IFIX registra primeira alta da semana em meio a debate sobre MP de tributação


O IFIX registrou nesta quarta-feira (8) sua primeira alta da semana: fechou em 3.577,38 pontos, avanço de 0,05%, revertendo parte das perdas dos dias anteriores. O resultado da semana, por enquanto, é uma queda acumulada de 0,21%.

Como nos dois dias anteriores, o índice atingiu a máxima logo nos primeiros minutos e recuou em seguida, mas desta vez só caiu para o patamar negativo em alguns momentos na última meia hora de negociações.
O mercado se manteve em compasso de espera sobre o destino da MP 1.303, que modifica a tributação de investimentos. O texto tinha que ser aprovado ainda nesta quarta, na Câmara e no Senado, sob o risco de caducar, já que era o dia de vencimento do prazo de 120 dias desde a publicação.
O texto foi bastante modificado em relação ao original, com a retirada de todas as previsões de taxação sobre dividendos de FIIs e Fiagros e mesmo a tributação sobre LCAs e LCIs. Mesmo assim, a oposição aprovou um requerimento para retirar o texto da pauta da Câmara.
Representantes do governo ameaçaram tentar votar o texto original, alegando quebra de acordo, mas não havia notícias nesse sentido até as 19h30, e analistas viam pouca chance de aprovação de um texto ainda mais rígido na cobrança de tributação.
Se há satisfação do mercado com a manutenção da isenção sobre os investimentos, alguns analistas temem o impacto que a queda da MP possa causar no cumprimento de metas fiscais do governo já neste ano e também em 2026. Isso pode mexer com outros indicadores do mercado, como a Selic, que tende a permanecer elevada por mais tempo em cenários de risco fiscal.
IFIX — resumo do dia 08/10/2026
- Fechamento: 3.577,38 pontos (+0,05%)
- Mínima: 3.575,05 (-0,01%)
- Máxima: 3.581,13 (+0,16%)
- Acumulado da semana: -0,21%
- Acumulado do mês: -0,34%
- Acumulado do ano: +14,80%
KNIP11 e URPR11 nos extremos do dia
O KNIP11 teve a maior alta do dia entre os FIIs componentes do IFIX: subiu 1,70% e terminou o dia negociado a R$ 88,74. O HTMX11 ficou logo atrás, com o melhor desempenho entre os fundos de tijolo: alta de 1,67% e fechamento em R$ 137,88.
Na outra ponta, o URPR11 teve a principal queda do dia, de 5,03%, negociado a R$ 35,14, Em seguida apareceu o BLMG11, que caiu 1,83%, a R$ 32,60. Os dois FIIs estão entre os mais descontados do mercado, negociados a cerca de 50% do valor patrimonial.
Entre os FIIs de maior liquidez, o MXRF11 caiu 0,31%, a R$ 9,58, enquanto o XPML11 subiu 0,97%, a R$ 106,19. O CPTS11, que anuncia dividendos na sexta-feira (10), recuou 0,39%, a R$ 7,59.
A carteira teórica do IFIX é modificada a cada quatro meses pela B3. A seleção de um FII leva em conta fatores como valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição, com 115 fundos imobiliários, vale desde o começo de setembro até o fim do ano.