII tiver dívidas atreladas a um índice que tenha forte alta, e não tiver recursos em caixa para arcar com esses custos mais elevados, ele pode ter seu resultado impactado e, consequentemente, os dividendos que seriam recebidos pelo cotista podem ter a chance de cair.
Portanto, ficar atento a esses fatores de risco e ter a possibilidade de evitá-los ou até mesmo geri-los de maneira correta, pode não só evitar maiores perdas nos investimentos, mas também gerar mais rendimentos ao cotista de fundos imobiliários no longo prazo.