Dividendos, TGAR11 e BTHF11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (7/3)
Dividendos anunciados por GGRC11 e RCRB11 e relatórios do TGAR11 e BTHF11 estão entre destaques do noticiário.


Os relatórios gerenciais detalhados dos fundos imobiliários TGAR11 e BTHF11 e os dividendos anunciados pelos FIIs GGRC11 e RCRB11 estão entre os destaques do mercado de fundos imobiliários nesta sexta-feira (7), dia seguinte a mais uma alta do IFIX.

Nesta quinta-feira (6), o principal índice de FIIs registrou sua quarta alta consecutiva, desta vez de 0,60%, e superou a cotação máxima do ano, terminando o dia em 3.140,77 pontos. É a cotação mais alta de fechamento desde 27 de novembro do ano passado, quando o índice ficou em 3.171,36 pontos.
No dia seguinte, após queda de mais de 1%, o IFIX caiu para 3.138,55 e depois disso não havia superado mais a barreira de 3.140 pontos. De lá para cá, o principal índice de FIIs fechou novembro, dezembro e janeiro em queda, mas reverteu a tendência e terminou fevereiro em alta.
A tendência vem se mantendo nos primeiros dias de março, a despeito da pressão mantida sobre as cotações de FIIs. O SNFF11, FOF da Suno Asset, por exemplo, fechou o dia com uma das maiores altas, de 3,49%, cotado a R$ 72,87, mas segue cerca de 7,5% abaixo de seu valor patrimonial por cota (VPC), de R$ 78,68.
A gestora apontou no último relatório gerencial que a cota do fundo tem potencial para chegar ao valor patrimonial de R$ 98,25, no médio e longo prazo, caso os FIIs presentes hoje na carteira alcancem também seus respectivos valores patrimoniais. Trata-se do chamado “duplo desconto”, comum em FOFs e FIIs multiestratégia, que têm cotas de outros fundos imobiliários como ativos preferenciais.
Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:
GGRC11 anuncia dividendos para março com alta e retorno mensal de 1,04%
O fundo imobiliário GGRC11 anunciou a distribuição de dividendos de R$ 0,10 por cota, referentes aos resultados obtidos no mês de fevereiro. O valor representa uma alta de 5,26% em relação ao patamar anterior, de R$ 0,095 por cota, valor distribuído nos últimos três meses.
Na comparação com o valor de fechamento da cota na última sexta-feira (28), de R$ 9,57, o pagamento do FII sob gestão da Zagros Capital tem um dividend yield mensal de 1,04%.
O pagamento dos dividendos do GGRC11 aos mais de 130 mil cotistas do fundo será feito em 12 de março, de acordo com a posição dos investidores ao fim do pregão desta quarta-feira (5), data do anúncio.
Já o RCRB11, FII de lajes corporativas da Rio Bravo, manteve a distribuição de R$ 0,85 por cota, com um dividend yield mensal de 0,7327%, com base no preço de fechamento da cota em 28 de fevereiro, de R$ 116,00. O pagamento será feito em 14 de março, de acordo com a posição dos cotistas ao fim do pregão desta quinta.
TGAR11 registra receita de 23,7 milhões e projeta dividendos de até R$ 1,10 para o semestre
O fundo imobiliário TGAR11 encerrou janeiro com um faturamento de R$ 23,7 milhões, mantendo um desempenho impulsionado, principalmente, pela classe de equity, que representou 78,99% das receitas do período. Já a classe de crédito foi responsável por 16,30% da receita total.
No mês, o fundo distribuiu R$ 1,00 por cota, equivalente a um rendimento de dividendos (DY) mensal de 1,23%, ou 15,86% em termos anualizados. Nos últimos 12 meses, o TGAR11 acumulou um rendimento de R$ 14,88 por cota, resultando em um DY de 13,89%. A reserva acumulada para distribuição futura fechou o período em R$ 0,09 por cota.
A projeção de dividendos do TGAR11 para o primeiro semestre de 2025 foi mantida entre R$ 0,90 e R$ 1,10 por cota, refletindo a estratégia adotada pela gestão. O volume financeiro movimentado pelo fundo foi de R$ 134,11 milhões, com uma média diária de R$ 6,10 milhões.
A TG Core Asset, gestora do fundo, informou o lançamento de dois novos empreendimentos na categoria de urbanismo. O destaque foi o Valle dos Ipês loteamento em Petrolina (PE), que alcançou um recorde de vendas na história do TGAR11, com mais de 1.800 unidades comercializadas e um Valor Geral de Vendas (VGV) total de R$ 164,69 milhões.
BTHF11 vê lucro ter aumento de 57,49% e informa ajustes na carteira
O fundo imobiliário BTHF11, que recentemente passou por um processo de fusão com o BCFF11, anunciou um resultado de R$ 20,007 milhões no mês de fevereiro. Esse valor representa um aumento de 57,49% em comparação com o resultado de janeiro, que havia sido de aproximadamente R$ 12,703 milhões.
Como resultado, o fundo distribuiu dividendos no valor de R$ 0,097 por cota, mantendo o mesmo valor do mês anterior. O dividend yield anualizado foi de 13,39% com base no valor da cota patrimonial de R$ 9,83 e de 16,40% considerando o preço de mercado de R$ 7,10.
A composição da carteira do fundo conta com 98 ativos, que incluem investimentos em FIIs de tijolo, tijolo direto, FIIs de papel e ativos de crédito. Segundo o BTG Pactual, que faz a gestão do fundo, os FIIs de tijolo da carteira apresentaram um yield de 12,2% com base na cota patrimonial, enquanto os FIIs de papel entregaram 14,4%.
A gestão ressalta que o cenário econômico continua desafiador, com volatilidade no mercado de crédito e ajustes no patamar de juros. O BTG vê essas condições como uma oportunidade para adquirir ativos de qualidade a preços abaixo do valor de mercado, podendo fortalecer ainda mais a carteira.
LVBI11 fatura mais de R$ 14 milhões e traz movimentação de inquilinos
O fundo imobiliário LVBI11 registrou um lucro líquido de R$ 13,4 milhões em janeiro, obtido a partir de um resultado operacional de R$ 12,4 milhões e de um resultado financeiro líquido de R$ 1 milhão.
A gestão, sob responsabilidade da VBI, informou atualizações importantes sobre o portfólio do FII. Um dos destaques foi o reajuste de 4.592 m² de área bruta locável (ABL) no ativo Extrema. Nesse mesmo ativo, um dos principais eventos foi a entrada recente de novos locatários para o fundo, como a Nestlé, a Solistica e a ArcelorMittal, que ocuparam juntas 16.440 m² de ABL, substituindo a Sequoia, que havia deixado o espaço anteriormente.
No ativo de Mauá, o locatário Dia% desocupou o imóvel no início de janeiro, como já havia sido informado em relatórios anteriores. Diante dos últimos ajustes, a vacância passou de 0,7% para 4,2%. Apesar disso, a vacância financeira permaneceu em 0,3%, uma vez que o fundo mantém o acordo de Renda Mínima Garantida (RMG) no ativo de Cajamar, válido por 12 meses a partir da conclusão do processo de individualização das matrículas em 30 de dezembro de 2024.
Os dividendos do LVBI11 referentes a janeiro totalizaram R$ 13,4 milhões, equivalente a R$ 0,83 por cota. Após essa distribuição, que ficou em linha com os últimos meses, a reserva acumulada está em R$ 0,34 por cota.